Após o encontro com os jovens no Estádio dos Mártires de Kinshasa, o Papa Francisco falou na Nunciatura com 38 jovens das universidades católicas do país, que em novembro passado participaram de um webinar promovido em colaboração com a Pontifícia Comissão para a América Latina.

A reportagem é de Alessandro Carolis, publicada por Religión Digital, 03-02-2023.

Um encontro esperado, mas não menos emocionante para meninas e meninos que, na encruzilhada da existência em que se encontram, podem dizer a si mesmos: quero "arriscar minha vida pelo amor", porque "quando o amor está no centro, todas as decisões são frutíferas" . O Papa Francisco o expressou como um convite e um desafio para assumir os 38 estudantes das universidades católicas congolesas com quem passou na Nunciatura de Kinshasa, assim que voltou, por volta das 11 horas da manhã, do grande encontro com os jovens no Estádio dos Mártires.

Jovens construtores de pontes

Depois de falar com o primeiro-ministro da República Democrática do Congo, Jean-Michel Sama Lukonde, e com membros de sua família, o Papa - informou a Sala de Imprensa do Vaticano - deu as boas-vindas aos cerca de 40 universitários de várias partes do país, acompanhados pelo padre jesuíta Toussaint Kafarhire Murhula. Os jovens, recorda a nota vaticana, “eram uma representação daqueles que puderam conversar com o Papa no dia 1º de novembro”.e durante o encontro sinodal "Construindo pontes entre a África", realizado online e promovido em conjunto com a Pontifícia Comissão para a América Latina, com a contribuição, entre outros, do secretário da Comissão, o professor e teólogo argentino Emilce Cuda". para tornar mais intensa a troca, a canção interpretada pelos jovens, composta pelo provincial jesuíta, também presente no encontro, usando as palavras pronunciadas por Francisco em 23 de novembro de 2017 em San Pedro durante a oração pela paz na República Democrática do Congo e Sudão do Sul.

Para um futuro de amor

Além do convite a arriscar "a vida pelo amor", outro tema de conversa foi aquele que o Papa pôs na base das suas declarações nesta primeira etapa da viagem apostólica, em particular na tarde de ontem, nomeadamente a violência no leste de o país que ainda ontem, ainda na Nunciatura de Kinshasa, viu os sobreviventes partilharem com o Papa, numa narrativa terrível e comovente, horrores e brutalidades em série, juntamente com um desejo ardente de ver renascer a sua terra reconciliada.

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