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Francisco parece agir sobre a homofobia que impregna a Igreja: usa (e abusa?) da estratégia dos pequenos passos. Artigo de Josselin Tricou

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03 Janeiro 2024

"O Papa Francisco parece agir sobre a homofobia que impregna a Igreja, assim como age sobre o sexismo: usa (e abusa?) da estratégia dos pequenos passos, à custa de grandes desvios retóricos para justificá-los, com o objetivo de evitar tanto quanto possível qualquer processo de catolicidade e qualquer risco de cisma.", escreve Josselin Tricou, professor assistente de sociologia na Universidade de Lausanne (Suíça), em artigo publicado por Le Monde, 30-12-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

A autorização do Vaticano de bênçãos para casais homossexuais constitui certamente um “grande passo para a Igreja”, segundo o sociólogo Josselin Tricou, mas revela uma atitude difícil de manter a longo prazo.

Os casais gays ou lésbicas estão prestes a se tornar casais “irregulares” como os outros aos olhos do Vaticano? Poderíamos acreditar nisso lendo a declaração Fiducia supplicans publicada no dia 18 dezembro, do Dicastério para a Doutrina da Fé. De fato, se a declaração não extingue a condenação dos atos homossexuais presentes no catecismo oficial da Igreja Católica, afirma autorizar a bênção de casais do mesmo sexo sob certas condições. Como parece distante a época em que certos bispos “abençoavam” os cortejos da Manif pour tous.

Até hoje, um padre poderia eventualmente abençoar as pessoas. Nesse novo texto, é precisamente o casal que pode ser abençoado, segundo Roma. Tal mudança de visão sobre a conjugalidade LGBT sem dúvida já foi um pequeno passo para Francisco – que, lembremos, foi um virulento opositor do casamento entre pessoas do mesmo sexo quando era arcebispo de Buenos Aires, definindo a lei como um “projeto do demônio”.

Mas essa autorização é inegavelmente um pequeno passo, aliás, um salto para o desconhecido, para uma Igreja Católica que, sobre o tema, está em conflito com a modernidade ocidental. De fato, a Igreja Católica Romana está amplamente aprisionada pelo que chamo de “a barreira sacerdotal”.

Com isso quero dizer cinco elementos que a Igreja ligou de forma indefectível e que se tornaram a sua assinatura em matéria de gênero e sexualidade:

  • o presbitério entendido como uma sacralização do indivíduo masculino que o encarna (1),
  • tornado evidente pelo sacrifício de sua sexualidade (2),
  • estabelecendo “uma diferença essencial” entre ele e os leigos (3),
  • a exclusão das mulheres dessa posição de poder (4)
  • e um discurso que estabelece o casal heterossexual casado como única forma de acesso à sexualidade lícita para os leigos (5).

Essa barreira sacerdotal é hoje erguida por certos católicos como um totem de identidade. Pelo contrário, parece a outros como o elemento a ser reformado urgentemente, pois se revela “tóxico” tanto para os fiéis como para os próprios padres. Nesse contexto polarizado, o Papa Francisco parece realmente estar tentando desbloquear um pouco o dispositivo, sem perder nem uns nem os outros.

Principalmente desde que ele retomou nas mãos o dicastério para a doutrina da fé com a nomeação como chefe do cardeal argentino Fernández, essa vontade se desenrola numa velocidade inédita. Adota para questões sensíveis um caminho intermediário que tenta não abandonar nem a doutrina sobre a qual os conservadores aguardam para pegá-lo, nem mesmo uma pastoral de abertura praticada há tempo pelos progressistas (em voz baixa), mas agora reivindicada por inteiros episcopados (Alemanha, Flandres).

Em última análise, o Papa Francisco parece agir sobre a homofobia que impregna a Igreja, assim como age sobre o sexismo: usa (e abusa?) da estratégia dos pequenos passos, à custa de grandes desvios retóricos para justificá-los, com o objetivo de evitar tanto quanto possível qualquer processo de catolicidade e qualquer risco de cisma.

O recente texto normativo oferece um exemplo perfeito dessa estratégia. Abre a possibilidade de uma bênção “a casais em situação irregular e a casais do mesmo sexo”, mas “sem validar o seu status nem modificar em nada o ensinamento perene da Igreja sobre o casamento". Chega-se assim ao limite da distinção pastoral/doutrina. Para se justificar, o texto desenvolve toda uma teologia das bênçãos. Que não são apresentadas pelo lado dos sacramentos, como o matrimônio, mas pelo lado daquilo que a Igreja define como os "sacramentais", que são gestos que não necessitam verificar o pedigree das pessoas que os solicitam, como a consagração de medalhas ou a bênção dos peregrinos. Da mesma forma, o texto não fala em abençoar uma “união”, mas um “casal”, termo utilizado para definir qualquer agrupamento de fato entre duas pessoas do mesmo sexo. Uma situação posta no mesmo plano daquela dos casais heterossexuais em situação "irregular" de acordo com o direito da Igreja: concubinos ou divorciados-recasados.

As associações LGBT católicas celebram uma primeira vitória, sobretudo depois de terem ficado desiludidas com a fato de a questão não ter sido tratada no relatório de síntese da primeira sessão do Sínodo que foi realizada em Roma em outubro. No entanto, o ponto sensível é a ligação explícita dessas futuras bênçãos com a chamada piedade "popular".

A piedade popular remete, no imaginário europeu, a práticas pouco legítimas, ou mesmo a devoções impregnadas de superstição, em todo caso adequadas ao povo mais simples; embora não seja certo que o Papa sul-americano partilhe essa visão condescendente. Como escreveu recentemente um usuário da rede social X que se reivindicava “cathogary”: “Mais penso nisso e mais acho que o melhor versículo bíblico para resumir Fiducia suplicans é: ‘Os cachorrinhos comem as migalhas que caem da mesa dos seus senhores’". E um dos seus seguidores acrescenta: “Fazer com que seja abençoada a união com a pessoa que você ama exatamente no mesmo nível pelo qual em certas paróquias se faz abençoar o gato, a moto ou a mochila escolar. O gesto de abertura é louvável, resta ver como não o tornar contraproducente."

O risco, de fato, é que o duplo regime que essa declaração estabelece, distinguindo os fiéis conformes que teriam acesso ao verdadeiro sacramento e os outros a quem seria concedido um sacramental por preocupação pastoral, é repugnante para os poucos gays e lésbicas que ainda desejam um reconhecimento do seu casal pela Igreja. Se essa liberalidade do Vaticano não fosse acolhida pelas pessoas para quem foi concebida, a inutilidade constatada dessa meia-medida de alto risco seria certamente explorada pelos seus opositores, mas também pelos perplexos, para exigir a sua interrupção. Reduziria as possibilidades de uma evolução doutrinal básica, que em última análise não poderia ser contornada, dado que a obsessão-repulsa da instituição católica pela homossexualidade está no centro da sua atual proibição.

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