Após um cessar-fogo meia boca, que durou menos de 60 dias, Trump e Musk não perderam tempo e lançaram seu projeto de transformar Gaza em uma “Riviera do Oriente Médio”. Esta semana, porém, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu - com o incentivo dos EUA e a condescendência de grande parte do mundo, inclusive da imprensa – retomou o genocídio dos palestinos.
Gritos e imagens de socorro de civis palestinos correram o mundo. “Mamãe, nós vamos morrer?”, “Gaza, vidas dizimadas no sangrento Ramadã: “Estávamos dormindo, então o inferno chegou””, “O genocídio impune contra os palestinos continua”. Esses são alguns títulos sobre o tema que publicamos no site.
Ao mesmo tempo, a guerra na Ucrânia ganha novos capítulos, claramente a favor da Rússia e dos EUA, enquanto há um divórcio EUA-Grã Bretanha e o desmonte da União Europeia. “Em possível virada histórica, balança o ‘bloco ocidental', que venceu o comunismo, associou-se à era neoliberal e exerceu hegemonia planetária por 200 anos”, observa José Luís Fiori.
Megaprisão de imigrantes em El Salvador, uma parceria Bukele-Trump. Países da Europa se armam para a guerra. Todos esses conflitos e agressividade - misturando armas, religião, nova tecnologia - nos levam a pensar em um paradigma do tecnomachista, uma política machista com um toque de “modernidade” da tecnologia.
Giuseppe Savagnone aponta isso como uma lógica do colonialismo e neocolonialismo sem nenhuma novidade. “É, no entanto, a proclamação oficial de um projeto baseado exclusivamente nos interesses do mais forte, em nome da sua própria superioridade militar e econômica. A força substitui a razão e a lei e não só não faz nada para escondê-la, mas a assume como critério".
No artigo “Defender o bem comum para sobreviver ao delírio tecnomachista”, Alejandra Mateo Fano segue nesta linha de reflexão. Em outras palavras, o avesso do mundo que busca a paz, a vida. E, o pior, diante desse sofrimento humano das guerras, a comunidade internacional parece sem força para reagir.
Contudo, mesmo hospitalizado, a liderança e voz do Papa Francisco não se calam, pelo contrário. Em carta, Franciso alerta: “Devemos desarmar as palavras, desarmar as mentes e desarmar a Terra. Há uma grande necessidade de reflexão, de calma, de uma sensação de complexidade”.
Além disso, o jornalista, mestre e doutor em Ciências da Comunicação, Moisés Sbardelotto, analisa as escolhas políticas de Frei Gilson. E ainda as reflexões dos colegas da equipe do IHU, Guilherme Tenher e Gabriel Vilardi.
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