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01 Junho 2020

“Quando a epidemia acabar, nossos governos continuarão com sua dinâmica habitual: a de gerenciar o funcionamento da máquina-mundo capitalista e tentar mitigar diariamente seus danos colaterais. Para aqueles que não se resignam a esse curso das coisas, o momento seguinte corre o risco de apresentar o mesmo problema que os momentos anteriores: quais forças serão capazes de conjugar o combate contra as forças de exploração e dominação com a invenção de um futuro diferente. Não parece que o confinamento tenha nos permitido fazer muito nessa direção”, avalia Jacques Rancière, filósofo francês, em artigo publicado por El Salto, 26-05-2020. A tradução é do Cepat.

Eis o artigo.

É dito que o confinamento é uma oportunidade única para refletir sobre a sociedade em que vivemos, sobre o desastre a que nos conduz e sobre as mudanças radicais que devem ser realizadas para evitá-lo. Entretanto, não parece que o melhor momento para refletir sobre um fenômeno global seja aquele em que estamos isolados do mundo, sabendo praticamente nada do que acontece nos locais onde a doença é tratada e dos que tomam as decisões sobre a gestão da pandemia.

De fato, as análises que hoje vemos emergir já estavam completamente preparadas. É o caso das teorias de biopoder e da sociedade de vigilância. Não são novas, mas parecem encontrar a sua aplicação perfeita no momento em que o poder do Estado se propõe a tarefa de colocar em prática as recomendações da autoridade de saúde, e em que os aplicativos destinados a rastrear portadores de vírus renovam o grande temor ao Estado Big Brother, dotado agora de ferramentas digitais para vigiar nossos corpos.

No entanto, uma análise mais aprofundada revela que a gestão da crise por parte de nossos Estados não obedeceu exatamente ao paradigma do controle científico das populações. Para começar, poderíamos falar sobre os chefes de Estado que não acreditam na ciência, que trataram o coronavírus como uma gripe comum e pediram a seus cidadãos que retornassem rapidamente ao trabalho.

Mas mesmo onde o confinamento foi rigorosamente imposto e controlado pelo Estado, surgiu uma relação muito específica e limitada do poder do Estado com as vidas individuais. Ordenar que as pessoas para que fiquem em casa não é a melhor maneira de vigiá-las eficazmente. De certo modo, essa medida nada mais faz do que prolongar a prática habitual de nossos Estados cada vez mais autoritários, que consiste em ordenar que a polícia limpe as ruas, a partir do momento em que algo se move.

A gestão da pandemia foi realizada com essa lógica de segurança que abarca tanto os conflitos sociais, como os ataques terroristas e as catástrofes naturais. É possível que a autoridade da ciência médica tenha pesado muito nas decisões governamentais. Não com hipóteses eruditas sobre a circulação do vírus, mas com estimativas simples da capacidade dos hospitais em receber pacientes, capacidade que, com efeito, as políticas de corte no orçamento reduziram significativamente.

Dito de outra forma, a própria autoridade científica foi exercida dentro dessa lógica que entrelaça o avanço das políticas de segurança com o avanço das medidas “liberais” de destruição dos sistemas de proteção social. Tentei resumir essa lógica paradoxal em um artigo de 2003, publicado na Folha [de São Paulo], por ocasião de uma onda de calor letal na França: no momento em que o Estado fazia menos por nossa saúde, decidia fazer mais por nossa vida. Substituía os sistemas horizontais de solidariedade social por uma relação direta, mas também abstrata, entre cada um de nós com um poder estatal encarregado de nos proteger em bloco contra a insegurança.

Tornou-se perfeitamente claro que essa “proteção em bloco” pode ser acompanhada por uma total ausência de previsão em detalhes. Isso é exatamente o que foi comprovado na França em 2020: o governo não havia previsto nada contra a epidemia, não havia testes disponíveis e nem máscaras suficientes para todos os trabalhadores de saúde, o que explica a razão pela qual a autoridade científica teve que apoiar as mentiras do Estado, questionando a utilidade dessas máscaras de proteção.

Ao nos confinar, nosso governo não administrava tanto a “vida”, sobre a qual suas luzes são modestas, mas as consequências de sua própria falta de previsão. Mas essa falta de previsão não é acidental. Faz parte da própria lógica subjacente ao paradigma da segurança e assegura o poder de nossos Estados.

Seria útil, portanto, relativizar duas ideias que são muito difundidas neste período de confinamento. Não está realmente comprovado que este tempo tenha provocado o triunfo do biopoder e nos tenha feito ingressar na era da ditadura digital. Mas também não está claro que nossos Estados e o sistema econômico que administram saiam fragilizados pela demonstração de impotência que ofereceram. Seria também necessário relativizar os efeitos radicais que alguns esperam ao término da situação presente. Penso em todas as especulações que circulam hoje em relação ao “momento seguinte”, quando se volte a colocar em marcha a máquina econômica atualmente em repouso.

Esse momento seguinte se torna confortavelmente a nova grande esperança: a oportunidade sonhada em que, poderia ocorrer, em um único movimento e sem violência, uma inversão radical de coisas que em outros tempos eram esperadas das grandes jornadas revolucionárias. Será então, dizem, quando será necessário mudar tudo, colocar fim aos excessos de um capitalismo que sacrifica vidas por lucro econômico, mas também mudar o “paradigma civilizatório”, reformar completamente nossos modos de vida e repensar radicalmente nosso relacionamento com a natureza.

Infelizmente, esses grandes projetos deixam uma pergunta pendente: quem fará tudo o que “será necessário” para fazer, nesse momento, para mudar tudo? As comoções da ordem dominante não ocorrem porque esta ou aquela circunstância excepcional revelou seus preconceitos. Tampouco ocorrem quando aqueles pensadores que há muito meditam sobre a história do capitalismo ou do Antropoceno vêm para fornecer as receitas certas para “mudar tudo”. Um futuro só se constrói na dinâmica de um presente.

Quando a epidemia acabar, nossos governos continuarão com sua dinâmica habitual: a de gerenciar o funcionamento da máquina-mundo capitalista e tentar mitigar diariamente seus danos colaterais. Para aqueles que não se resignam a esse curso das coisas, o momento seguinte corre o risco de apresentar o mesmo problema que os momentos anteriores: quais forças serão capazes de conjugar o combate contra as forças de exploração e dominação com a invenção de um futuro diferente. Não parece que o confinamento tenha nos permitido fazer muito nessa direção.

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