ONU: mudança climática é de impacto sistêmico para a civilização

Foto: Piqsels

Mais Lidos

  • "A ideologia da vergonha e o clero do Brasil": uma conversa com William Castilho Pereira

    LER MAIS
  • O “non expedit” de Francisco: a prisão do “mito” e a vingança da história. Artigo de Thiago Gama

    LER MAIS
  • A luta por território, principal bandeira dos povos indígenas na COP30, é a estratégia mais eficaz para a mitigação da crise ambiental, afirma o entrevistado

    COP30. Dois projetos em disputa: o da floresta que sustenta ou do capital que devora. Entrevista especial com Milton Felipe Pinheiro

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

04 Março 2020

A crise climática é um “impacto sistêmico para a civilização”, mais do que um tema específico social, ambiental ou econômico, afirmou Sukhrob Khojimatov, representante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), na Turquia.

A reportagem é publicada por TRT, 29-02-2020. A tradução é do Cepat.

“É um grande desafio para o nosso planeta e seus residentes”, apontou Khojimatov, representante residente adjunto do PNUD na Turquia, em um evento na capital turca, Ancara.

Em um discurso durante a cerimônia de abertura do projeto intitulado Melhorando a Ação de Adaptação na Turquia, Khojimatov afirmou que, como o problema é sistêmico, também se espera que a solução seja sistemática, o que “deveria aumentar a resiliência dos sistemas naturais e humanos, ao mesmo tempo em que diminui a desigualdade em todas as dimensões”.

“A mudança climática teve um impacto significativo na Turquia na última década [...] os padrões de mudança climática e os desastres relacionados ao clima estão aumentando na Turquia”, manifestou o representante, citando números do departamento de meteorologia do país.

Também assinalou que houve um aumento de longo prazo no número de dias de verão e dias tropicais na Turquia, o que demonstra os efeitos da mudança climática sobre o país.

“Graças à frutífera sociedade, temos trabalhado na eficiência da energia, dos recursos, em energia renovável e uma redução integrada do risco de desastre do ecossistema”.

Khojimatov disse que o PUND na Turquia, juntamente com o Ministério do Meio Ambiente e Urbanização, contribuiu para o projeto da União Europeia, que busca construir sociedades resilientes contra a mudança climática.

“O propósito específico deste projeto é estabelecer um ambiente propício para a adaptação à mudança climática na Turquia, por meio do desenvolvimento de linhas de base políticas, técnicas e operacionais, que incluem melhores ferramentas de tomada de decisão para a mudança climática sobre as políticas de adaptação”.

A mudança climática não tem fronteiras

“A mudança climática claramente é um problema global, e temos que pensar em soluções globais, mas a primeira coisa é que precisamos agir em nível local”, sugeriu Angel Gutierrez Hidalgo, consultor sênior da delegação da União Europeia para a Turquia.

Argumentou que as soluções locais, como o projeto a ser implementado na Turquia, também fornecerão soluções específicas para lidar com a mudança climática.

“Está claro que qualquer ação implementada na Turquia, hoje, terá um impacto além de nossas fronteiras. E é por isso que também é importante para a União Europeia”, afirmou Hidalgo, enfatizando que a mudança climática não conhece fronteiras.

Os países da União Europeia são responsáveis por menos de 10% das emissões globais, lembrou o conselheiro, e instou todos os países a atuar juntos.

Durante o evento, Sebahattin Dokmeci, subdiretor geral de gestão ambiental do Ministério do Meio Ambiente da Turquia, disse que o aumento na quantidade e intensidade de desastres causados pela mudança climática representa uma grande ameaça para todos os seres vivos.

Ao mencionar que a Turquia está localizada no Mediterrâneo oriental, que é vista como uma das regiões mais vulneráveis aos efeitos da mudança climática, Dokmeci destacou que a frequência e a gravidade dos desastres no país relacionados à mudança climática aumentaram de forma significativa nos últimos anos.

“Especialmente desastres como inundações, deslizamentos de terra e ciclones no Mar Negro e nas regiões do Mediterrâneo geraram uma grande perda de vidas e propriedades”, apontou o subdiretor.

 

Leia mais