Abusos: cúpula dos bispos dos EUA se reunirá com o papa nesta quinta, 13 de setembro

Foto: Reprodução/ Facebook

Mais Lidos

  • A luta por território, principal bandeira dos povos indígenas na COP30, é a estratégia mais eficaz para a mitigação da crise ambiental, afirma o entrevistado

    COP30. Dois projetos em disputa: o da floresta que sustenta ou do capital que devora. Entrevista especial com Milton Felipe Pinheiro

    LER MAIS
  • O “non expedit” de Francisco: a prisão do “mito” e a vingança da história. Artigo de Thiago Gama

    LER MAIS
  • "A ideologia da vergonha e o clero do Brasil": uma conversa com William Castilho Pereira

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

12 Setembro 2018

No rastro do escândalo dos abusos que está sacudindo a Igreja dos Estados Unidos nas últimas semanas, o Papa Francisco receberá nesta quinta-feira, 13 de setembro, ao meio-dia, a cúpula da Conferência dos Bispos dos Estados Unidos.

A reportagem é de Iacopo Scaramuzzi, publicada em Vatican Insider, 11-09-2018. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Foi o que confirmou o porta-voz vaticano, Greg Burke, com uma nota divulgada nessa terça-feira, na qual explica que serão recebidos pelo papa no Palácio Apostólico o cardeal Daniel DiNardo, arcebispo de Galveston-Houston, presidente da Conferência Episcopal, junto com o cardeal Seán Patrick O’Malley, arcebispo de Boston, presidente da Pontifícia Comissão para a Proteção dos Menores.

Também estarão presentes Dom José Horacio Gómez, arcebispo de Los Angeles, vice-presidente da mesma Conferência Episcopal, e o secretário geral, Dom Brian Bransfield.

Nos últimos dias, a imprensa estadunidense havia informado que o cardeal DiNardo tinha pedido há muito tempo uma audiência ao papa. A Igreja dos Estados Unidos foi confrontada, nas últimas semanas, primeiro com o relatório do Grande Júri da Procuradoria da Pensilvânia, que investigou os abusos cometidos em seis das oito dioceses do Estado ao longo dos últimos 70 anos; depois, com a abertura das investigações da Procuradoria nas oito dioceses do Estado de Nova York; e, por fim, com o escândalo do cardeal Theodore McCarrick, arcebispo emérito de Washington, hoje com 88 anos, considerado culpado de abusos sexuais contra um menor e diversos seminaristas adultos cometidos nas décadas passadas, no centro do “comunicado” do ex-núncio nos Estados Unidos, Carlo Maria Viganò.

A partir desta terça até a próxima quarta-feira, o papa se encontra na periódica reunião com os nove cardeais que o auxiliam na reforma da Cúria Romana e no governo da Igreja Católica mundial.

Faz parte do chamado C9 outro cardeal estadunidense, o arcebispo de Boston, Sean O’Malley, presidente da Pontifícia Comissão para a Proteção dos Menores, que realizou sua plenária em Roma entre os dias 7 e 10 de setembro.

A reunião foi aberta com os testemunhos de uma mulher da América Latina que, quando criança, foi abusada por um sacerdote, e pela mãe de duas vítimas adultas provenientes dos Estados Unidos.

“As questões que surgiram nos últimos meses”, é a conclusão da plenária, relatada em um comunicado divulgado no domingo à noite, “não só chamam a atenção sobre a seriedade da questão dos abusos, mas também representam uma oportunidade para chamar a atenção de todos sobre os instrumentos de prevenção a fim de tornar o futuro diferente do nosso passado. O nosso ponto de partida não é investigar os casos particulares, mas sim prevenir para o futuro.”

Leia mais