24 Novembro 2012
Às 11 horas deste sábado, Bento XVI irá criar seis novos cardeais na Basílica de São Pedro, e dentre eles o patriarca de Antioquia dos maronitas, Béchara Boutros Raï, que o acolheu no Líbano em meados de setembro. E, para festejar o neopurporado libanês, "nos dias do Consistório estará presente também o partido do Hezbollah com um representante oficial", informa a agência vaticana Fides. "Trata-se de Ghalib Abu Zeinab, do escritório político do partido xiita e responsável pelas relações com os cristãos".
A reportagem é de Gian Guido Vecchi, publicada no jornal Corriere della Sera, 23-11-2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Em Beirute, a delegação vaticana se cruzou com pessoas do "partido de Deus", mas sempre como "representantes institucionais". O padre Lombardi respondeu laconicamente: "Eu não tenho que lhes dizer uma posição da Santa Sé sobre o Hezbollah". Para a Fides, o consistório será "uma uma oportunidade de reencontrar a unidade nacional libanesa em um momento extremamente delicado". Chegarão "representantes de todas as facções e grupos".
Além disso, há duas semanas, uma delegação do Hezbollah já havia congratulado o patriarca. Para além da diplomacia "oficial", a Igreja nuca corta as pontes de diálogo. Nunca. E bastaria ouvir o neocardeal nigeriano John Onaiyekan, que está lidando com os massacres dos islamistas do Boko Haram, recém-chegado em Roma: "É melhor falar do que atirar".
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Membro do Hezbollah no consistório do Vaticano - Instituto Humanitas Unisinos - IHU