06 Novembro 2023
A informação é publicada por Religión Digital, 03-11-2023.
“Neste momento na Amazônia estamos passando por uma situação muito difícil, dramática. Não temos chuva. São quase seis meses sem chuva e isso significa que não há água nos rios. O que se deve acrescentar são “os incêndios contínuos”, indica o cardeal em entrevista à EFE Roma, onde participou no Sínodo.
Histórica sequía en Amazonía causa #apagones en Ecuador
— DW Español (@dw_espanol) October 28, 2023
Los cortes de electricidad generaron caos vial en las grandes ciudades de #Ecuador, además de un gran malestar entre los comerciantes y hasta podrían interrumpir la telefonía móvil. (jc)https://t.co/YaMQXVPwmj
O nível das águas diminuiu a ponto de deixar os barcos encalhados em uma área sempre abundante, graças à confluência próxima do Rio Negro e do Amazonas, como a cidade de Manaus, a mais populosa da Amazônia, com mais de 2 milhões de habitantes. de habitantes, e onde também se registaram nos últimos dias níveis de poluição atmosférica muito superiores ao habitual devido ao prolongado período de seca e às centenas de incêndios registados.
Steiner explica que esta situação se deve ao fenômeno “El Niño”, mas também “porque o governo local não planejou nada, nenhum projeto, sabendo que esta situação iria surgir”.
O cardeal Leonardo Steiner no Sínodo. (Foto: Luis Miguel Modino)
Dos 62 municípios do estado brasileiro do Amazonas, 42 estão em estado de emergência e 18 em estado de alerta. “As comunidades ribeirinhas não têm nada para comer neste momento, não podem pescar, não podem cultivar nada. As consequências deste momento vão demorar pelo menos 3 ou 4 anos a resolver. Vão passar muita fome ”, lamenta.
Além disso, ele destaca como o baixo nível dos rios também isolou muitas comunidades amazônicas e isolou povos indígenas: “Há lugares que só podem ser alcançados navegando pelos rios e as notícias que recebo dos bispos são de uma situação muito, muito difícil".
O Arcebispo de Manaus convoca a participar da campanha “SOS Amazônia”, lançada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), pela Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM-Brasil) e pela Caritas, para ajudar essas comunidades como já aconteceu durante a pandemia.
Histórica sequía en Amazonía causa #apagones en Ecuador
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Los cortes de electricidad generaron caos vial en las grandes ciudades de #Ecuador, además de un gran malestar entre los comerciantes y hasta podrían interrumpir la telefonía móvil. (jc)https://t.co/YaMQXVPwmj
O cardeal brasileiro comenta que o fenômeno “El Niño” não é novo, já se repete há muito tempo , mas “com esta intensidade é a primeira vez” e destaca que muito disso se deve ao fato de que uma parte do a floresta amazônica “não existe mais”, como antes”, como na região do Pará ou no entorno da cidade de Manaus, onde “permaneceu muito pouco”.
Influencia também o agravamento das alterações climáticas, que aquece cada vez mais as águas do Pacífico e provoca todos estes problemas meteorológicos, acrescenta.
Se esta seca continuar, os povos indígenas serão obrigados a se mudar para as grandes cidades, “algo que já está acontecendo porque vão em busca de educação e saúde”, mas alerta que “o que encontrarão será apenas pobreza”.
Ele garante que com o Governo de Luiz Inácio Lula da Silva as coisas mudaram, pois “há maior atenção” a essas comunidades e “há pelo menos o diálogo possível”, graças a iniciativas como a criação do Ministério dos Povos Indígenas.
Com o presidente Lula, “o Governo está mais próximo do povo”, destaca.
Ele também garante que o mundo tem uma dívida com as comunidades indígenas, que são as que cuidam da Criação, e “a Igreja também tem essa dívida com elas”, como sempre disse o Papa Francisco nas viagens em que encontrou estes comunidades nativas, como no Canadá.
Porque, garante, “a Igreja olha para o seu passado e não quer esconder nada. Se há necessidade de pedir perdão, está feito”.
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— Compás Informativo (@CompasInforma) October 28, 2023
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Cardeal Steiner: “A seca na Amazônia é dramática e sua população passará muita fome” - Instituto Humanitas Unisinos - IHU