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A ressurreição de um tirano. Artigo de Marco Mondini

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21 Fevereiro 2025

"Graças à sua fama e à sua promessa de não fomentar mais desordens, Hitler obteve permissão das autoridades para reconstituir o Partido Nazista. Ele se tornou seu senhor absoluto e começou sua marcha rumo ao poder", escreve Marco Mondini, historiador italiano, em artigo publicado por La Repubblica, 19-02-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Levará tempo, mas mais cedo ou mais tarde teremos a maioria. E depois a Alemanha”. Kurt Lüdecke, um dos primeiros fanáticos nazistas, afirma em suas memórias que Adolf Hitler disse isso em um dia na primavera de 1924. Ele estava confinado em uma cela na prisão de Landsberg, mas não falava como um homem derrotado. No entanto, deveria. A desorganizada tentativa de golpe do ano anterior em Munique (o “golpe da cervejaria”) havia fracassado no ridículo. Alguns tiros de fuzil da polícia foram suficientes para dispersar sua variegada tropa de dois mil desordeiros e pôr fim à tentativa de derrubar a República de Weimar.

O Partido Nacional Socialista foi banido, os jornais radicais fechados, o próprio Hitler foi capturado e acabou sendo julgado por alta traição. Mas ali, na sala do tribunal onde deveria ter encontrado sua morte política, diante de uma multidão de jornalistas, o futuro Führer encenou a mais genial peça teatral de sua vida. Ele se apresentou com as medalhas de bravura no peito. Reivindicou seu gesto como um ato de amor pela verdadeira nação alemã, aquela dos veteranos das trincheiras. Insultou a democracia e seus governantes socialistas e católicos, traidores e mesquinhos, que haviam se rendido em 1918 e agora só pensavam em contas públicas e pensões. Negou ao tribunal o direito de julgá-lo (“porque a história me absolverá”). Ele invocou um Reich grande de novo, pelo qual valia a pena morrer. E seduziu a todos, tanto jornalistas quanto juízes. Como Brendan Simms escreveu em Hitler: Solo il
mondo era abbastanza (Hitler: Só o Mundo Era o Bastante), graças à sua atuação soberba ele transformou a derrota em um triunfo midiático.

Havia entrado na sala do tribunal como um réu relativamente desconhecido, um dos muitos desmoderados da extrema direita que estavam se manifestando na Europa naquela época. Ele saiu como um astro.

Condenado a cinco anos, foi posto em liberdade condicional depois de apenas alguns meses, reverenciado como patriota e mártir.

Não surpreende que, em 27 de fevereiro de 1925, quando ele entrou na Bürgerbräukeller, a mesma cervejaria de onde havia partido para tentar uma revolução armada, milhares de seguidores o aclamaram como o messias que voltou para liderá-los. Graças à sua fama e à sua promessa de não fomentar mais desordens, Hitler obteve permissão das autoridades para reconstituir o Partido Nazista. Ele se tornou seu senhor absoluto e começou sua marcha rumo ao poder. Naquela noite, muitos seguidores ficaram incrédulos quando seu líder hipnótico ordenou que eles (momentaneamente) depusessem as armas. Não com pistolas e granadas de mão conquistariam o país, mas legalmente, com os votos dos eleitores. Entrando no parlamento e esvaziando a democracia de dentro.

Nas eleições de 1930, após a Grande Depressão ter semeado raiva e desespero, mais de seis milhões de alemães lhe deram razão. Quatorze milhões o escolheram em 1932. “Alemanha, acorde!”, anunciavam os pôsteres de propaganda nazista. Hitler havia oferecido ao eleitorado um inimigo em quem jogar toda a culpar: a democracia liberal. Com seus debates lentos demais, seus governos fracos reféns dos partidos, seus poderes fortes em conluio com o capitalismo e o judaísmo internacionais para extinguir a chama do espírito germânico. E muitos que até então eram membros de partidos socialdemocratas ou do Centro Democrata Cristão se convenceram de que somente ele, o antigo rebelde, poderia tirá-los da pobreza e das humilhações.

Em janeiro de 1933, Adolf Hitler, líder da formação da maioria relativa, tornou-se chanceler. Foram necessários oito anos para que ele cumprisse sua profecia. Em compensação, bastaram apenas alguns meses para que ele desmantelasse a república, a golpes de leis votadas pelo parlamento e não com a violência de seus esquadrões.

A Europa entre as duas guerras mundiais era um mundo sombrio no qual a violência era o ingrediente natural da luta política, e qualquer analogia demasiado simplista com os dias de hoje seria enganosa. No entanto, a ressurreição de Hitler foi o resultado de uma combinação de fatores extremamente, e inquietantemente, atuais. O uso inescrupuloso da mídia de massa complacente para contaminar o debate público por meio da distorção sistemática da realidade. Um culto exasperado à personalidade orquestrado por meio de Mein Kampf, a autobiografia concebida na prisão (e em grande parte inventada) na qual Hitler surgia como herói predestinado a restaurar a grandeza e o orgulho dos alemães.

E as fraquezas da própria cúpula de Weimar, cuja liderança passou a acreditar que, depois do desastre de 1923, da prisão de seus partidários e do encarceramento, aquele estranho cabo austríaco não representasse mais uma ameaça crível. Ian Kershaw, seu principal biógrafo, escreveu que, se as portas das celas não tivessem sido abertas para ele tão rapidamente, a história de Hitler certamente teria tomado um rumo diferente. Talvez os líderes políticos e a magistratura em Munique e Berlim acreditassem que deixá-lo na prisão o transformaria em uma vítima e o tornaria ainda mais popular. Talvez eles pensassem sinceramente que o perigo havia passado e que a república estava tão sólida que não temia mais nenhum ataque. Seja qual for o motivo, o suicídio de Weimar foi uma boa demonstração do que acontece quando a democracia baixa a guarda e se sente a salvo de qualquer ameaça. Cem anos depois, esse é um aviso ainda válido.

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