17 Março 2020
"O jurista Miguel Reale Júnior, um dos que assinaram o pedido de impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT) defendeu nesta segunda-feira (16), em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo", que uma junta médica faça uma avaliação para saber se o atual presidente, Jair Bolsonaro tem sanidade mental para o exercício do cargo", escreve Luiz Alberto Gomez de Souza, sociólogo.
Eu tinha proposto uma greve para não perder tempo com os destemperos de uma direita enlouquecida e assim não dar-lhe uma visibilidade pela qual anseiam." Falem mal de mim mas, por favor, falem".
Entretanto esses grupos fascistoides, que possivelmente não passam, de um terço da população, superaram todos os limites, na pregação golpista, e na proposta demencial de um novo AI5, o fechamento do congresso e do judiciário. Escolhi como sinal eloquente a foto de alguém com um olhar duro e frio, segurando um cartaz:"Fora todos". Salvei essa foto, mas quando quis colocá-la aqui, como sinal assustador, ela misteriosamente desapareceu. Vai outra, tão eloquente ou mais, com um selfie do próprio presidente irresponsável.
Presidente Jair Bolsonaro tirando selfie.
(Reprodução: Henrique Fontana/Twitter)
A defesa da democracia exige uma ação desassombrada, numa união de salvação nacional e a interdição de Bolsonaro, que sorrateiramente apoia os golpistas. Divisionismo da oposição e de todos os setores democráticos é crime de omissão. E o julgamento futuro será implacável.
O jurista Miguel Reale Júnior, um dos que assinaram o pedido de impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT) defendeu nesta segunda-feira (16), em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo", que uma junta médica faça uma avaliação para saber se o atual presidente, Jair Bolsonaro tem sanidade mental para o exercício do cargo.
"Seria o caso de submetê-lo a uma junta médica para saber onde o está o juízo dele. O Ministério Público pode requerer um exame de sanidade mental para o exercício da profissão. Bolsonaro também está sujeito a medidas administrativas e eventualmente criminais. Assumir o risco de expor pessoas a contágio é crime", afirmou o jurista.
O presidente ignorou a orientação de sua equipe médica e diretrizes do Ministério da Saúde para tratar a epidemia do coronavírus e participou,ontem, de ato a favor do seu governo. Ele deixou o isolamento que deveria fazer por ter tido contato com pelo menos 11 pessoas que estão infectadas.
Segundo Reale, a participação de Bolsonaro no ato fere a Lei 13.979, que foi sancionada pelo Executivo e regulamenta as ações para enfrentar a pandemia. O ex-ministro não defendeu, porém, o impeachment do presidente. "O impeachment é um processo muito doloroso".
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Interdição de Bolsonaro - Instituto Humanitas Unisinos - IHU