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10 Março 2021

"O sucessor de Sistani terá que conquistar sua autoridade em um país como o Iraque, onde a Shi’a se dividiu em uma miríade de feudos armados e saqueadores que ainda hipocritamente baixam suas cabeças ao nome de Sistani, mas certamente não farão o mesmo depois dele. Assim, desaparecerá a última referência comum em um estado cada vez mais fictício, o idoso venerado pelos xiitas e também respeitado pelos sunitas e curdos", escreve Adriano Sofri, jornalista e escritor italiano, em artigo publicado por Il Foglio, 08-03-2021. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Eis o artigo.

 

O encontro em Najaf entre Francisco e al Sistani completa um programa pelo qual todas as guerras religiosas no islã e na cristandade, todas as motivações religiosas para o terror, são declaradas blasfêmias.

L'incontro tra #PapaFrancesco e l'ayatollah #AlSistani nella città santa di Najaf. Un incontro di valore enorme, e che costruisce un ponte forte con gli sciiti che si riconoscono nei valori che Al Sistani sostiene legati alla riconciliazione nazionale pic.twitter.com/4LleNmdww2

— Antonio Spadaro (@antoniospadaro) March 6, 2021

Estou muito frustrado por não ter participado da viagem do Papa Francisco, que quero voltar a falar do encontro "histórico" com o Grande Aiatolá al Sayyd Ali Husseini al Sistani, como se lá tivesse estado. Afinal, vocês sabem, não havia ninguém, nem repórteres, nem câmeras. Alguns prelados acompanhantes, por alguns minutos. O fotógrafo da ilustre Hawza, o seminário de Najaf, para a foto oficial a ser distribuída depois de ter recortado os prelados e o intérprete, de modo que só restassem os dois, o Papa e o Marja al Taqlid – o modelo dos fiéis.

Um todo de preto, o outro todo de branco, ninguém olha para a câmera, Sistani porque nunca se colocaria em pose, Francisco porque se adapta. Eles têm as mãos apoiadas nas coxas, na mesma atitude. São dois idosos, um tem 84 anos e chegou até ali mancando, o outro tem 91, está em sua própria casa, quase nunca sai. Ele vive numa modéstia extrema - o outro também, em sua Santa Marta, afinal - e quase escondido. Parte da veneração que o cerca se deve a esse distanciamento, à relutância em se mostrar, que se reporta ao décimo segundo imã desaparecido, oculto, Muhammad al Mahdī: aquele que os xiitas duodecimais esperam desde o ano 940, porque ele vai reaparecer. Eles estão lá, eles têm pouco a dizer. Os breves comunicados finais já estão prontos, é claro. Separados, nunca o zelo é em demasia. Eles não são o tipo de impulsos ou gestos improvisados - não Sistani, pelo menos. Ele dirá as coisas que importam, especialmente Sistani: que os cristãos no Iraque devem ser respeitados, como todos os outros. (Reserva uma menção especial aos "palestinos dos territórios ocupados").

De resto, o encontro já é histórico porque aconteceu, e basta escrever que algo aconteceu pela primeira vez - a primeira vez de um Papa em Najaf, com o Grande Aiatolá - para chamá-lo de histórico. A história é sinônimo de primeira vez. Eles sabem do que se trata. Se não tivesse acontecido hoje, esse encontro entre os representantes de duas grandes religiões nunca mais teria acontecido.

Sistani está muito velho e tem suas doenças. Em 2004 ele foi a Londres para tratar de seu coração, com a condição de que jornalistas, fotógrafos e acompanhantes não ficassem à sua volta, e ele voltou para Najaf justo a tempo de remover fisicamente do santuário de Ali, o primeiro imã xiita, o Exército do Mahdi de Moktada al Sadr, um momento antes que se consumasse a carnificina final entre os sadristas e os militares estadunidenses e iraquianos.

Al Sadr, o demagogo que na época e hoje é sua preocupação, o impostor que usurpa sua benevolência e ao mesmo tempo segura seu freio. Há apenas um ano, al Sistani, voltou a ser operado. Há anos questiona-se sobre sua sucessão. Ele não investiu em um sucessor, pelo menos não publicamente. Não foi assim para ele.

O Grande Aiatolá Abul-Qassem Khoi o apoiou e, após sua morte em 1992, a autoridade de Khoi e o prestígio pessoal que conquistou foram suficientes para que lhe fosse reconhecida a primazia no seminário de Najaf, que tem quase mil anos, e para os fiéis menos afeitos ao poder político é incomparável com qualquer outro, inclusive Qom, que completará um século apenas no ano que vem.

A autoridade religiosa xiita não responde a uma hierarquia formal, ela é conquistada no campo, por assim dizer, medida em primeiro lugar pelo número de seguidores (é quase cômico, na linguagem de hoje: é a popularidade que decide ...) o que implica a influência sobre outros religiosos, a quantia de dinheiro que vem dos fiéis e é redistribuída em salários para a multidão de clérigos e para a caridade.

Ninguém pode rivalizar com Sistani, muito menos aquele Ali Khamenei, que comanda o Irã há quarenta anos, mas como teólogo e jurista é um qualquer. Ele tem grande poder, é claro, ele e seus pasdaran e seu amado general Soleimani, enquanto estava vivo, de modo que aquele poder, todo político e financeiro, do dinheiro público muito mais do que as contribuições voluntárias dos fiéis, poderá facilmente ser repassado ao seu herdeiro. - e não falta muito tempo.

Pelo contrário, o sucessor de Sistani terá que conquistar sua autoridade em um país como o Iraque, onde a Shi’a se dividiu em uma miríade de feudos armados e saqueadores que ainda hipocritamente baixam suas cabeças ao nome de Sistani, mas certamente não farão o mesmo depois dele. Assim, desaparecerá a última referência comum em um estado cada vez mais fictício, o idoso venerado pelos xiitas e também respeitado pelos sunitas e curdos.

Foto: Vatican Media

Um folheto divertido que circulou na véspera da visita de Francisco a Sistani exibia fotos de políticos proeminentes sob os retratos dos dois, intitulado "Ali Baba e os Quarenta Ladrões": Ali é o nome de Sistani, Baba é o árabe para Papa, e os políticos de Bagdá são os outros quarenta.

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