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Blasfema é a política que “usa” a Bíblia, mas se esquece de que Deus é amor para todos. Artigo de Paolo Naso

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28 Fevereiro 2025

"A Bíblia não é e não pode ser reduzida a uma plataforma política ou a um código penal, não é um manual de liderança carismática nem o código de um juiz. Qualquer tentativa de transformar a Bíblia em um condensado moral, prescritivo de normas e leis universais é uma violência ao texto e à mensagem que, no Antigo Testamento como no Novo, é acima de tudo a história de uma vocação dirigida por Deus a homens e mulheres que são livres para aceitá-la e interpretá-la", escreve Paolo Naso, sociólogo italiano da Comissão de Estudos da Federação das Igrejas Evangélicas na Itália e professor da Universidade de Roma “La Sapienza”, em artigo publicado por Riforma, 27-02-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

Segundo o sociólogo, a Bíblia 'não dá respostas claras e definitivas, mas sim propõe perguntas. De modo geral, aqueles que fazem política não gostam de nada disso – dá para entender – e então, na falta de tempo e disponibilidade de ânimo, em vez de destruir a Bíblia, é melhor guardá-la em uma gaveta".

Eis o artigo.

Nos Estados Unidos, as Escrituras sempre foram uma fonte fértil de inspiração para a ação pública. No entanto, realiza-se uma violência contra seu texto e sua mensagem ao reduzi-las a plataforma política, a código penal ou a manual de liderança carismática. Há alguns meses, Donald Trump tornou-se o patrocinador de uma edição especial da Bíblia impressa com as palavras “Deus abençoe os EUA”. “Muitos de vocês nunca a leram”, declarou ele em apoio ao lançamento dessa edição, levantando, aliás, a pergunta legítima de saber se ele a havia lido. “A religião e o cristianismo são as coisas mais importantes que estão faltando neste país, e eu realmente acredito que temos que recuperá-las e temos que fazer isso rapidamente”.

Naqueles dias era uma estratégia defensiva e uma jogada eleitoral que visava conquistar o consenso de um eleitorado que ainda duvidava das virtudes cristãs do candidato. Hoje, apenas alguns dias após a criação na Casa Branca de um “Escritório da Fé” chefiado pela pregadora Paula White, a imagem de Trump com a Bíblia ou do presidente recolhido em oração enquanto é abençoado pelos pastores evangélicos do recém-criado “Escritório da Fé” se tornou o ícone de uma agenda que adota símbolos e linguagens políticos.

O uso político da Bíblia não é novidade, mesmo que, no caso de Trump, nos parece ter cruzado o limiar da instrumentalização para chegar a uma banalização do texto sagrado, que é usado para garantir uma aura religiosa à ação política: por exemplo, quando ele se definiu como “pacificador” por ter proposto um bizarro plano para a reconversão turística da Faixa de Gaza, ou quando declarou que Deus o poupou do atentado de 13 de julho para que ele pudesse cumprir sua missão de redentor de uma América secularizada e decadente. Assim, se Elon Musk representa a alma tecnocrática da nova administração instalada na Casa Branca, Paula White será seu contrapeso “espiritual”. E é totalmente normal que, em um país com sólidas tradições cristãs como os Estados Unidos, a Bíblia seja invocada como uma fonte capaz de gerar ideias e programas, inclusive de tipo político.

A Bíblia estava nas mãos dos Pais Peregrinos que, no século XVII, fugindo das perseguições religiosas que sofriam na Europa, deram vida a um “experimento sagrado” colonial; a Bíblia estava nas mãos de Roger Williams e William Penn que, em suas colônias, superando os rígidos preconceitos da época, acolheram refugiados de todas as religiões. Eram movidos pelas páginas da Bíblia sobre o amor universal de Cristo e o chamado à liberdade evangélica, os pastores e os leigos que arriscaram suas vidas para organizar a underground railroad, por meio da qual milhares de escravos conseguiram escapar das plantações do sul dos Estados Unidos e encontraram refúgio no Norte do país ou no Canadá.

Quanto aos líderes do movimento pelos direitos civis que sacudiu os Estados Unidos nas décadas de 1950 e 1960, diz-se que eles marchavam com a Constituição em uma mão e a Bíblia na outra. Anos atrás, declararam como “santuários” - de acordo com a tradição bíblica da inviolabilidade de determinados lugares sagrados - centenas de igrejas que abrigavam migrantes que fugiam das ditaduras da América Central.

E hoje, deram a si mesmos um nome bíblico - os Samaritanos - grupos de cristãos que atuam ao longo da fronteira entre os EUA e o México para ajudar os migrantes de passagem que chegam desidratados, esfarrapados e exaustos após horas de caminhada no deserto. A questão, portanto, não é se a Bíblia possa ter um impacto na construção de um projeto político, porque a resposta é evidentemente afirmativa. Mas, dito isso, é preciso estar ciente dos limites e dos riscos desse processo.

O primeiro: a Bíblia não é e não pode ser reduzida a uma plataforma política ou a um código penal, não é um manual de liderança carismática nem o código de um juiz. Qualquer tentativa de transformar a Bíblia em um condensado moral, prescritivo de normas e leis universais é uma violência ao texto e à mensagem que, no Antigo Testamento como no Novo, é acima de tudo a história de uma vocação dirigida por Deus a homens e mulheres que são livres para aceitá-la e interpretá-la.

O segundo é que a mensagem bíblica tem um tema central que não pode ser contornado, aquele do amor de Deus por seus filhos, suas filhas e a criação. Ao longo da história, a Bíblia tem sido usada de forma política e blasfema, justificando o “desenvolvimento separado”, o apartheid sul-africano ou o comércio de escravos. Os “teólogos da prosperidade” instalados na Casa Branca hoje pregam uma fé que se traduz em bênçãos e riquezas materiais, e um nacionalismo cristão que ignora o pluralismo que está na origem da sociedade estadunidense e invocam uma deportação de migrantes que nada tem a ver com a lógica da caridade. A Bíblia é um livro que deve ser tratado com cuidado, estudado e interpretado com rigor, pelo qual se deixar questionar e, em certo sentido, se deixar julgar e converter.

Muitas vezes, ela não dá respostas claras e definitivas, mas sim propõe perguntas. De modo geral, aqueles que fazem política não gostam de nada disso – dá para entender – e então, na falta de tempo e disponibilidade de ânimo, em vez de destruir a Bíblia, é melhor guardá-la em uma gaveta.

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