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Venezuela: Por trás da “guerra às drogas” de Trump. Artigo de Michelle Ellner

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20 Agosto 2025

País é obsessão da política externa dos EUA. Agora, Washington tacha-o de “Estado narcoterrorista” e esboça novo esforço intervencionista. Movimento coincide com militarização interna. Trump já mobiliza Guarda Nacional para intervir na segurança pública de Washington.

O artigo é de Michelle Ellner, publicado por Codepik e reproduzido por Outras Palavras, 19-08-2025. A tradução é de Ciro Casique Silva.

Michelle Ellner é coordenadora da campanha da CODEPINK para a América Latina. Nasceu na Venezuela e é bacharel em línguas e relações internacionais pela Universidade La Sorbonne Paris IV, em Paris. Após se formar, trabalhou para um programa internacional de bolsas de estudo com escritórios em Caracas e Paris e foi enviada ao Haiti, Cuba, Gâmbia e outros países com o propósito de avaliar e selecionar candidatos.

Eis o artigo.

O presidente Donald Trump, discretamente, autorizou o Pentágono a realizar operações militares contra o que seu governo chama de redes “narcoterroristas” na América Latina. No papel, trata-se de uma política de combate aos narcóticos. Na prática, serve como sinal verde para ações militares ilimitadas dos EUA no exterior, contornando a aprovação do Congresso, driblando o direito internacional e expandindo a definição de “segurança nacional” até que se torne uma justificativa abrangente para o uso da força.

A instrução permite que os EUA tenham como alvos grupos, unilateralmente, rotulados como criminosos e terroristas. Uma vez feita essa designação, as forças armadas podem operar sem o consentimento do país visado, uma medida que viola o direito internacional. Em uma região com um longo histórico de golpes de Estado apoiados pelos EUA, guerras encobertas e campanhas de desestabilização, o risco de abuso não é hipotético; é inevitável.

Embora a ordem se aplique a toda a América Latina, a Venezuela está no topo da lista. O governo Trump acusou o governo do presidente Nicolás Maduro de trabalhar com cartéis transnacionais e dobrou a recompensa por ele para US$ 50 milhões (o dobro da recompensa por Osama bin Laden). É uma tática de guerra jurídica projetada para criminalizar um chefe de Estado e convidar mercenários e agentes secretos a participar da mudança de regime. As acusações que alimentam essa escalada têm se tornado cada vez mais absurdas, apresentando Maduro como parceiro das FARC da Colômbia, chefe do “Cartel de los Soles”, patrono do Tren de Aragua da Venezuela e, agora, como aliado do Cartel de Sinaloa do México — uma acusação que até mesmo a própria presidenta do México diz não ter evidências, revelando o quão politizada e infundada é essa alegação.

A premissa central da acusação é que Maduro está envolvido em uma rede de tráfico de cocaína formada por militares e figuras políticas venezuelanas, chamada Cartel de los Soles. O governo venezuelano nega a existência do cartel, chamando-o de invenção para justificar sanções e esforços de mudança de regime. Múltiplas investigações independentes mostraram que não há provas concretas e que essa narrativa prospera em uma câmara de eco da mídia e da inteligência. Reportagens de veículos como o Insight Crime citam fontes anônimas dos EUA; essas histórias da mídia são então citadas por formuladores de políticas e think tanks, e o ciclo se repete até que a especulação se torne política.

Fulton Armstrong, um professor da American University e ex-oficial de inteligência dos EUA por muito tempo, declarou que não conhece ninguém na comunidade de inteligência, além dos que estão atualmente no governo, que acredite na existência do Cartel de los Soles.

Os dados de monitoramento de drogas também contradizem essa narrativa. O Escritório de Washington para a América Latina (Wola, na sigla inglesa) relata que apenas cerca de 7% da cocaína com destino aos Estados Unidos transita pelo Caribe Oriental via Venezuela, enquanto aproximadamente 90% segue pelas rotas do Caribe Ocidental e do Pacífico Oriental. O Relatório Mundial sobre Drogas 2025 do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc, sigla em inglês), igualmente, confirma que o tráfico continua concentrado nos principais corredores andinos, e não através da Venezuela. No entanto, a Venezuela é alvo de qualquer maneira, não por seu papel real no tráfico de drogas, mas porque neutralizar seu governo se tornou um pilar da política externa dos EUA, visto em Washington como um passo para remodelar o sistema político do país e abrir sua economia ao controle estrangeiro.

O rótulo de “narcoterrorismo” atribuído à Venezuela também tenta associar o país à crise do fentanil nos Estados Unidos, apesar da ausência de evidências de que o país tenha qualquer papel no tráfico dessa droga. Nem mesmo as próprias avaliações das autoridades antidrogas dos Estados Unidos mencionam a Venezuela como fonte ou ponto de trânsito.

Essa ligação existe apenas na retórica política, uma forma de envolver a Venezuela em uma crise de saúde pública interna e reciclar a mesma lógica usada para rotulá-la de “ameaça à segurança nacional”. Essa acusação remonta a 2015, quando o presidente Obama criou a andaimaria jurídica e política para uma campanha de coerção sem prazo determinado. Uma vez que o quadro do “narcoterrorismo” é estabelecido, Washington pode sustentar e intensificar medidas militares ao longo do tempo, independentemente do pretexto imediato.

Essa abordagem torna um impasse político em uma questão de segurança declarada. Amplia o leque de ferramentas militares permitidas, desde ISR (inteligência, vigilância e reconhecimento, [na sigla em inglês]) até ação direta.

O padrão é familiar. No Panamá (1989), na Colômbia (anos 2000) e em Honduras (anos 2010), as campanhas militarizadas antidrogas dos EUA não conseguiram desmantelar as cadeias de abastecimento nem reduzir os volumes de tráfico. O que elas conseguiram foi mudar as rotas, militarizar atores criminosos e desestabilizar os governos, tornando os problemas originais mais difíceis de resolver e as sociedades afetadas mais frágeis.

O espelho em casa: militarização e comunidades não brancas

A mesma lógica militarizada que orienta a política dos EUA na Venezuela está sendo aplicada dentro dos Estados Unidos. Em agosto de 2025, o presidente Trump assinou uma ordem executiva colocando o Departamento de Polícia Metropolitana de Washington sob controle federal e mobilizou a Guarda Nacional, alegando uma “emergência” de segurança pública, apesar dos dados oficiais mostrarem que os crimes violentos estavam em níveis mínimos há vários anos. Até mesmo as estatísticas das autoridades policiais americanas contradizem a narrativa da Casa Branca, mas o governo as descartou, apresentando a cidade como invadida por “multidões errantes”, “jovens selvagens” e “maníacos drogados”.

Washington D.C. é apenas um exemplo. A mesma lógica militarizada enviou milhares de soldados para a fronteira entre os Estados Unidos e o México, converteu bases militares em centros de detenção do Texas a Nova Jersey e alocou soldados dentro das instalações de detenção da Polícia de Imigração e Alfândega (ICE, na sigla em inglês) em mais de 20 estados. Em Los Angeles, unidades de Fuzileiros Navais e da Guarda Nacional patrulharam bairros de imigrantes em uma demonstração de força, uma mobilização que só foi repelida pela resistência em massa da comunidade e pela ameaça de ações trabalhistas.

Seja um muro no deserto ou barricadas em frente à Casa Branca, a mensagem é a mesma: ameaças percebidas, reais ou fabricadas, são enfrentadas com tropas, não com diálogos. A cartilha nunca muda: na Venezuela, a “ameaça” é apresentada como narcoterrorismo; nos EUA, é uma “onda migratória” ou uma emergência de segurança pública fabricada com base em representações racialmente codificadas das comunidades negras e não brancas. Em ambos os casos, a lógica é idêntica: tratar disputas políticas e crises sociais como emergências de segurança, marginalizar a diplomacia e as soluções comunitárias, usurpar maiores poderes executivos e tornar a força militar uma ferramenta rotineira de governança.

A ameaça real

A autorização de “narcoterror” de Trump usa a linguagem do combate às drogas e ao crime para mascarar um projeto mais profundo: expandir o papel dos militares na governança e normalizar seu uso como ferramenta de controle político tanto em casa quanto no exterior.

Na América Latina, isso significa mais intervenções contra governos que os EUA querem derrubar. No país, significa inserir os militares mais profundamente na vida civil, particularmente em bairros negros e não brancos.

As comunidades em Caracas e Los Angeles, nas planícies venezuelanas e na fronteira EUA-México podem parecer mundos à parte, mas estão enfrentando a mesma máquina de guerra. Até que rejeitemos a militarização em todas as suas formas, os alvos continuarão mudando, mas as pessoas sob a mira das armas terão a mesma aparência.

Leia mais

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