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A rebelião humana

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25 Outubro 2019

Da América Latina à Europa, dali saindo para a África, passando pelo Oriente Médio e Ásia, os poderes parecem convencidos de que o iletrado que inventou o slogan da campanha para a reeleição do presidente Maurício Macri tem razão: “Sí, se puede!”. Mas, não entendem, já não se pode. Nem aqui, nem outros continentes. O que estamos vendo com essas revoltas em defesa da base social, política ou ecológica é que o povo perdeu o medo.

O artigo é de Eduardo Febbro, publicado por Página/12, 25-10-2019. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.

A rebelião humana é como o amor: sempre cremos ser impossível, mas é inevitável. Argentina, França, Argélia, Hong Kong, Egito, Equador, Chile ou Líbano desmontaram de forma espetacular o espelho deformado cuja imagem reenviava o reflexo de uma humanidade resignada, submetida às novas tecnologias, que são na realidade novas cleptomanias, esvaziadas de consciência política ou social, entregues ao ritual do sacrifício liberal ou da ditadura eterna. América (Argentina, Chile, Equador), África com Argélia (o Magreb, que é a zona ocidental da África) e o Egito, Oriente Médio com o Líbano e Ásia com Hong Kong atravessam colapsos e revoltas desatadas por duas causas distintas: na América Latina e no Líbano surgem como repúdio ao aumento dos preços ou impostos pesados sobre os mais pobres: na Argélia, Egito e Hong Kong os povos se levantaram em defesa de sua liberdade ou contra autocracias que perduram estrangulando as liberdades e os direitos, e fizeram dos cárceres um depósito de opositores. A isso se soma um movimento mundial em defesa do meio-ambiente, o Extinction Rebellion.

O que estamos vendo é a convergência de povos muito distantes que recorrem para reativar a vigência da igualdade, da justiça social, da democracia ou da proteção do planeta. As insurreições em curso vão ao resgate da base social, da base democrática e a base ecológica. Falta uma mais, que não tardará em chegar enquanto os poderes políticos seguirem deslocando ao povo as medidas que deveriam ser pagas pelos ricos: a base fiscal. A evasão de impostos e as construções do sistema para evitar a obrigação impositiva aos grandes grupos e fortunas são um atentado a todas as formas de coexistência. Os delitos de colarinho branco não são vistos como o roubo nas ruas, porém causam mais estragos que um exército de motochorros (ladrões sobre motos).

A sequência rebelde se abriu na Argentina em 2017 quando o poder macrista reprimiu o protesto social contra a reforma das pensões. Seguiu na França, a partir de novembro de 2018, com o movimento dos coletes amarelos que se opôs ao aumento do diesel. Esse inédito episódio nasceu na França rural ou semi-rural para a qual o carro é um dos instrumentos de existência. O presidente Emmanuel Macron pretendia que esses setores que usavam majoritariamente diesel pagassem por esse combustível o mesmo preço que a gasolina comum, como uma forma de financiar a “transição ecológica”. Para além dos impostos e aumentos restavam as indústrias contaminantes.

Macron retrocedeu perante a persistência do movimento e os estragos provocados, pela primeira vez na história, nos bairros mais ricos de Paris. No meio, ficou o varal de uma repressão feroz: milhares e milhares de detidos e pessoas feridas ou mutiladas pelas balas da polícia. Da base social se passou a base política na Argélia. A juventude argelina se negou a aceitar o simulacro das eleições desenhada por uma casta cívico-militar que mais se parece a uma gerontocracia sangrenta que a um poder político. Desde o mês de fevereiro de 2019, a cada sexta-feira, centenas de milhares de jovens desarmaram na rua a fraude democrática que deveria concluir em 4 de junho com eleições de mentirinha.

No Egito, em setembro de 2019, a mesma juventude que havia ocupado a Praça Tharir em 2011 para derrotar o presidente ditador Hosni Mubarak tentou recuperar a Primavera Árabe que o general Sisi tornou em um largo e repressivo inverno depois de encabeçar a contrarrevolução conservadora que se roubou literalmente a democracia conquistada na praça. No entanto, o impensável já estava em marcha em Hong Kong desde o mês de junho. Começaram a levar a cabo concentrações de rua impressionantes contra um projeto de lei de extradição a China – Fugitive Offenders and Mutual Legal Assistance in Criminal Matters Legislation (Amendment) Bill – apresentado pelo governo de Carrie Lam. Para os hong-konguês, o projeto poderia por esse enclave autônomo sob o mesmo regime legal que impera na China, isso é, reprimir os opositores políticos tal e como se faz na China, que é a maior ditadura liberal do planeta.

A base social mudou de continente e voltou a surgir no Equador, entre 2 e 13 de outubro. O presidente Lenín Moreno leu o caderninho do FMI e o aplicou ao pé da letra: medidas econômicas asfixiantes, repressão e sangue. A morte social voltou a América Latina no Equador, nas mãos do liberalismo, sete mortes, e seguiu pelo Chile. Ao presidente Piñera ocorreu o mesmo que a Macron e a Lenín Moreno: que paguem os que trabalham de sol a sol.

Hoje, Chile, que era a democracia liberal da América Latina citada como exemplo universal de administração e obediência, está submetida em partes ao Estado de emergência. E como isso fosse pouco, com vinte mortos pela repressão, o presidente chileno se inspirou para dizer “estamos em guerra”. Em guerra contra quem se não há comunistas, nem revolucionários, nem islâmicos infiltrados? Para ele, os pobres são inimigos, por isso está em guerra contra seu próprio povo. E a Argentina, que antes se via como o celeiro do mundo, se encontra em emergência alimentar.

O Oriente Médio se reativou no Líbano com outro despropósito: o primeiro ministro Saad Hariri despertou iluminado e decidiu cobrar a chamada “taxa WhatsApp”. Se trata de um imposto de 5,4 euros mensais aplicados às chamadas de voz através do WhatsApp. Em um país carcomido pela corrupção e pela inoperância, a juventude libanesa não perdoou e saiu às ruas. A medida de Saad Hariri funciona aqui como revelador da desigualdade e a corrupção enquistadas no planeta: Facebook, proprietário de WhatsApp, ganha milhares e milhares de milhões roubando os dados das pessoas. Porém não paga impostos. Em troca, Hariri pretendeu que os pagasse o povo.

Da América Latina à Europa, dali saindo para a África, passando pelo Oriente Médio e Ásia, os poderes parecem convencidos de que o iletrado que inventou o slogan da campanha para a reeleição do presidente Maurício Macri tem razão: “Sí, se puede!”. Mas, não entendem, já não se pode. Nem aqui, nem outros continentes. O que estamos vendo com essas revoltas em defesa da base social, política ou ecológica é que o povo perdeu o medo. Estamos vendo “as veias abertas” do mundo. Estamos vendo o despontar de uma massa planetária feita de cansaço, fome, raiva, injustiça e solidão que depois de ter sacrificado tudo não tem absolutamente nada. Não são nem Che Guevaras, nem Gandhis, nem Hô Chi Mins. São pessoas comuns. Expõem sua liberdade e sua integridade física para salvar um mundo violado e destruído por uma casta de lobos mesquinhos e que não duvidam em matar a seus próprios filhos.

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