Movimentos lutam por uma Namíbia livre de estupro e violência

Foto: Albert Gonzalez Farran/Unicef

Mais Lidos

  • "A ideologia da vergonha e o clero do Brasil": uma conversa com William Castilho Pereira

    LER MAIS
  • O “non expedit” de Francisco: a prisão do “mito” e a vingança da história. Artigo de Thiago Gama

    LER MAIS
  • A luta por território, principal bandeira dos povos indígenas na COP30, é a estratégia mais eficaz para a mitigação da crise ambiental, afirma o entrevistado

    COP30. Dois projetos em disputa: o da floresta que sustenta ou do capital que devora. Entrevista especial com Milton Felipe Pinheiro

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

26 Agosto 2020

Na Namíbia, dois movimentos – Thursday in Black (Quintas-Feiras em Preto), de abrangência internacional, e o Laço Branco, nacional – atuam numa mesma direção: por um mundo livre de estupro e violência. O país africano registrava altos índices de violência contra mulheres que aumentaram com a pandemia do coronavírus.

A reportagem é de Edelberto Behs, jornalista.

Programa semanal de rádio e vídeos nas redes sociais leva conscientização e ensina resistência às mulheres de todas as regiões do país, alcançando também jovens e adolescentes de diversas igrejas. São campanhas estratégicas, disse ao serviço de imprensa do Conselho Mundial de Igrejas (CMI) a pastora Monica Awene, da Gospel Mission Church. A maioria das campanhas está limitada às áreas urbanas, mas por meio do rádio, a mensagem chega também às áreas rurais, explicou. 

“Ficar em casa é difícil para os homens, que tradicionalmente são socializados para sair”, assinalou o diretor de mobilização do Laço Branco, Charles Simakumba. A campanha, afirmou, visa engajar homens e meninos a fim de transformar suas atitudes em relação às mulheres e meninas. O setor de serviços de segurança da Namíbia também abraçou a campanha Quintas-Feiras em Preto

O movimento Quintas-Feiras em Preto nasceu da Década das Igrejas em Solidariedade com as Mulheres, do CMI, celebrada de 1988 a 1998. Ele inspirou-se nas Mães de Desaparecidos, de Buenos Aires, que pediam por seus familiares na Plaza de Mayo, às quintas-feiras. Também o inspiraram as Mulheres de Preto, de Israel e da Palestina, que protestam ainda hoje contra a guerra e a violência. 

Mulheres em Ruanda e na Bósnia que protestavam contra o estupro como arma de guerra durante o genocídio nesses países, e o movimento Black Sash, da África do Sul, de protesto contra o apartheid também motivaram as Quintas-Feiras em Preto.

 

Leia mais