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A segunda onda da covid-19 no Irã e um alerta para o Brasil. Artigo de José Eustáquio Diniz Alves

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10 Agosto 2020

"O esforço requerido é enorme. Sem embargo, o que há de comum, tanto no Brasil, quanto no Líbano e de certa forma no Irã é que os três países estão passando por uma situação interna de implosão da estrutura produtiva e de esgarçamento do tecido social", escreve José Eustáquio Diniz Alves, doutor em demografia e pesquisador titular da Escola Nacional de Ciências Estatísticas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – ENCE/IBGE, em artigo publicado por EcoDebate, 07-08-2020.

Eis o artigo.

O Irã foi um dos primeiros países fortemente atingidos pela pandemia. Mas ao contrário da China (epicentro original do surto da covid-19), o Irã teve uma segunda onda que tem sido muito maior do que a primeira. O país já vive quase 6 meses de descontrole do número de pessoas infectadas e do número de vidas perdidas.

Os primeiros dois casos do novo coronavírus foram registrados no dia 19 de fevereiro de 2020 na cidade de Qom. E no mesmo dia o Ministério da Saúde do Irã disse que ambos tinham morrido. No dia 20 de fevereiro três novos casos foram relatados. No dia 21/02 foram notificados mais 13 novos casos e dois novos óbitos. A primeira onda cresceu rapidamente e no final de março já tinha chegado a 3 mil casos diários, conforme mostra o gráfico abaixo.

Durante todo o mês de abril o número de casos diminuiu e atingiu o menor valor no dia 02 de maio com 802 novos casos. Mas a partir daí o número de pessoas infectadas voltou a subir e atingiu o pico no dia 04 de junho com 3.574 casos. Durante os meses de junho e julho a média móvel de 7 dias ficou em torno de 2.500 diários e chegou a 2.700 casos diários no início de agosto. Portanto, o Irã continua em um alto platô de morbidade.

Após uma onda de casos, ocorre uma onda de óbitos, conforme mostra o gráfico abaixo. O primeiro pico ocorreu no dia 04 de abril com 158 óbitos e com uma média móvel de 141 mortes no dia 06/04. Nos meses de abril e maio o número de mortes diminuiu muito e chegou a 34 óbitos no dia 25/05. Mas o número de vítimas fatais voltou a subir rapidamente e atingiu o pico de 235 óbitos no dia 28 de julho. A média móvel de 7 dias atingiu 214 óbitos no dia 03/08. Até a data do primeiro pico, o Irã tinha 3.452 óbitos. Mas no dia 05/08 já eram 17.802 óbitos, mais de 5 vezes o valor do primeiro pico.

A tabela abaixo mostra os coeficientes de incidência e de mortalidade para os números acumulados. O Brasil tem um dos maiores coeficientes de incidência com 13,5 mil casos por milhão de habitantes, o Irã tem 3,8 mil casos por milhão e o mundo tem 2,4 mil casos por milhão. No coeficiente de mortalidade, o Brasil é também destaque com 460 mortes por milhão de habitantes, o Irã com 212 óbitos por milhão e o mundo com 91 óbitos por milhão. Em termos proporcionais o Brasil tem sofrido bem mais do que o Irã.

O Brasil realizou proporcionalmente mais testes do que o Irã e tem uma menor taxa de letalidade. Isto pode sugerir que o Irã tem um grande número de casos e de mortes subnotificadas. Matéria da BBC (03/08/2020), afirma que a empresa teve acesso a documentos que se acredita serem registros oficiais iranianos não publicados, sugerem um número muito maior de mortes e que o Irã está omitindo a verdadeira escala do surto. De acordo com esses números, a pandemia pode ter matado até 42.000 iranianos até 21 de julho, em comparação com cerca de 14.000 mortes relatadas pelo Ministério da Saúde naquela época.

O fato é que a pandemia avança no mundo e o Brasil e o Irã são dois países muito impactados pelo novo coronavírus, tanto em termos de saúde quanto em termos econômicos. Já estamos caminhando para o final do ano de 2020 e não existe uma luz no fim do túnel. O Brasil que ainda está navegando na primeira onda, deve ver a situação do Irã como uma possibilidade de uma situação que se pode repetir por aqui.

Enquanto o cenário de saúde se deteriora, a situação econômica se agrava. Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (PNAD Contínua), divulgada no dia 06/08, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que houve o fechamento de 8,9 milhões de postos de trabalho em apenas 3 meses em meio aos impactos da pandemia de coronavírus.

Ainda segundo o IBGE, o nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) caiu 5,6 pontos percentuais frente ao trimestre anterior (53,5%), atingindo 47,9% no trimestre de abril a junho de 2020, o menor da série histórica. Frente a igual trimestre do ano anterior (54,6%), a queda foi de 6,7 p.p. A taxa composta de subutilização (29,1%) foi recorde na série, com elevação de 4,8 p.p. em relação ao trimestre anterior (24,4%) e de 4,3 p.p. em relação a 2019 (24,8%). A população subutilizada (31,9 milhões de pessoas) foi mais um recorde na série, crescendo 15,7% (4,3 milhões pessoas a mais) frente ao trimestre anterior (27,6 milhões) e 12,5% (3,5 milhões de pessoas a mais) frente a igual período de 2019 (28,4 milhões). A população fora da força de trabalho (77,8 milhões de pessoas) atingiu o maior contingente da série e teve crescimento recorde em ambas as comparações: 15,6% (mais 10,5 milhões de pessoas) comparada ao trimestre anterior e 20,1% (mais 13,0 milhões de pessoas) frente a igual trimestre de 2019.

Os números da PNAD são preocupantes pois é como se tivesse caído uma “bomba de nêutrons” sobre o mercado de trabalho brasileiro, destruindo postos de trabalho em massa. Evidentemente, a situação brasileira difere da tragédia ocorrida com a explosão do estoque de nitrato de amônio armazenado no porto de Beirute (em 04/08/2020), mas não se pode negar que há um cataclismo ocorrendo em câmera lenta. A reconstrução do mercado de trabalho brasileiro pode ser comparado com uma reconstrução de guerra e deveria ter a prioridade máxima. Ao se gerar emprego, são gerados renda, consumo, impostos, investimentos e riqueza em geral. Fazer apenas transferência de renda é uma política insuficiente. Por conseguinte, o essencial é efetiva políticas, que tem que começar agora na direção do pleno emprego.

O esforço requerido é enorme. Sem embargo, o que há de comum, tanto no Brasil, quanto no Líbano e de certa forma no Irã é que os três países estão passando por uma situação interna de implosão da estrutura produtiva e de esgarçamento do tecido social. O avanço da pandemia da covid-19 é um primeiro obstáculo a vencer, mas a reconstrução nacional e internacional são tarefas colocadas que vão durar mais de uma década. Embora a emergência sanitária seja a prioridade absoluta é preciso articular uma resposta que cubra também as áreas econômica, ambiental e social, articulando soluções de forma holística.

Referências:

ALVES, JED. A pandemia de Coronavírus e o pandemônio na economia internacional, Ecodebate, 09/03/2020. Disponível aqui.

Zulfiqar Ali. Coronavirus: How Iran is battling a surge in cases, BBC Reality Check, 3 August 2020. Disponível aqui.

IBGE. PNAD Contínua: taxa de desocupação é de 13,3% e taxa de subutilização é de 29,1% no trimestre encerrado em junho de 2020, 06/08/2020. Disponível aqui.

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