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Articulação Brasileira da Economia de Francisco e Clara: realmar as relações desde uma esperança utópica

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17 Agosto 2020

A pandemia que estamos vivendo tem adiado muitos encontros mundo afora. Um deles foi o encontro sobre a Economia de Francisco e Clara, previsto para o mês de março. No Brasil existe o Movimento Social da Economia de Francisco e Clara, do qual participa Eduardo Brasileiro e Marina Oliveira. O grupo vem refletindo desde há mais de um ano, preparando um encontro que vai ter desdobramentos no futuro, pois aos poucos “fica mais nítido os desafios colocados para o enraizamento desse chamado global do Papa Francisco no contexto local”.

A reportagem é de Luis Miguel Modino.

No início, a Articulação foi um espaço de organização das/os brasileiras/os no evento em Assis, segundo Eduardo. Aos poucos foram se aproximando de outros movimentos já presentes no Brasil desde há tempo, como ASA (Articulação do Semiárido), MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), Articulações de Economia Solidária, ANA (Articulação Nacional da Agroecologia), assim como intelectuais, estudantes e ativistas para recompor um pacto. Um dos primeiros frutos foi a Carta de Francisco e Clara, nascida no Encontro Nacional da Economia de Francisco e Clara, em novembro de 2019, fruto de um exercício de escuta, de “um encontro com os Brasis silenciados pela violência desumana de um sistema que desterritorializou nossos corpos e nossos lugares”, segundo o sociólogo.

Da Economia de Francisco e Clara, segundo Brasileiro, não deve nascer um tratado internacional, e sim um pacto social que trata de “horizontalizar as lutas pelos direitos da natureza e dos empobrecidos, articulando-as num só grito por novas economias”. Ele afirma que “a vivência de uma espiritualidade integral é o primeiro passo para a transformação da Articulação Brasileira pela Economia de Francisco e Clara num movimento gestado no seio da sociedade pluralista”. Frente a uma privatização da fé, consequência das espiritualidades do neoliberalismo e de uma cultura autoritária, ele vê um sinal de resistência nas Comunidades Eclesiais de Bases (CEB’s), Pastorais, organismos ecumênicos, entidades da sociedade civil e ativistas que atualizam, junto dos empobrecidos, o rosto, a voz e a luta da teologia da libertação.

A comunidade se forja, segundo o membro da Igreja Povo de Deus em Movimento, rezando e partilhando, repartindo o pouco que se tem, insistindo no comum, forjar comunidade. Ele vê “a experiência da Economia de Francisco e Clara como um movimento social que vai ao coração da dominação ocorrida em nós. O neoliberalismo tornou todas/os subjetivamente empresariais. Privatiza diariamente os desejos de transformação coletiva em desejos de consumo, competição e acumulação. Implica em nós o desejo de humanização na desconstrução do homem monetocrático (dinheiro como centro), ou antropocêntrico, e constrói o reconhecimento da biosfera, o pertencimento a pluralidade e a relacionalidade biocêntrica”.

São ideias recolhidas na Laudato Si’, onde aparece o chamado à espiritualidade integral. Ele “passa pela desconstrução do caminho de dominação e pelo esforço da cultura do encontro”, afirma o sociólogo. O caminho é promover encontros onde as pessoas possam expor suas dores e “perceberem que suas dores individuais são parte de um problema coletivo e que a individualização dos problemas é uma forma de governo sobre nós”, segundo Eduardo Brasileiro, que aposta em “um corpo coletivo diante das alegrias e tristezas desse mundo”. Isso se concretiza no Bem Viver, “um poderoso capacitador de deslocamentos na mentalidade neoliberal”, que busca a economia do suficiente. Nesse sentido, ele lembra da proposta do Papa Francisco de realmar a economia.

Outro elemento importante é a economia solidária, que “não permite que o neoliberalismo nos roube a comunidade” (EG 92). Isso vai se concretizando nas moedas sociais, que se tornam elementos de “empoderamento local e superação da despossessão gerada pelo empobrecimento, segundo Eduardo, que afirma que “a solidariedade é caminho para a construção da justiça, e, portanto, um gesto que estrutura rebeldia diante do sistema”.

A economia de Francisco e Clara se fundamenta na pedagogia do encontro, e deve, segundo Brasileiro, “se consolidar como um movimento social comunitário, capaz de surgir em todas as partes do Brasil, onde espiritualidades ecumênicas, pedagogia do encontro, cultura do bem viver, partilha e cooperação se alastram pelo sopro do Espírito”. Isso deve gerar mais redes de pensamento crítico, de engajamento local e de articulações fortes, um chamado à justiça socioambiental por meio de boas práticas, “realmando não somente as relações econômicas, mas também a esperança utópica”.

Estamos diante de um pacto em favor de uma economia, que ajude a superar este sistema que mata, segundo o sociólogo. Ele afirma que o Brasil vive um momento de desamparo político, fruto do reinado das elites financeiras, uma realidade presente em outros países. De fato ele vê uma tentativa de querer impor um governo mundial. Frente a isso, se faz necessário buscar alternativas, resistências, vendo o Papa Francisco, que insiste em conectar o grito da terra e dos empobrecidos, como uma referência. Brasileiro aposta em uma sociedade biocêntrica, centralizada na vida, em imprimir alma na sociedade para formar uma nova cultura que caminhe com o povo, com os empobrecidos.

Diante das queimadas na Amazônia, dos desastres ambientais em Mariana, Brumadinho, do óleo nas praias do Nordeste, da crise do COVID-19, que no Brasil já provocou mais de 107 mil mortes, Marina Oliveira vê necessário posturas claras, uma busca de alternativas. Ela insiste em que “não queremos solidariedade, queremos direitos, colocar a vida na centralidade da discussão, compromissos reais porque os danos também são reais nas nossas comunidades”. A Mestranda em Relações Internacionais vê a Economia de Francisco e Clara como uma força diante de tudo o que a gente vive, como um elemento que ajuda a debater “uma economia que cuida da criação, que cuida da vida, que não mata, que cuida da natureza, da casa comum, desde a ecologia integral, que não é desvinculada das dores sociais”.

A realidade nos mostra, segundo Eduardo Brasileiro, que as elites financeiras não respeitam as leis, pressionam os governos, que estão dispostos a servi-las. Diante disso se faz necessário uma redemocratização da economia, frente a uma arquitetura financeira que aumenta a miséria e o desemprego. Um ponto de partida pode ser a Laudato Si', que no número 111 faz a proposta de um olhar diferente, deixando para trás o capitalismo predatório dos bancos. Por isso, ele insiste mais uma vez em realmar a economia, que “preconiza a comunidade como lugar de construção, de interação da nova sociedade, que seja protagonista e retome os laços de poder local, popular”. Deve-se procurar alternativas desde a base, promover uma relação espiritual com o planeta, imprimir essa espiritualidade na prática, baseada na sobriedade feliz, que nos leva a aprender com os povos originários, reconhecendo os direitos dos empobrecidos e da natureza.

Tendo como base a dinâmica da sinodalidade, Marina destaca a importância de as pessoas se encontrarem para discutir soluções. Segundo ela, “a economia é coisa básica, que deve ser discutida, falar sobre como a gente vive, pensar o que a gente quer”. Essa dinâmica vai se fazer presente no encontro em Assis, onde está previsto que a discussão seja dividida em 12 vilas temáticas, com a participação de dois mil jovens do mundo todo. Mas essa economia já acontece, segundo Marina, “o que nos faz ter esperança, acreditar que outros modelos, um outro mundo é possível”. Ela vê como algo importante ter compaixão, apoio mútuo, reforçar iniciativas, criar vínculos afetivos com as comunidades, acreditar no diálogo com o diferente.

Algo que está sendo construído aos poucos, em estreita relação com a Economia de Francisco e Clara, são as Casas de Francisco, que, segundo Vilson Groh, ajuda a “entender a importância do processo contínuo de reflexão, trabalhar a partir da convivência como caminho para realmar, romper com a indiferença, a gente convive com a realidade da injustiça e a gente não se toca”. O padre, que trabalha na periferia de Florianópolis há décadas, afirma a importância da educação de base, do fortalecimento dos territórios, de potencializar a economia local, do papel fundamental que devem ter as mulheres, para que elas apontem alternativas. Ele reflete sobre questões básicas para o povo da periferia, como trabalhar a segurança alimentar, como promover outras formas de gerar trabalho, a necessidade de propostas de economia alternativa, democratizar a tecnologia.

Ao falar sobre os documentos da Igreja, o padre Vilson insiste em que “eles têm que se tornar ações pastorais, temos uma riqueza imensa nos documentos, mas que tem de se tornar prática”. Nesse sentido, afirma a necessidade de colocar esses documentos nas mãos da juventude para que assuma o protagonismo, gerando ideais, alternativas de utopia, criando formas novas de construção de processos, uma urgência cada vez maior, diante da violência nas periferias das cidades brasileiras.

Vilson Groh vê as Casas de Francisco como símbolos do bem comum, ao exemplo dos antigos mosteiros, sob o fundamento da oração e o trabalho, de uma espiritualidade e uma mística do pé no chão. Ele insiste em recuperar a itinerância, a mística transformadora, que a juventude possa entrar numa casa na periferia e congregar toda a rede de movimentos desde o olhar de Francisco, desde o humanismo da teologia do povo, que escuta os gritos do povo. Tudo isso pode ajudar a articular os processos a partir do grito dos empobrecidos, da opção pelos empobrecidos, de uma eclesiologia que nasce do povo e se organiza a partir do povo, de abraçar o grito da Mãe natureza.

A Casa de Francisco aparece, segundo o padre, como um instrumento que materializa o encontro, que articula a tecnologia, experiências de vanguarda, os movimentos sociais, é uma casa de diálogo ecumênico aberto, onde se vive a experiência dos pobres para não perder a experiência de Deus. As Casas de Francisco aparecem como local de convivência dos jovens que participaram do encontro, que se abre a todos, que se articula com as universidades, com as pesquisas, com os economistas que trabalham essa economia de Francisco e Clara. Trata-se, segundo Vilson Groh, de uma casa onde se trabalha e se ora, a partir da realidade do povo.

Ele também vê a Casa de Francisco como uma ponte entre a periferia e o centro, possibilitando que a pesquisa crie ferramentas de empoderamento. Nessa perspectivas, essas casas aparecem como algo que ajuda a pensar e refundar a cidade, rompendo com o machismo, com o patriarcalismo, criando condições na pluralidade. No âmbito eclesial, elas ajudam a criar uma Igreja a partir das comunidades eclesiais de base, que desde a Conferência de Medellín, em 1968, foram colocadas como elemento estruturante da Igreja.

 

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