25 Novembro 2019
O climatologista brasileiro Carlos Nobre, um dos primeiros pesquisadores a estimarem o risco de savanização da Amazônia a partir de um determinado nível de desmatamento da floresta, comentou ao Estado que o trabalho da Nasa confirma o que vários estudos já vinham apontando.
A informação é publicada por O Estado de S. Paulo, 23-11-2019.
“Uma grande faixa da Amazônia no sul e leste está ficando mais quente e mais seca, principalmente durante a estação seca, que já ficou entre 3 e 4 semanas mais longa naquela área de cerca de 2 milhões de km²”, disse o pesquisador do Instituto de Estudos Avançados da USP.
Por seus cálculos, se a estação seca tornar-se mais longa do que quatro meses (hoje ela dura, em média, três meses), a floresta se converterá em savana tropical – “que é o bioma de equilíbrio com uma longa estação seca e fogo”, diz. “De fato, nesta região, o ponto de não retorno está bem próximo. Eu estimo não mais do que 15 a 30 anos com o ritmo crescente de desmatamento somado à continuidade do aquecimento global, e também com a maior vulnerabilidade da floresta Amazônica ao fogo".
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Amazônia. Climatologista vê risco de ‘savanização’ entre 15 e 30 anos - Instituto Humanitas Unisinos - IHU