Líbano: explosões em Beirute. Card. Rai (patriarca maronita), “cidade devastada. Estados do mundo, ajudem-nos”

Bombeiros, evacuação e resgate no local da explosão no porto de Beirute. Foto: CivilDefenseLB | Fotos Públicas

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06 Agosto 2020

É "um apelo aos Estados do mundo" que card. Béchara Boutros Rai, patriarca da Antioquia e de todo o Oriente, presidente da Assembleia dos patriarcas e bispos católicos do Líbano, lança após a "misteriosa explosão" que devastou a capital Beirute, causando mais de cem mortes e 4.000 feridos, um balanço destinado a aumentar. “Beirute é uma cidade devastada - escreve o cardeal em seu apelo enviado à Sir - é uma catástrofe. Beirute, a noiva do leste e o farol do oeste, está ferida. " O patriarca maronita fala de "um cenário de guerra sem guerra. Destruição e desolação em todas as suas ruas, bairros e casas. Dezenas de cidadãos perderam a vida; milhares estão feridos; destruídos hospitais, igrejas, casas, instituições, hotéis, lojas, edifícios públicos e privados. Centenas de famílias ficaram desabrigadas". E tudo isso está acontecendo, diz card. Rai, com “o estado que está em situação de falência econômica e financeira que o torna incapaz de enfrentar essa catástrofe humana e urbana. Além disso, o povo libanês vive em um estado de pobreza e miséria".

A reportagem é publicada por Agência SIR, 05-08-2020. A tradução é de Luisa Rabolini.

Mapa do Líbano (Foto: Wikipédia).

Até a Igreja, é ressaltado no apelo, apesar de ter criado "uma rede de socorro" em todo o território libanês, "hoje está diante um novo grande empenho que não pode assumir sozinha, apesar de ser totalmente solidária com os aflitos, as famílias das vítimas, os feridos e os deslocados, que está pronta a acolher em suas estruturas". O patriarca maronita agradece "a todos os estados que expressaram sua disponibilidade de ajudar Beirute" e se dirige "aos outros países irmãos e amigos, aos grandes estados, bem como às Nações Unidas" para que se mobilizem “para fornecer ajudas imediatas necessárias para salvar a cidade de Beirute".

"Uma ajuda - observa o apelo - que não deve levar em conta nenhuma consideração política, porque o que aconteceu vai além da política e dos conflitos". O cardeal também exortou as agências e instituições de caridade dos vários países "a ajudar famílias libanesas, e Beirute em particular, para que possam curar suas feridas e reconstruir suas casas". “Nos últimos anos - continua o patriarca - o Líbano sofreu catástrofes políticas, econômicas, financeiras e de segurança. São necessárias ajudas para nos reerguer. O Líbano, que doou o alfabeto ao mundo, merece o apoio de seus irmãos e amigos para reconstruir sua capital". A proposta do card. Rai é para instituir um "fundo controlado pelas Nações Unidas" para gerir as ajudas. Apelo a todos vocês, Estados do mundo, porque sei que vocês amam o Líbano e que responderão a esse pedido. Eu sei o quanto vocês querem que o Líbano recupere seu papel histórico a serviço da humanidade, da democracia e da paz no Oriente Médio e no mundo".

 

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