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Nakba: “tive fome e NÃO me destes de comer” (Mt 25, 42). Artigo de Élio Gasda

Foto: Wendy van Zyl/Pexels

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06 Setembro 2025

"Matar uma população de fome é profanar o nome Santo de Deus. O Criador imprimiu em cada pessoa humana os traços indeléveis da sua imagem (Gn 1, 26)", escreve Élio Gasda, professor e pesquisador no departamento de Teologia da FAJE, em artigo publicado por Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia – FAJE, 04-09-2025.

Eis o artigo.

O mundo produz comida suficiente para alimentar 10 bilhões de pessoas (ONU). Em uma sociedade da abundância, 8,2% da população mundial estão passando fome. Só no Sudão do Sul são quase 8 milhões. A fome seria erradicada com 2% dos gastos da indústria bélica. Acabar com a fome e alcançar a segurança alimentar, particularmente de pessoas em situações de vulnerabilidade, incluindo crianças, é um dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU, até 2030.

No dia 22 de agosto, a ONU declarou estado de fome em Gaza. No dia 25 de agosto a Caritas International publicou uma declaração dando conta do horror que suas equipes testemunham. “A fome é resultado de escolhas calculadas. Uma população desprovida de abrigo, sustento e segurança foi deixada a perecer à vista de todos. O cerco a Gaza tornou-se mecanismo de aniquilação sustentado pelo silêncio e cumplicidade de nações poderosas. Governos, empresas e multinacionais tornaram possível esta catástrofe através de apoio militar, ajuda financeira e cobertura diplomática, conclui a declaração.

O direito internacional foi destroçado. Israel cruzou a linha dos crimes mais obscuros e mais sangrentos (Jeffrey Sachs). A Associação Internacional de Acadêmicos de Genocídio afirma que Israel comete extermínio em massa de palestinos. Suas ações em Gaza atendem à definição legal de genocídio no Artigo 2º da Convenção das Nações Unidas para Prevenção e Punição do Crime de Genocídio (1948).

Toneladas de alimentos apodrecem em centenas de caminhões barrados por Israel na fronteira com o Egito. Do outro lado, milhares de pessoas preferem morrer em um bombardeio a morrer de fome. Mais de mil palestinos já foram assassinados pelo Exército israelense enquanto tentavam obter alimentos. Não há nada mais cruel do que atirar em quem está morrendo de fome. Um escândalo de proporções revoltantes.

Um a cada três palestinos mortos pela fome são crianças. Mais de 50 mil crianças foram mortas ou feridas desde outubro de 2023. A criança representa o futuro que precisa ser aniquilado. Imagens diárias de crianças famintas não sensibilizam mais. Há décadas Israel viola a soberania alimentar da população palestina.

A violação dos direitos humanos é intencional. É a negação deliberada do direito de viver. Depois da Palestina, o método poderá ser aplicado em outros contextos. “Graves crises políticas... fazem morrer de fome milhões de crianças já reduzidas a esqueletos humanos por causa da pobreza e da fome, reina um inaceitável silêncio internacional” (Papa Francisco. Fratelli tutti, 29).

“A fome é criminosa” diz Papa Francisco (Fratelli tutti, 189). Uma sociedade que banaliza a fome perdeu a consciência moral, tornou-se cúmplice: “Quem pode remediar a fome e esconde o remédio é um homicida” (São Basílio). Perdeu sua alma.

O que começou na Palestina não terminará na Palestina. Silêncio e indiferença podem significar uma ‘autorização’ do massacre. Prenúncio de futuros genocídios? A sociedade normalizou a insanidade de uma política de produção de morte? “Deixar morrer e fazer morrer” de forma intencional? Matar é assumido como política que privilegia interesses econômicos sobre vidas humanas indefesas. Gaza é a aplicação inequívoca desta necropolítica (Achille Mbembe). Grandes potências “deixam morrer” ao apoiar ou silenciar diante da política israelense do “fazer morrer” em Gaza. “Israel mata. Estados Unidos financiam. Europa apoia” (Javier Bardem).

Setores da sociedade tentam reagir. São inúmeras mobilizações. Dezenas de barcos, quarenta e quatro países envolvidos e centenas de ativistas integram a plataforma Global Sumud Flotilla e estão navegando rumo à Gaza levando comida, água, remédio.

No dia 26 de agosto o patriarca Grego-Ortodoxo de Jerusalém, Teófilo III e o patriarca Latino de Jerusalém, cardeal Pizzaballa, comunicaram que o clero e religiosas de várias congregações decidiram permanecer e continuar cuidando de todos. A Paróquia de São Porfírio (Igreja Greco-Ortodoxa) e a Paróquia da Sagrada Família (Igreja Católica) têm sido único refúgio para civis fugindo dos ataques israelenses.

Matar uma população de fome é profanar o nome Santo de Deus. O Criador imprimiu em cada pessoa humana os traços indeléveis da sua imagem (Gn 1, 26). A fonte desta dignidade está em Cristo. “Tudo o que fizestes aos mais pequeninos, que são meus irmãos, foi a mim que o fizestes” (Mt 25, 40). “Que importa ao Senhor que sua mesa esteja cheia de objetos de ouro se ele se consome de fome?” (São João Crisóstomo).

O coração de Deus está voltado para os famintos, ensina são Basílio: “O pão que tu reténs pertence ao faminto. Como porei diante dos olhos os sofrimentos dos famintos, para que te convenças da dor que provocas? As trevas te envolverão quando ouvires: “Afastai-vos de mim, malditos, nas trevas exteriores, preparadas para o diabo e os seus anjos: porque tive fome e não me destes de comer” (Mt 25,41-42).

Cristão que relativiza a fome de um ser humano deixou de ser cristão. Talvez nunca tenha sido. “Ouvistes o que foi dito: Não matarás” (Mt 5,21).

“Em tempos de desordem sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente, de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural. Nada deve parecer impossível de mudar” (Bertold Brecht).

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