Gangues do tráfico de drogas investem na mineração de ouro

Foto: Ministério de Minas e Energia / Flickr CC

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04 Junho 2025

Estudos do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc), realizados ao longo dos 840 quilômetros Rio Tapajós, que atravessa territórios indígenas, parques nacionais e cidades ao longo da Amazônia brasileira, constatou que dois terços da produção de ouro em pequenos garimpos no estado do Pará são ilegais.

A informação é de Edelberto Behs, jornalista.

Grupos do crime organizado, como as facções que comandam o tráfico de drogas, se lançaram na mineração ilegal de ouro, aproveitando rotas e infraestrutura estabelecidas para o contrabando de entorpecentes, atraídos pelo aumento do valor do metal e a lucratividade do setor, informa o repórter Carlos Bandeira Jr., do portal ONU News.

O levantamento da Unodc ouviu mais de 800 garimpeiros no início de 2023 e constatou que 40% desse universo são potenciais vítimas do tráfico humano para trabalho forçado; 44% deles relataram recrutamento fraudulento, com média de 12,5 horas de trabalho por dia, 6,5 dias por semana; 71% sofrem de ansiedade e depressão, 44% sofreram acidentes graves; 61% manifestaram a necessidade de serviços de apoio para encontrar novos empregos. A maioria desconhece seus direitos trabalhistas.

A pesquisa foi realizada em parceria com instituições do Brasil e dos Estados Unidos. A mineração ilegal do ouro, facilitada por mecanismos de lavagem de dinheiro, realizada nessas condições leva à destruição socioambiental por meio do uso de produtos químicos, como o mercúrio, desmatamento e despejo impróprio de resíduos sólidos.

Na última década, houve um aumento de 625% de mineração ilegal em terras indígenas, levando em conta toda a região amazônica, incluindo Brasil, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia.

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