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15 Julho 2020

"Essa obsessão de flexibilizar antes do tempo para tentar salvar a economia, ainda que milhares de vidas sejam sacrificadas, é crime de lesa-humanidade. Primeiro, porque não há economia que funcione sem empregados. Ainda que os patrões estejam bem protegidos em suas redomas de luxo, frigoríficos, fábricas, restaurantes e lojas dependem do trabalho de assalariados vulneráveis. Portanto, abrir antes do momento seguro é dar um tiro no pé", escreve Frei Betto, assessor de movimentos sociais e escritor, autor de “O diabo na corte – leitura crítica do Brasil atual” (Cortez), entre outros livros.

Eis o artigo.

Algumas cidades brasileiras, pressionadas pelo poder econômico, começam a flexibilizar as medidas de confinamento social e liberar várias atividades comerciais. São emblemáticas as imagens dos bares do Leblon, no Rio, repletos de gente sem máscara e indiferentes ao distanciamento pessoal.

O psicoterapeuta Viktor E. Frankl, que esteve preso em Auschwitz, descreve em seu clássico O homem em busca de sentido como os prisioneiros de campos de concentração reagiram ansiosos após a libertação. Comiam em excesso, falavam sem parar, como se quisessem compensar em poucas semanas os anos de penúria e sofrimento.

Experimentei algo semelhante após quatro anos de prisão sob a ditadura militar. Ao deixar a Penitenciária de Presidente Venceslau (SP), em fins de 1973, busquei compensar a insipidez do meu paladar ávido por saborear o que me havia sido impossível ao longo daqueles anos: sorvetes, doces, sucos, e todos os quitutes e quitandas da culinária mineira.

Acredito que acontece algo parecido com quem passou meses em quarentena, trancado em casa, sobretudo jovens. Buscam, numa noite, compensar toda a privação a que se viram obrigados pelo risco de contrair o novo coronavírus. É compreensível essa aflição de sair à rua, reencontrar os amigos, retornar ao “velho normal”.

Há, porém, um senão: o número de infectados e mortos pela Covid-19 continua a multiplicar. Em países que precipitaram a flexibilização o índice de contaminação aumentou. É o caso dos EUA, onde vários estados, como Flórida e Califórnia, tiveram que recuar e voltaram às medidas restritivas, como o fechamento de bares, restaurantes e praias. Aqui também ocorre em Belo Horizonte e cidades do interior paulista.

Esse efeito sanfona (abre e fecha) é de responsabilidade dos prefeitos e governadores. Mas resulta também do peso simbólico da figura do presidente da República, que desdenha a pandemia, sai à rua sem máscara, promove aglomerações, como se fosse invulnerável e, ao mesmo tempo, torcesse pela morte dos idosos (menos despesas para o INSS), dos que possuem doenças preexistentes (menos despesas para o SUS) e dos pobres (menos despesas para os programas sociais).

Prova disso é que, na sexta, 3/7, Bolsonaro, ao sancionar a lei sobre o uso de máscara, vetou a obrigatoriedade de portá-la em estabelecimentos comerciais, templos religiosos e instituições de ensino. Vetou também a aplicação de multas a quem descumprir as medidas restritivas. E não teve vergonha de revelar o caráter perverso de sua necroeconomia ao vetar o trecho que obrigava o governo a distribuir máscaras aos mais pobres. Ainda bem que tais vetos não anulam as legislações locais que obrigam o uso de máscara e impõem medidas restritivas.

Essa obsessão de flexibilizar antes do tempo para tentar salvar a economia, ainda que milhares de vidas sejam sacrificadas, é crime de lesa-humanidade. Primeiro, porque não há economia que funcione sem empregados. Ainda que os patrões estejam bem protegidos em suas redomas de luxo, frigoríficos, fábricas, restaurantes e lojas dependem do trabalho de assalariados vulneráveis. Portanto, abrir antes do momento seguro é dar um tiro no pé.

Ainda que a economia volte a girar, o risco de contaminação perdura, o que pode comprometer os investimentos feitos por proprietários de lojas, bares e restaurantes no “novo normal”. As medidas protocolares exigidas, como distanciamento pessoal, uso de máscara, álcool em gel, menos mesas etc representam gastos extras para quem sobreviver a esta outra pandemia – as falências em série.

Será que vale mesmo a pena entrar nessa dança ritmada pelo efeito sanfona?

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