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A teoria de gênero e a educação católica. Artigo de Tina Beattie

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16 Agosto 2019

“Se a hierarquia católica pudesse abrir mão do seu medo e resistência a qualquer sugestão de fluidez ou de diversidade de gênero, ela descobriria que a tradição católica é, em si mesma, fluida em relação aos gêneros”, escreve Tina Beattie, teóloga inglesa, especialista em questões de ética e de feminismo, professora de Estudos Católicos na Universidade de Roehampton, em Londres, em artigo publicado por Catholic Theological Ethics in the World Church, 30-07-2019. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o artigo.

Os debates sobre gênero têm uma capacidade poderosa de dominar o discurso público, inflamar as paixões e provocar confrontos furiosos entre conservadores religiosos e ativistas de gênero de vários tipos.

Nessa atmosfera febril, muitos católicos podem receber orientações bem informadas do Vaticano sobre como engajar os jovens de modo significativo em um diálogo sobre a teoria de gênero. A Congregação para a Educação Católica publicou agora um documento que pretende oferecer isso. “Homem e mulher os criou: para uma via de diálogo sobre a questão do gender na educação” [disponível aqui, em português] define os termos para o diálogo sobre gênero e educação sexual com base em “três princípios orientadores” – “escutar, analisar e propor”.

Isso sugere que o documento poderia oferecer um engajamento informado e apaziguador com a compreensão científica e teórica atual em relação às questões de gênero, em estreito envolvimento com a literatura acadêmica relevante. Mas, antes mesmo que a palavra “diálogo” seja mencionada, ele já estabeleceu suas condições em termos inequívocos, deixando claro que o termo “gênero” pode ser usado legitimamente apenas para se referir a identidades e relações binárias heterossexuais. Em muito pouco tempo, encontramo-nos de volta na selva fechada do dogma cego e da rotulação preconceituosa que se tornaram características da abordagem do Vaticano ao que ele chama de “ideologia de gênero”.

Qualquer questionamento do “dimorfismo sexual” divinamente ordenado e biológica e psicologicamente encarnado é um sintoma de declínio cultural e resulta da adoção de uma “antropologia contrária à fé e à reta razão”. A teoria de gênero é o produto de uma mentalidade relativista que promove um processo de “desnaturalização”. Isso desestabiliza a família, anula a diferença sexual e torna o gênero uma questão de escolha pessoal dirigida pela vontade individual e não é informada por qualquer consideração pelas estruturas e valores da sociedade. A teoria de gênero promove uma “utopia do ‘neutro’”, e a ideia da neutralidade de gênero ou de um terceiro gênero é uma “construção fictícia”.

Citações e notas de rodapé referem-se apenas a outros documentos vaticanos e escritos papais. Em outras palavras, a insistência de que escutar é fundamental para o diálogo não é respeitada ou modelada de forma alguma na redação desse documento da Congregação para a Educação Católica. Tudo isso esvazia o seu reconhecimento declarado de um campo comum compartilhado com os teóricos de gênero, baseado na necessidade de promover uma melhor compreensão da diferença sexual e de evitar todas as formas de bullying e preconceito.

Estritamente falando, o documento é consultivo e não tem autoridade, e os responsáveis pela educação católica têm o direito de ignorá-lo. No entanto, há rumores de que a Congregação para a Doutrina da Fé também está planejando um documento sobre gênero, e, se isso for verdade, eu temo o que ele poderá conter. O texto da Congregação para a Educação Católica oferece ricas pepitas para os muitos críticos da Igreja na mídia secular. Teólogos como eu podem se consolar com a indicação do status sem autoridade do documento, mas isso, com razão, tem pouco valor quando buscamos engajamento público.

Mas o mais importante é a angústia que isso cria para os católicos LGBTQI que se esforçam para ser fiéis à Igreja e verdadeiros a si mesmos, ou para os pais que procuram oferecer apoio amoroso e afirmação aos filhos que lidam com questões de identidade e de gênero – filhos que têm um alto risco de suicídio e de problemas de saúde mental. Eu penso nos muitos cristãos que conheço que não se conformam com o “vaticanês” de documentos como esse, que estão oferecendo lares amorosos a seus filhos e que estão lutando como todo casal faz para construir relações sustentáveis, fiéis e amorosas em uma cultura de valores duramente individualistas e consumistas.

Essas pessoas estão frequentemente na linha de frente da resistência à cruel brutalidade dos nossos sistemas políticos e econômicos modernos, apoiando refugiados, trabalhando com os sem-teto, fazendo campanhas pela proteção ambiental. Eu conheço essas pessoas. São meus amigos e colegas, meus estudantes e vizinhos. Eles fazem parte da comunidade à qual eu e inúmeros outros católicos modernos pertencem, e pelos quais nos responsabilizamos quando nossas desinformadas lideranças da Igreja emitem documentos como esse.

Se a hierarquia católica pudesse abrir mão do seu medo e resistência a qualquer sugestão de fluidez ou de diversidade de gênero, ela descobriria que a tradição católica é, em si mesma, fluida em relação aos gêneros. A linguagem da teologia católica e particularmente dos textos devocionais e místicos se abre a um arranjo poético e prismático de relações de gênero, tecendo o humano e o divino em relações intensas de amor erótico, maternal e filial, e de amizade que evitam todos os binários sexuais. Eu uso a carta apostólica Mulieris dignitatem do Papa João Paulo II para ensinar teologia de gênero. Posso identificar pelo menos cinco gêneros diferentes nesse documento, com base em vários apelos à eclesiologia nupcial e à diferença sexual.

O Papa Francisco usou o termo “colonização ideológica” para condenar aquilo que ele vê como dominação cultural ocidental das sociedades mais pobres, particularmente através da promoção da teoria de gênero. No entanto, pode-se argumentar que a moderna família nuclear é, em si mesma, uma forma de colonização ideológica, exportada ao redor do mundo por potências europeias e missionários cristãos pelo menos ao longo dos últimos 500 anos. A família moderna pode ter feito mais do que qualquer outra instituição para cortar relações de parentesco estendidas e para contribuir com a fragmentação de comunidades interdependentes. Com suas demandas insaciáveis por estilos de vida cada vez melhores e oportunidades que alimentem o crescimento econômico, a família de classe média da modernidade tardia pertence a uma cultura do individualismo isolado com suas bases políticas neoliberais – uma ordem política e econômica que todos os papas recentes insistem que é antitética a uma compreensão católica da sociedade.

À medida que culturas e grupos diferentes reivindicam suas histórias a partir das metanarrativas dominantes do imperialismo ocidental, estamos descobrindo que o gênero nas sociedades tradicionais é um conceito mais diverso e fluido do que o racionalismo pós-iluminista foi capaz de acomodar. Isso é verdade tanto no catolicismo pré-moderno quanto em outras comunidades e culturas tradicionais.

Nada do que estou dizendo aqui nega a beleza da compreensão católica do casamento como um amor unitivo e às vezes procriativo que pode ser interpretado como uma analogia do amor entre Deus e a humanidade através da vida sacramental da Igreja. Eu também não estou dizendo que tudo o que emana da teoria de gênero é necessariamente útil ou saudável. Estou apenas salientando que há muito a se aprender em ambos os lados, se os teóricos de gênero e os teólogos católicos realmente estiverem dispostos a dialogar sobre possibilidades e limites, incluindo questões de finitude e vulnerabilidade, dignidade e relacionalidade.

Se o documento produzido pela Congregação para a Educação Católica é um reflexo preciso do nível de compreensão e engajamento que a hierarquia está disposta a trazer para a mesa de diálogo, então seria melhor para todos nós que eles simplesmente ficassem quietos, pois eles não a têm competência, o respeito e o conhecimento para contribuir significativamente com esse diálogo.

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