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11 Abril 2020

Assim como o mundo nunca mais será o mesmo após o coronavírus, tenho certeza de que a Igreja Católica Romana também não será. A estrutura hierárquica e muitos dos seus modos estreitos, que conservam o poder e excluem as pessoas nunca serão aceitáveis novamente, nem precisam ser.

A opinião é da teóloga feminista estadunidense Mary E. Hunt, cofundadora e codiretora da Women’s Alliance for Theology, Ethics and Ritual (Water) em Maryland, EUA, um centro educacional feminista iniciado em 1983. O artigo foi publicado em National Catholic Reporter, 10-04-2020. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

Apenas três meses depois do início da pandemia do coronavírus, já é um truísmo dizer que o mundo não será mais o mesmo. Foi necessária uma pandemia global para sinalizar que a Igreja Católica Romana não tem nenhuma chance de voltar para muitas das suas práticas obsoletas.

A teologia católica institucional afirma que,“in extremis” (cân. 850), qualquer um pode batizar de forma válida e lícita. Dado que o mundo está in extremis, decorre daí que mudanças semelhantes podem ocorrer em outras áreas da vida da Igreja, e já estão ocorrendo.

A surreal bênção Urbi et Orbi do Papa Francisco foi um claro “canto do cisne” para uma época passada. Pessoas perfeitamente inteligentes, incluindo católicos instruídos, me perguntaram o que é uma indulgência plenária e o que você faria com uma se a recebesse. Essa é uma boa pergunta em uma grave crise de saúde e econômica; a maioria das pessoas não fica pensando imediatamente em quanto tempo elas passarão no purgatório. Meu Deus do céu!

A visão do pontífice carregando um ostensório em uma Praça São Pedro vazia foi um severo lembrete de que o último a sair deve apagar a luz. Embora seja provável que ele e os seus conselheiros do Vaticano tivessem as melhores intenções, a visão era abismal, mais mórbida – ou, como um comentarista de televisão descreveu: “fantasmagórica” – do que esperançosa.

Os católicos que têm pedido mudanças estruturais de uma Igreja hierárquica para dar lugar a comunidades religiosas vibrantes têm desejado achatar a curva sem conhecer o significado epidemiológico do termo. O modelo vertical caiu naquela noite no Vaticano, quando a hierarquia voltou a ser, e de maneira profunda, inadequada às necessidades pastorais do seu povo, que necessitava de um conforto que o rito do século XIII simplesmente não proporcionava.

Felizmente, o bom senso pastoral prevalece em muitos lugares. Algumas comunidades religiosas estão realizando ritos funerários sem o benefício do clero. Uma irmã morre em uma casa-mãe, e a equipe de liderança lida com o velório, o funeral e o enterro. As lideranças e talvez alguns amigos íntimos da falecida (sem exceder o limite de pessoas que podem se reunir legalmente no local) realizam uma celebração digna da vida da pessoa. Depois do rito, eles se encaminham ao cemitério para as orações finais e o enterro. Tudo é transmitido ao vivo para a casa-mãe e para amigos e familiares a distância, proporcionando o máximo de conforto possível.

Claro que isso não substitui o fato de estar juntos, contar histórias pessoalmente, expressar simpatia com um abraço. Celebrações mais completas e mais robustas certamente se seguirão quando as restrições de reunião forem levantadas. Mas, por enquanto, isso tem que ser suficiente, e é.

Uma mudança importante é que não se vê nenhum padre, e ninguém parece sentir falta dele. Se eles voltarão a ser chamados é uma questão em aberto. Eu acho que sei a resposta em muitos casos. Isso é mudança, progresso. Se e quando isso se tornar mais difundido, toda a comunidade poderá ir além do gênero dos líderes sacramentais, focando-se nas necessidades pastorais.

Uma reavaliação geral da Eucaristia é tudo o que impede que esses grupos e muitas outras comunidades religiosas locais se envolvam na celebração costumeira da Comunhão. O fato de estarmos in extremis torna urgente esse debate, pois a ninguém deve ser negada a Eucaristia, especialmente na Páscoa.

Assim como os professores aprenderam a dar aulas online em pouco tempo, os católicos também podem acelerar a sua curva de aprendizagem teológica. Como enfatizou o meu professor de teologia na graduação há 50 anos, o padre jesuíta Tad Guzie, “uma Eucaristia sem padre é uma Eucaristia sem padre”.

Todos os tipos de opções eucarísticas criativas estão em oferta nesta Páscoa. A opção menos bem-vinda é assistir a um padre realizar os sagrados mistérios na privacidade do seu próprio estúdio de vídeo. É compreensível que muitas pessoas não se interessem por uma abordagem tão mecanicista àquele que é por natureza um evento comunitário. Mas as opções são o que mais importa quando se trata de mudar; portanto, se esse modelo desperta o alarme, que assim seja.

Outros grupos estão comemorando apenas a Liturgia da Palavra, “jejuando” da Eucaristia, porque não têm um celebrante homem ordenado em casa em um momento de confinamento. Isso não precisa ser assim, mas levará tempo para educar as pessoas a assumirem o seu devido lugar como promotoras da sua própria espiritualidade.

Outra possibilidade é a Eucaristia pelo Zoom com diferentes pessoas participando, fazendo as leituras, a pregação e as bênçãos com ou sem um presidente eucarístico.

O modelo vaticano está em algum lugar aí no meio. Eles transmitiram ao vivo o papa que presidia o Domingo de Ramos com um pequeno grupo de homens (ok, eu entrevi duas freiras, mas elas não tinham nenhum papel cerimonial) reunidos para cantar e responder. Pelo menos isso teve a aparência de uma comunidade reunida.

Outra maneira ainda, à qual eu sou favorável, é a abordagem “faça-você-mesmo” à qual grupos de mulheres da Igreja e outras comunidades eucarísticas intencionais recorrem há muito tempo com resultados satisfatórios. A comunidade se envolve na Eucaristia, às vezes no contexto de uma refeição, ou antes desta, da mesma forma que se pensa que as comunidades cristãs primitivas faziam. O distanciamento necessário e agora as máscaras faciais somam outros desafios à coreografia e aos figurinos. Mas a Eucaristia é um ato de ação de graças realizado em “quando dois ou três estiverem reunidos” (Mateus 18,20). Esses grupos têm décadas de experiência, muito a ensinar e mais do que vontade de compartilhar.

Assim como dizemos com crescente confiança que o mundo nunca mais será o mesmo após o coronavírus, tenho certeza de que a Igreja Católica Romana também não será. A estrutura hierárquica e muitos dos seus modos estreitos, que conservam o poder e excluem as pessoas nunca serão aceitáveis novamente, nem precisam ser. Se estes primeiros dias da pandemia nos ensinam alguma coisa é a olhar com cuidado e a falar com ousadia sobre o que realmente importa. In extremis, assim como em Deus, todas as coisas são possíveis agora.

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