EUA: maioria católica desaprova o governo Trump

Foto: Stephen Melkisethian | Flickr CC

Mais Lidos

  • Alessandra Korap (1985), mais conhecida como Alessandra Munduruku, a mais influente ativista indígena do Brasil, reclama da falta de disposição do presidente brasileiro Lula da Silva em ouvir.

    “O avanço do capitalismo está nos matando”. Entrevista com Alessandra Munduruku, liderança indígena por trás dos protestos na COP30

    LER MAIS
  • Dilexi Te: a crise da autorreferencialidade da Igreja e a opção pelos pobres. Artigo de Jung Mo Sung

    LER MAIS
  • Às leitoras e aos leitores

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

22 Junho 2017

Uma maioria entre os católicos dos Estados Unidos, equivalente a 56%, desaprova a forma como o presidente Donald J. Trump está desempenhando os seus deveres, segundo um novo estudo realizado pelo Centro de Pesquisas Pew (Pew Research Center). Apenas 38% dos católicos dizem aprovar o atual governo.

A reportagem é de Michael J. O’Loughlin, publicada por America, 20-06-2017. A tradução é de Isaque Gomes Correa.

O presidente tem uma melhor classificação entre os católicos brancos não hispânicos, com 52% dizendo aprovar o seu desempenho e 42% dizendo desaprovar.

(De acordo com um estudo feito em 2014 pelo Pew, aproximadamente 59% dos católicos nos EUA se identificam como brancos. Trinta e quatro por cento se identifica como latinos, um aumento de 5 pontos com relação a 2007.)

No geral, 39% dos americanos dizem aprovar o desempenho do presidente Trump e 55% dizem desaprovar, segundo o Pew.

Inicialmente, pesquisas de boca de urna sugeriram que, em novembro, Trump tinha recebido uma pequena maioria dos votos católicos, mas uma análise mais recente descobriu que a rival Hillary Clinton pode ter obtido uma leve vitória entre este grupo religioso.

Os líderes católicos nos EUA têm vivido uma situação peculiar quando se trata do envolvimento com a Casa Branca. Nas primeiras semanas do atual governo, a Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos publicou uma enxurrada de notas condenando as propostas do governo relativas à imigração, à assistência à saúde e ao meio ambiente. Na sua assembleia em Indianápolis semana passada, muitos bispos condenaram publicamente as iniciativas de Trump de revogar a Patient Protection and Affordable Care Act (Lei de Proteção e Cuidado ao Paciente) e prometeram renovar a sua luta de resistência contra o que dizem ser políticas imigratórias desumanas.

Dois arcebispos proeminentes – o Cardeal Donald Wuerl, de Washington, e o Cardeal Daniel DiNardo, presidente da conferência episcopal – visitaram a Casa Branca em maio para a cerimônia de assinatura de uma ordem executiva relacionada à liberdade religiosa. No começo deste mês, o vice-presidente Mike Pence recebeu uma acolhida cordial no evento National Catholic Prayer Breakfast, onde disse que o governo planeja apoiar os cristãos perseguidos no Oriente Médio. E numa carta em nome dos bispos americanos ao Papa Francisco divulgada semana passada, DiNardo destacou o “encontro poderoso entre Sua Santidade e o Presidente dos Estados Unidos” ocorrido em maio, e escreveu que os bispos “rezam para que as sementes lançadas no terreno comum da vida e da liberdade religiosa gerem muitos frutos”.

O Centro de Pesquisas Pew também descobriu que Trump continua popular entre os protestantes evangélicos brancos, com 74% dizendo aprovar e apenas 20% dizendo desaprovar o seu desempenho.

Os americanos que frequentam semanalmente cerimônias religiosas se dividem quanto ao presidente, com 48% aprovando e 45% desaprovando-o. Aqueles que frequentam celebrações deste tipo “menos do que uma vez por semana” possuem uma visão mais negativa do presidente, com apenas 34% aprovando, e 60% desaprovando.

A pesquisa foi realizada entre os dias 8 e 18 de junho com 2.504 adultos.

Leia mais