29 Outubro 2019
Jean-Baptiste Noé publica François le diplomate: la diplomatie de la miséricorde (Francisco, o diplomata: a diplomacia da misericórdia, em tradução livre, pela Éditions Salvator). O Papa Francisco é ativo no cenário mundial desde a sua eleição, em 2013. Sem experiência diplomática, ao contrário dos seus antecessores Pio XII e Paulo VI, Francisco emergiu com carisma e inteligência como um interlocutor privilegiado dos líderes desse mundo.
Reprodução da capa do livro (Foto: Divulgação)
Jean-Baptiste Noé é doutor em História e editor-chefe da revista de geopolítica Conflits. É autor de, entre outros livros: La Révolte fiscale. L'impôt : histoire, théorie et avatars (Calmann-Lévy, 2019) e Géopolitique du Vatican. La puissance de l'influence (Puf, 2015).
Os extratos abaixo, tirados do livro Francisco, o diplomata, de Jean-Baptiste Noé, são publicados por Atlantico, 27-10-2019. A tradução é de André Langer.
A diplomacia do Vaticano também foi ativa na República Centro-Africana e no Sudão do Sul, ilustrando os repetidos slogans do Papa Francisco sobre a necessidade de “iniciar processos” e “construir pontes e não muros”. Como outros países do continente, esses dois Estados estão sujeitos a rivalidades étnicas e veem o ressurgimento de confrontos seculares entre povos nômades e sedentários que tinham sido suspensos durante o curto período colonial e que foram retomados com cada vez mais força desde a década de 1980. Esse renascimento de grupos étnicos, que dá primazia ao sangue sobre a água do batismo, afeta toda a África Subsaariana. A questão religiosa é secundária; ela se sobrepõe às realidades étnicas que estruturam os espaços e a vida dos Estados. As guerras não são religiosas. Elas são, primeiramente, guerras étnicas que ganham roupagens religiosas adaptadas às culturas seculares.
A República Centro-Africana é palco de uma série de revoltas civis e étnicas que se aceleram desde o início dos anos 2000. Em 2003, o general François Bozizé toma o poder com a ajuda de milicianos do Chade e expulsa as milícias congolesas estabelecidas na região de Bangui. A guerra civil dura até 2012. Em março de 2013, a coalizão Seleka, formada no ano anterior, lançou uma ofensiva sobre Bangui e tomou a capital, provocando a fuga de Bozizé. Para responder aos abusos da Seleka e aos casos de limpeza étnica, surgiram as milícias de defesa, chamadas anti-balaka [anti-machete ou anti-espada].
Diante do risco de genocídio, a ONU decide enviar uma força internacional para separar os beligerantes. A França assume a liderança da coalizão e inicia a Operação Sangaris (dezembro de 2013). O exército francês consegue controlar Bangui e estabilizar o país, evitando a morte de grande parte da população. Se os seleka estão vinculados ao Islã e os anti-balaka ao Cristianismo, são as religiões tradicionais que dominam sob o verniz muçulmano e cristão. As milícias anti-balaka usam colares de sorte em volta do pescoço, capazes de expulsar os espíritos malignos e trazer-lhes a vitória.
Contudo, o arcebispo de Bangui, Dieudonné Nzapalainga, continua sendo a única autoridade política estável no país. Ele mantém contato regular com o Comando da Força Sangaris, que organiza as negociações para a libertação dos reféns, o que garante o contato com os diferentes grupos religiosos. A Santa Sé desempenhou um papel subterrâneo durante esta guerra, captando informações e tentando reconciliar os diferentes grupos.
Em novembro de 2015, Francisco fez uma visita apostólica à República Centro-Africana, celebrando uma missa na Catedral de Bangui. Ele abre aí a primeira porta santa do Jubileu da Misericórdia, fazendo desta cidade devastada pela guerra a capital espiritual do mundo. Depois, em novembro de 2016, criou Nzapalainga cardeal, tornando-o assim o primeiro cardeal da República Centro-Africana. Esses gestos de grande força simbólica são uma expressão da diplomacia da misericórdia promovida pelo Papa Francisco.
Localizado na bacia do Nilo e, portanto, no quintal do Egito, o Sudão é dividido entre um norte muçulmano e um sul cristão. Essas diversidades religiosas e culturais estão calcadas em fraturas étnicas, como frequentemente acontece na África. Colonizado simultaneamente pelo Egito e pela Inglaterra, o Sudão conquistou a independência em 1955, antes de afundar na guerra civil. Os dois blocos, o norte e o sul, entraram em conflito, o norte arabizado e islamizado querendo controlar o sul.
Após a Segunda Guerra do Sudão (2005), decidiu-se realizar um referendo sobre a questão da independência do sul. O referendo foi organizado para acontecer seis anos depois, o que daria tempo a Cartum para evitar a independência. O referendo foi realizado conforme prometido em junho de 2011 e quase 98% da população do sul votou pela independência, que entrou em vigor em 9 de julho de 2011. A paz esperada durou pouco. O novo Estado, por sua vez, afundou na guerra civil: dois grupos étnicos dividem o governo do país e querendo expulsar o outro para garantir o controle sozinho.
O país possui muitas reservas de petróleo, o que atiça a ganância e faz esperar a criação de um emirado petrolífero africano. Com uma população de 8,5 milhões de pessoas, o Sudão do Sul é um dos países mais pobres da África. A mortalidade materna é a mais alta do mundo e 10% das crianças morrem antes dos cinco anos de idade. Além disso, por falta de infraestrutura e escolas, a grande maioria da população é analfabeta. Nestas circunstâncias, um desenvolvimento do Sudão do Sul era uma ilusão, mesmo com a independência conquistada em 2011.
Tudo estava para ser feito e construído, e o petróleo não poderia ser a resposta para todos os males. Especialmente porque, como em muitos países, o petróleo é mais um mal do que uma bênção. Excitando os ciúmes e os desejos de riqueza, aguça os apetites guerreiros e reaviva as tensões entre os grupos humanos. Enquanto 2011 deveria abrir um período de paz e de construção, a independência marcou a escrita de uma nova página de confrontos e de conflitos. Em 2011, a ONU estimou que as duas guerras provocaram a morte de dois milhões e meio de pessoas e quatro milhões de refugiados. A guerra que abala o país desde 2011 deixou 50 mil mortos e três milhões de refugiados. A violência e as tragédias humanas continuam a se espalhar.
Desde a independência de 2011, dois homens assumiram o controle do país: Salva Kiir, um dinka que se tornou presidente, e Riek Machar, da etnia Nuer, que foi vice-presidente. Os dois fundaram e lideraram um governo provisório em 2005, que organizou o referendo de 2011 e que depois se tornou o governo oficial no momento da independência. Eles são dois guerreiros, acostumados a lutar e a atirar. Eles viveram uma parte da sua vida fazendo oposição a Cartum e na organização e estruturação de milícias da oposição. A parceria entre os dois durou dois anos. Com as eleições presidenciais previstas para 2015, Riek Machar anunciou, em 2013, que gostaria de participar. Salva Kiir imediatamente o destituiu, assim como uma parte do governo, a fim de controlar o país sozinho. Auxiliado pelos Nuer, Machar começou uma guerra armada.
O tribalismo e a corrupção estruturam esse Estado corrupto, que tinha 300 mil funcionários públicos em 2011 para uma população de 8,5 milhões de habitantes. Era uma maneira hábil de criar feudos e tecer relações de clientelismo, sendo essas pessoas remuneradas com dinheiro do petróleo. A corrupção garante a sobrevivência dos grupos humanos e das redes de criminalidade, mesmo que isso impeça o desenvolvimento do país. O sentimento nacional é inexistente neste país, que permanece artificial. A oposição a Cartum permitiu a união dos Dinka e Nuer durante muitas décadas.
Agora que o Sudão do Norte não é mais o inimigo prioritário, eclodem as rivalidades étnicas do sul e essa oposição não tem motivos para parar. Uganda e Quênia estão nos bastidores do jogo sudanês. Esses dois países apoiaram a independência do sul, na esperança de tirar proveito do maná do petróleo. A guerra que persiste não favorece seus negócios, porque bloqueia a produção de petróleo. Segundo a ONU, a crise humanitária neste país é pior do que a que existia em Ruanda. Em 2018, a seca caiu sobre o país, agravada pela guerra, que aumentou a fome e, portanto, as mortes e os refugiados. Infelizmente, para a população civil, nenhuma saída da crise parece estar à vista no momento, e o drama humanitário continua a persistir.
A Santa Sé ofereceu mediação a ambas as partes para tentar encontrar uma conciliação e garantir a construção da paz. Francisco convidou os dois líderes militares para um retiro espiritual no Vaticano, realizado em 10 e 11 de abril de 2019. Este é um caso único e original: é a primeira vez que a Santa Sé propõe um retiro aos beligerantes em sua ação de mediação. Salva Kiir e Riek Machar, sendo teoricamente católicos e presbiterianos, o retiro foi pregado por um arcebispo católico da Uganda. Líderes anglicanos e presbiterianos também estavam presentes, incluindo o arcebispo de Canterbury, Justin Welby.
No final desse retiro, Francisco fez um gesto inesperado: ajoelhou-se perante os dois milicianos e beijou seus pés. Gesto surpreendente e incomum, que lembra o lava-pés da Quinta-Feira Santa de que Francisco gosta muito e que ele realiza todos os anos nas prisões. Isso não seria suficiente para trazer a paz, mas Francisco queria marcar seu grande interesse por este país esquecido.
A paz, para os crentes, é invocada diante de Deus. E devemos invocá-la rezando ainda mais diante do sacrifício de tantas vítimas inocentes do ódio e da guerra. Algo deve ter acontecido naquelas horas em Santa Marta, sobretudo entre os líderes do Sudão do Sul que acolheram o convite do Bispo de Roma, que tem como título o de “Servo dos servos de Deus”. Ao se ajoelhar com dificuldade para beijar os pés, o Papa inclinou-se diante do que Deus suscitou durante este encontro de oração.
Para realizar gestos fortes e marcantes, servir de mediador, chamar os líderes políticos à sua consciência e ao seu papel de chefe de Estado, Francisco usa todos os atributos clássicos da diplomacia da Santa Sé, esta que não possui exército nem meios de pressão para pôr um fim aos conflitos e trazer a paz. Ele sempre procura iniciar processos e criar um diálogo, mesmo sendo traído pelas pessoas que recebe, para que a paz não siga os passos de Deus, mas os passos dos homens.
Muito marcado por todos os conflitos e sofrimentos humanos, Francisco procura ser um homem de misericórdia que traga paz ao mundo. Os resultados nem sempre são visíveis, mas ele sabe que pode terminar as ações de seus predecessores e iniciar caminhos que podem ser seguidos depois dele. Confiando em Cristo, procura recolher os fragmentos de paz e de justiça quebrados pela Terceira Guerra Mundial em capítulos que se abateu sobre o mundo.
A defesa dos migrantes é o tema recorrente do pontificado de Francisco. Se esse tema era tratado por seus antecessores, principalmente no Dia Internacional dos Migrantes, era ainda de maneira periférica. Francisco fez dele o elemento central do seu pontificado, abordando-o em muitas intervenções públicas, visitando migrantes durante cada uma das suas viagens e fazendo viagens específicas para encontrá-los. Isso começou no início do seu pontificado com a visita a Lampedusa, na Sicília, em 8 de julho de 2013, a primeira visita fora da península. Ele criticou a “globalização da indiferença” em relação às muitas pessoas afogadas que tentavam atravessar o Mediterrâneo.
Sua visita à ilha grega de Lesbos, em 16 de abril de 2016, é outra grande viagem do seu pontificado. Ele visitou os campos de migrantes e voltou com doze deles em seu avião de confissão muçulmana, para permitir que vivessem na Itália. Lesbos é uma viagem ecumênica e geopolítica, em que foi realizado um encontro com os patriarcas de Constantinopla e de Atenas, no qual assinaram uma declaração conjunta. A Sala de Imprensa da Santa Sé havia feito um alerta antes do início da viagem do Papa: esta viagem é ecumênica e humanitária.
O ecumenismo é o fio vermelho da diplomacia de Francisco, ele que gosta de recordar esse trágico ecumenismo do sangue vivido pelos cristãos do Oriente. Esta é a segunda vez que um Papa vai à Grécia, sendo a primeira a de João Paulo II para Atenas, em 2001. Quando se conhece o preconceito e a inimizade que os ortodoxos gregos têm pelos católicos, esse encontro não tem nada de insignificante. Como também não é nada trivial encontrar os patriarcas de Constantinopla e de Atenas, quando, novamente, as antipatias entre eles podiam ser muito fortes no passado.
Esse encontro cimenta o ecumenismo no sentido próprio, isto é, a reunificação da okoumene, a unidade de todos os cristãos. É um gesto religioso e também político. Trata-se de dizer que somente a unidade dos cristãos resolverá os desafios colocados pelo mundo multipolar.
A acolhida dos doze migrantes foi outro gesto político de grande amplitude, mesmo se o irenismo nem sempre está ausente das comunidades eclesiais, ou mesmo uma cegueira deliberada face às realidades da crise migratória. Na entrevista coletiva que concedeu no avião que o levava de volta a Roma, o Papa falou sobre o tráfico de seres humanos e a venda de armas que alimentam essas guerras.
A declaração conjunta lembra a necessidade de lutar contra as “causas subjacentes” a esses deslocamentos forçados da população. Não se trata, portanto, de tratar apenas os efeitos (por exemplo, pela recepção dos migrantes), mas principalmente de resolver as causas da desestabilização do Oriente Médio. A passagem a seguir é provavelmente uma das mais importantes da declaração:
“Nós fazemos um apelo a todos os líderes políticos para que usem todos os meios possíveis a fim de garantir que os indivíduos e as comunidades, incluindo os cristãos, permaneçam nos seus países de origem e gozem do direito fundamental de viver em paz e segurança. Há necessidade urgente de um consenso internacional mais amplo e um programa de assistência para sustentar o Estado de direito, defender os direitos humanos fundamentais nesta situação insustentável, proteger minorias, combater o tráfico humano e o contrabando, eliminar rotas inseguras como as do Egeu e de todo o Mediterrâneo, e desenvolver procedimentos seguros de reinstalação.”
Apelo, por um lado, aos dirigentes políticos para que “usem todos os meios” para resolver as causas da crise, isto é, meios diplomáticos e humanitários, mas também militares. Quando falamos de “todos os meios”, é que possibilitamos os meios militares. A declaração lembra o papel desempenhado pelas máfias naquilo que é uma nova forma de tráfico de pessoas. A máfia albanesa, que se infiltrou na Líbia e está se infiltrando nas costas francesas da Mancha, desempenha um papel de liderança nesses tráficos, com as máfias nigeriana e italiana. O tráfico de migrantes envolve mais dinheiro do que o tráfico de drogas.
Outro elemento desta declaração é o direito dos migrantes de permanecer em casa e retornar a ela: que os cristãos “permaneçam nos seus países de origem e gozem do direito fundamental de viver em paz e segurança” e “desenvolvam procedimentos seguros de reinstalação”. Nas palavras do Papa, presentes nesta declaração e reafirmadas na entrevista coletiva, a recepção é provisória. Portanto, não se trata de fazer uma grande transferência de população do Oriente Médio para a Europa, mas de acolher provisoriamente aqueles que estão fugindo da morte, de resolver as causas de sua fuga e permitir que retornem. A necessidade do retorno dos migrantes está claramente indicada na declaração: devemos trabalhar “pelo retorno honroso daqueles que foram forçados a abandonar suas casas”.
Resta a questão da acolhida exclusiva de famílias muçulmanas, que tem sido apreciada de várias formas na Europa. É um gesto demagógico que esquece os cristãos perseguidos e defende as sociedades multiculturais? Ou é um gesto profético, um daqueles impulsos que podem derrubar a cortina de ferro oriental? Podemos ver que o gesto do Papa foi medido: as pessoas acolhidas estão com a documentação em dia e são famílias, não falsos refugiados ou trabalhadores clandestinos. A acolhida também é proporcional às capacidades de acolhida e integração.
Finalmente, é um gesto que não pode deixar de abalar o mundo muçulmano. A noção da umma, a comunidade formada pelos fiéis muçulmanos de todo o mundo, é uma noção essencial do mundo muçulmano. Agora, o que vemos? Muçulmanos jihadistas bombardeiam e matam populações muçulmanas, que são rejeitadas pelos países muçulmanos muito ricos (Arábia Saudita, Catar). Na prática, portanto, a umma não existe. O aliado acaba sendo um inimigo, e o inimigo um aliado. Há algo de preocupante nisso. Diante da violência do islã jihadista, a resposta do Papa é opor a força da lei e da caridade, ou seja, a força da lucidez, quando alguns cristãos às vezes são tentados pelo irenismo, que é outra forma de violência. Assim, ele rompe a ascensão aos extremos, assunto muito bem teorizado por René Girard.
Durante o seu pontificado, Francisco modificou um pouco sua mensagem sobre os migrantes, passando da acolhida dos refugiados e da necessidade de retorno, à construção de uma sociedade multicultural baseada na aceitação incondicional dos estrangeiros. O discurso que fez no Marrocos, durante a visita a um campo de migrantes em Rabat, afasta-se da declaração comum de Lesbos. O Papa recordou seu roteiro migratório, contido nos quatro verbos: acolher, proteger, promover e integrar. Acolher os migrantes que desejam entrar em um país, proteger as rotas migratórias para limitar as tragédias humanas, promover a acolhida dos migrantes nos países para onde vão, integrar promovendo a construção de sociedade intercultural. A questão do retorno não é mais mencionada.
Francisco lembrou que os quatro verbos “acolher, proteger, promover e integrar” devem ser um quadro de referência para todos. [...] Desenvolvendo o verbo acolher, o Papa lembrou que o estabelecimento de canais regulares de migração, com caminhos seguros e legais, “é necessário para não conceder novos espaços aos mercadores de carne humana que especulam sobre os sonhos e as necessidades dos migrantes”. [...] As formas de expulsão coletiva, que não permitem o gerenciamento adequado de casos particulares, não devem ser aceitas. Por outro lado, os procedimentos de regularização extraordinários, especialmente no caso de famílias e de menores, devem ser incentivados e simplificados.
O segundo verbo, proteger, significa defender “os direitos e a dignidade dos migrantes e refugiados, independentemente da sua situação migratória”. [...] Promover significa “garantir a todos, migrantes e autóctones, a possibilidade de encontrar um ambiente seguro onde possam se realizar plenamente. Essa promoção começa com o reconhecimento de que ninguém é um descarte humano, mas que cada um possui uma riqueza pessoal, cultural e profissional que pode trazer muito valor ao local onde está”. [...]
Finalmente, o quarto e último verbo, integrar, possibilita “envolver-se em um processo que valoriza tanto o patrimônio cultural da comunidade anfitriã quanto o dos migrantes, construindo assim uma sociedade intercultural e aberta”, sem “se deixar condicionar pelos medos e pela ignorância”.
Para Francisco, a questão migratória não é apenas uma questão política; é também e acima de tudo uma questão teológica. Para ele, o migrante é a imagem de Cristo na terra. Acolhê-lo é acolher Jesus Cristo. Ele também considera que cada pessoa é um migrante.
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O papel desconhecido desempenhado pelo Vaticano no apaziguamento das rivalidades étnicas na República Centro-Africana e no Sudão do Sul. Extratos do livro de Jean-Baptiste Noé - Instituto Humanitas Unisinos - IHU