Primeira mensagem do Papa após deixar o hospital para vítimas de abuso: "Que a proteção se torne uma linguagem universal"

Foto: Divulgação

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27 Março 2025

  • "Nesses dez anos, vocês construíram uma rede de segurança na Igreja. Continuem! Continuem sendo sentinelas que vigiam enquanto o mundo dorme", disse Francisco.

  • O Papa retornou com uma mensagem à Assembleia Plenária da Pontifícia Comissão para a Tutela dos Menores, que celebra seu décimo aniversário e cujos participantes Bergoglio expressou sua gratidão pelo valioso serviço.

  • Seu trabalho não se limita a implementar protocolos, mas sim promover salvaguardas de proteção.

A reportagem é de Jesus Bastante, publicada por Religión Digital, 25-03-2025.

"Nesses dez anos, vocês construíram uma rede de segurança na Igreja. Continuem! Continuem sendo sentinelas que vigiam enquanto o mundo dorme. Que o Espírito Santo, mestre da memória viva, nos preserve da tentação de arquivar a dor em vez de curá-la". A primeira mensagem do Papa Francisco publicada após deixar Gemelli não poderia ter tido outro destinatário senão as vítimas de abuso sexual dentro da Igreja.

Especificamente, com uma mensagem (assinada em 20 de março) à Assembleia Plenária da Pontifícia Comissão para a Tutela dos Menores, que celebra seu décimo aniversário, e cujos participantes Bergoglio expressou sua gratidão pelo valioso serviço em favor de uma Igreja limpa de pedófilos e cúmplices.

“A prevenção dos abusos não é um manto estendido sobre emergências, mas sim um dos alicerces sobre os quais se constroem comunidades fiéis ao Evangelho”, enfatizou Francisco, acrescentando que “o vosso trabalho não se limita a implementar protocolos, mas promove salvaguardas protetoras: formação que educa, controlo que previne, escuta que restitui a dignidade”.

"Quando implementam práticas preventivas, mesmo nas comunidades mais remotas, vocês estão escrevendo uma promessa: que cada criança, cada pessoa vulnerável, encontrará um ambiente seguro dentro da comunidade eclesial. Esta é a força motriz por trás do que deveria ser uma conversão integral para nós", enfatizou o Papa, pedindo à comissão três compromissos.

Em primeiro lugar, “crescer no trabalho comum com os dicastérios da Cúria Romana” para melhorar a coordenação e a tomada de decisões; em segundo lugar, e talvez o mais importante, "oferecer às vítimas e sobreviventes hospitalidade e cuidar das feridas da alma, no estilo do Bom Samaritano". Isto é, “escutar com o ouvido do coração, para que cada testemunho não encontre registros para preencher, mas entranhas de misericórdia das quais renascer”. Por fim, “construir alianças com realidades não eclesiais — autoridades civis, especialistas, associações — para que a proteção se torne uma linguagem universal”.

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