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A execução de George Floyd e o silenciamento do negro

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17 Junho 2020

"Ser antirracista exige um deslocar-se desse lugar de privilégio, abrir e criar condição onde a negra e negro possa falar e ser escutado; envolve dar voz e visibilidade à pessoa negra. Esta é razão de nossa sociedade não estar disposta a enfrentar o problema racial, porque esse problema é da ordem da dominação e a sociedade branca não está disposta a dividir os espaços de fala e de poder com a pessoa negra", escreve Cleusa Caldeira, pós-doutoranda em teologia pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia- FAJE. 

Eis o artigo.

Todos nós sabemos que a execução de nosso irmão George Floyd não foi um caso isolado, já que ser negro é estar “condenado a viver uma vida infernal” (Fanon). Ser negro é nascer com uma condenação de morte sem cometer delito algum. O delito é ser negro. João Pedro, Miguel, Cláudia, Marielle são alguns exemplos de consumação deste destino do negro em nossas sociedades estruturalmente racistas.

Mas a execução de George é pedagógica, em dois sentidos. Primeiro ela desvela a “pedagogia da crueldade” (Nilma Gomes) que transmuta a vida humana fluida e imprevisível em coisa, isto é, a coisificação do outro. Essa objetivação do negro implica a sua descartabilidade como o excedente social, que ocorre em praça pública e em plena luz do dia de forma sempre sumária e violenta com o objetivo de colocar todos os demais negros no seu lugar, isto é, nessa condição de medo e invisibilidade. Por outro lado, essa execução sumária de forma tão brutal e simbólica com os joelhos do policial sobre seu pescoço até que o seu último suspiro fosse dado revela a nossa simultânea solidariedade no sofrimento negro. Uma solidariedade que faz com que cada negro e cada negra grite: “tire seus joelhos de meu pescoço”.

A nossa identificação com George Floyd é instantânea e natural, porque aquele corpo imobilizado torna-se um espelho da nossas experiências cotidianas, pois vivemos com “pouco ar”, já que o racismo é esse “joelho” que nos estrangula, nos silencia e quando tentamos pedir socorro, não há quem nos escute. E nestes dias de convulsão social, quando a ferida racial se inflama, os meios de comunicação, os espaços de poder e de formação, segue nos asfixiando. Todo mundo quer falar de racismo, mas quase ninguém quer devolver ao negro a sua fala, isto é, as pessoas até falam de racismo, mas não estão dispostas a tirar os seus “joelhos de nossos pescoços”.

É neste sentido que devemos compreender a afirmação “não basta não ser racista, é preciso ser antirracista”, da ativista Angela Davis. Ser antirracista requer abrir mão do privilégio branco. Ser antirracista implica em assumir que se desfruta de um lugar de privilégio que, por sua vez, perdura sob a subjugação e exploração de outros. Ser antirracista exige um deslocar-se desse lugar de privilégio, abrir e criar condição onde a negra e negro possa falar e ser escutado; envolve dar voz e visibilidade à pessoa negra. Esta é razão de nossa sociedade não estar disposta a enfrentar o problema racial, porque esse problema é da ordem da dominação e a sociedade branca não está disposta a dividir os espaços de fala e de poder com a pessoa negra.

O racismo é exatamente isso, uma construção teórica e histórica que considera o branco superior e o negro inferior, por isso é da ordem da dominação, que faz com que o branco olhe para a pessoa negra como se ela tivesse a obrigação de obedecê-lo como subalterna, como se a pessoa negra não pudesse ter vontade própria, não pudesse discordar do branco... Enfim, a autodeterminação negra é uma afronta direta ao ego branco, que aciona um dispositivo de seus ímpetos mais violentos. Assim a violência racial se projeta contra o corpo negro; quer seja o juiz com o porteiro negro, o policial com o morador da comunidade, o professor com a aluna negra, a patroa com a criança negra “insubmissa”, etc. Mas, a mesma violência racial acontece entre os que compartilham o mesmo status social, entre colegas com os mesmos títulos civis ou eclesiásticos. O racismo é a base antidemocrática da sociedade, que tenta escamoteá-lo sob o mito da “democracia racial”. Mas, a verdade é que essa estrutura racista não suporta a ideia de dividir espaço com a pessoa negra. Recordemos o caso da jovem Ndeye Fatou Ndiaye no Rio de Janeiro, que foi violentamente xingada e humilhada por ser negra, como se ser negra e estudar em uma escola particular de classe média fosse uma aberração. Este é um caso típico que desvela a mentalidade da elite que não está disposta abrir mão de privilégios, tampouco reconhecer a dignidade da pessoa negra criada a imagem e semelhança de Deus. Construir uma sociedade democrática é restaurar a nossa humanidade, de negros e brancos.

 

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