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Arcebispo australiano sugere a criação de novo dicastério vaticano para combater o abuso e a cultura clerical

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23 Fevereiro 2019

O arcebispo australiano que participa da cúpula sobre os abusos sexuais clericais convocada pelo Papa Francisco sugeriu que o Vaticano talvez precise criar um novo escritório de alto nível para simplificar as respostas às vítimas e examinar as profundas raízes dos já históricos escândalos de abuso.

A reportagem é de Joshua J. McElwee, publicada por National Catholic Reporter, 22-02-2019. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

O arcebispo de Brisbane, Mark Coleridge, disse que tal escritório poderia se focar em garantir a “integridade na Igreja” e seria uma forma de assinalar a seriedade dos problemas enfrentados pela instituição mundial.

“Esta é uma emergência global”, disse ele, falando em uma entrevista com o NCR no dia 20 de fevereiro. “Eu não estou pressionando o botão de alarme, mas acho que ver a questão de outro modo é enfiar a cabeça na areia.”

Coleridge, que está participando da cúpula entre os dias 21 e 24 de fevereiro como chefe da Conferência dos Bispos da Austrália, também disse durante a entrevista que ele não está satisfeito com o atual processo usado pelo Vaticano para avaliar se os bispos do mundo estão cumprindo as suas obrigações de denunciar os padres acusados de abuso.

Embora ele tenha chamado o motu proprio de Francisco, de 2016, sobre esse assunto, de “um passo na direção certa”, ele acrescentou: “Precisamos continuar na jornada”.

Coleridge sugeriu que um novo processo para responsabilizar os bispos em casos de abuso poderia envolver a criação de grupos em nível regional encarregados de investigar os prelados supostamente negligentes em seu dever, que encaminhariam suas descobertas ao Vaticano para consideração.

“Eu poderia imaginar uma situação em que, por exemplo, se um bispo foi negligente, talvez houvesse um grupo provincial ou nacional que pudesse incluir o metropolita ou o presidente da Conferência Episcopal, auxiliado por especialistas de vários tipos, que avaliariam as evidências”, disse.

Esse grupo, disse o arcebispo, poderia “escrever um relatório (...) digamos, para esse novo dicastério, que então teria seus próprios procedimentos pelos quais o material local seria avaliado e que formularia uma recomendação que seria apresentada ao papa”.

Coleridge concentrou a maior parte da entrevista de 45 minutos naquilo que ele aprendeu depois de 25 anos de encontros com sobreviventes de abusos clericais e nos aspectos da cultura clerical da Igreja que, segundo ele, “pelo menos agravou, e talvez causou, tanto os abusos quanto a sua ocultação”.

“Se não abordarmos os fatores culturais (...) então tudo o que faremos é tratar os sintomas, e não a causa”, disse. “E, se é isso que fazemos, o abuso, de uma forma ou de outra, vai se repetir.”

Ele sugeriu que o novo escritório, ou dicastério, vaticano poderia “reunir” todos os vários aspectos dos escândalos de abuso que atualmente estão nas mãos da Congregação para a Doutrina da Fé, para o Clero e para os Bispos e poderia levar em consideração a multiplicidade de dimensões da crise.

Coleridge sugeriu que o próprio Francisco poderia assumir algum tipo de responsabilidade “incomum” pelo escritório, assim como o papa fez com o Dicastério para a Promoção do Desenvolvimento Humano Integral, no qual ele assumiu a responsabilidade direta pelas questões relativas aos migrantes.

Em suas observações sobre a responsabilização dos bispos, Coleridge estava se referindo à carta de 2016 de Francisco, “Como uma mãe amorosa”, que deu poderes a quatro escritórios vaticanos para investigar bispos acusados de negligência em casos de abuso.

A carta substituiu uma proposta anterior, aprovada pelo papa por recomendação da Pontifícia Comissão para a Proteção dos Menores, para a criação de um novo tribunal especificamente encarregado de julgar os bispos. Sobreviventes e defensores criticaram o processo atual, chamando-o de não transparente.

“Esse é um dos problemas”, reconheceu Coleridge. “Eu acho que a Santa Sé, em seus processos, tem que ser mais transparente. E acho que isso é reconhecido.”

“Ainda estamos lutando para encontrar mecanismos” para a responsabilização, disse. “Tradicionalmente, os bispos católicos só são responsáveis perante a Santa Sé. E isso tem sido um fracasso incorrigível nessa área dos abusos.”

Coleridge disse que não é a favor de uma proposta para dar poderes os arcebispos metropolitanos para examinar as acusações feitas contra os bispos em suas regiões.

“Se são apenas os arcebispos metropolitanos (...) é César julgando César”, afirmou.

A necessidade de uma “séria mudança cultural”

Coleridge, que lidera a sua arquidiocese desde 2012, é o único bispo australiano que está participando da cúpula sobre os abusos.

Ele começou a entrevista falando sobre o que chamou de “experiência dramática” enfrentada recentemente pela Igreja no seu país, que foi investigada como parte de uma Comissão Real sobre Respostas Institucionais ao Abuso Sexual Infantil de 2013 a 2017.

“Toda essa jornada da Comissão Real foi agonizante, em muitos aspectos e em muitos níveis”, disse Coleridge. “Foi uma experiência muito dolorosa de chegar a outra profundidade de consciência sobre o que é o abuso e sobre o que é necessário para garantir que o abuso não tenha lugar na Igreja.”

“O que ficou muito claro durante os anos da Comissão Real e em suas recomendações finais é que estamos enfrentando a necessidade de uma séria mudança cultural”, disse. “Demorei anos e anos e anos para ver isso.”

Coleridge descreveu o desenvolvimento do seu próprio entendimento sobre o abuso sexual do clero ao longo das décadas. Ele disse que, primeiro, considerou a questão em termos de pecado, depois como crime e, finalmente, como cultura.

O arcebispo descreveu os diversos e profundos níveis em que a Igreja deve enfrentar a questão. Ele discutiu a formação dos seminaristas, a necessidade de que os bispos incluam melhor os leigos em sua tomada de decisões e até a linguagem que a Igreja usa para as suas lideranças.

Sobre a necessidade de incluir os leigos na tomada de decisões, Coleridge disse que os bispos costumavam fazer julgamentos sobre os padres acusados por conta própria, sem a ajuda de ninguém mais.

“Essa é uma das coisas que me levou a ver que estamos lidando com algo que é essencialmente cultural ou sistêmico”, afirmou.

“Os bispos de toda a Austrália e do mundo estavam cometendo o mesmo tipo de erros horrendos, sem nenhuma referência uns aos outros”, disse. “Eles não comparavam anotações nem iam ao encontro uns aos outros. Eles estavam cometendo os mesmos erros em todos os lugares. É esquisito.”

“Quando você vê a evidência disso ao longo do tempo, você tem que perguntar: isso é cultural?”, afirmou Coleridge. “A resposta, claro, é sim, é cultural. De que outra forma você pode explicar isso?”

Questionado sobre uma recomendação no relatório final da Comissão Real de que a Igreja Católica deve levar em consideração o fato de tornar o celibato opcional para os padres, ele disse não ter visto evidências que o persuadissem de que a Igreja deveria abrir mão de sua tradição secular de não permitir que o clero se case.

Mas acrescentou: “O que está muito claro para mim agora é que, apesar de toda a nossa conversa e dos nossos ajustes, a nossa formação para o celibato vivido nesta cultura atual tem sido péssima. Então, há questões enormes (...) nessa área da formação para o ministério sacerdotal”.

Coleridge sugeriu que a Igreja pode precisar reavaliar o modelo básico de seminário que vem usando desde as reformas do Concílio de Trento no século XVI.

“Pessoalmente, eu acho que a tentativa de ajustar o modelo tridentino básico com o qual estamos lidando há cerca de 500 anos provavelmente está perto de ser um fracasso”, disse. “Precisamos de outro tipo de modelo de formação sacerdotal que mostre o mesmo tipo de criatividade que Trento mostrou quando introduziu o seminário tridentino.”

“Minha opinião é de que precisamos levar seriamente em consideração um instituto de liderança eclesial, em que os presbíteros sejam treinados e formados, mas com outros também, de modo que todas as formas de liderança da Igreja façam parte desse instituto”, afirmou.

Coleridge também criticou o que chamou de “falta de desenvolvimento profissional substancial e estruturado para os bispos”, dizendo que “isso precisa ser examinado com muita atenção”.

“Raiva e dor” das vítimas de abuso

Antes de ser nomeado para Brisbane, Coleridge atuou como arcebispo de Canberra-Goulburn, Austrália, e como bispo auxiliar em Melbourne. Ele disse que começou a entender o abuso do clero como um crime quando começou a se encontrar com as vítimas e ver os “efeitos devastadores” que isso provocava nelas.

“Para mim, o ponto de virada foi quando comecei a me sentar à mesa com vítimas e sobreviventes e entender a sua raiva e a sua dor”, disse. “Assim que comecei a fazer isso repetidamente, comecei a entender o fenômeno, que você não consegue entender enquanto você não se senta do outro lado da mesa daqueles que sofreram abusos.”

Coleridge sugeriu que a falta de experiência em se encontrar com as vítimas pode ser uma “dificuldade” para algumas autoridades do Vaticano.

“Eles são boas pessoas, estão cheios de boas intenções, mas o problema é que nunca se sentaram à mesa com uma vítima, cara a cara, e sentiram a raiva e a dor, e também estiveram imersos em uma sensação de impotência pessoal”, afirmou.

“Você nunca se acostuma com isso”, disse. “Isso ainda me deixa com uma sensação de impotência. Mas isso faz parte da jornada. Você espera que a sensação de impotência não se torne um tipo de paralisia, porque isso não serve a ninguém. Tem que ser uma experiência de impotência que, de alguma forma, de uma maneira peculiar, torne-se fortalecedora.”

“Com o passar do tempo, você começa a ver as coisas com os olhos daqueles que foram abusados”, disse Coleridge. “Não totalmente. Você não consegue fazer isso. Mas você começa a vislumbrar com os seus olhos. E o mundo, é claro, e certamente a Igreja, parece muito diferente aos olhos deles.”

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