• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

LGBT+ contra a repressão: o arco-íris dos arquivos da ditadura

Mais Lidos

  • O suicídio dos padres e a volta para a Galileia. Artigo de Enio Marcos de Oliveira

    LER MAIS
  • Apartheid, ocupação militar e limpeza étnica estão por trás da realidade na Palestina. Ao extermínio conduzido pelas FDI, palestinos resistem com seu sumud, força e perseverança inabaláveis, em árabe, que os mantém vivos mesmo sob constante ataque

    Contra o genocídio palestino, o sumud como força inabalável de resistência. Entrevista especial com Ashjan Sadique Adi

    LER MAIS
  • Israel planeja trancar 600 mil palestinos em um campo nas ruínas de Rafah, no sul de Gaza

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    14º Domingo do Tempo Comum – Ano C – Venha teu Reino, Senhor, trazendo a paz e a alegria!

close

FECHAR

Revista ihu on-line

A extrema-direita e os novos autoritarismos: ameaças à democracia liberal

Edição: 554

Leia mais

Arte. A urgente tarefa de pensar o mundo com as mãos

Edição: 553

Leia mais

Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

Edição: 552

Leia mais
Image

COMPARTILHAR

  • X

  • IMPRIMIR PDF

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

03 Abril 2024

Iniciativas buscam romper com o silenciamento histórico sobre a atuação da comunidade LGBTQIA+ contra o regime militar.

A reportagem é de Marcelo Hailer, publicada por Brasil de Fato, 01-04-2024.

Nas últimas décadas, uma série de campos de pesquisa e estudo das humanidades têm se dedicado a construir uma nova arqueologia de narrativas históricas já contadas. Não se trata de revisionismo, mas sim de refazer o percurso da história oficial e jogar luz em momentos históricos que sucumbiram à sombra da voz normativa, masculina e heterossexual.

As diferenças ideológicas levaram o pioneiro grupo Somos a se dividir entre aqueles que queriam se juntar ao novo movimento sindical e ao Partido dos Trabalhadores e aqueles que queriam manter independência dos grupos de esquerda - Comissão da Verdade SP

Com a emergência dos estudos feministas na segunda metade do século XX e, a partir dos anos 1980, com a ascensão dos estudos anticoloniais, gays & lésbicos e queer, ativistas e pesquisadores dos respectivos grupos se encontraram em uma série de frentes para descolonizar a história das histórias. Mas de que maneira isso sucedeu? Por exemplo: qual foi o papel das mulheres na construção do Estado moderno e da República? Por que as revoluções africanas são pouco ou quase nada faladas? Qual foi o papel do incipiente movimento LGBT+ – à época gay e lésbico – na luta contra a ditadura no Brasil?

Essas perguntas podem, nos dias de hoje, parecer um tanto obsoletas, mas uma série de personagens – seja na construção da história brasileira ou de outras nações – foram e ainda são silenciados. Isso acarreta que a memória construída privilegia o prisma masculino e heterossexual e desaparece com os outros olhares.

Não é à toa que ainda hoje os materiais disponíveis sobre os levantes feministas, as revoluções africanas e o papel das LGBT+ na luta contra a ditadura brasileira ainda sejam escassos quando comparados – e sobre os mesmos períodos históricos – com aqueles disponíveis e narrados a partir da perspectiva masculina e heterossexual. A impressão – propositalmente construída – é que a história é realizada por homens (no sentido generificado deste termo).

O papel da imprensa bixa e sapatão contra a ditadura

Com o objetivo de romper com a história silenciada sobre o papel das LGBT+ na luta contra a ditadura, no começo dos anos 2000 duas obras importantes – e hoje consideradas leituras indispensáveis sobre o assunto – chegaram às livrarias e iniciam, digamos assim, a abertura dos trabalhos arqueológicos sobre o papel das lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais na luta contra o regime militar. São eles: Além do Carnaval - A homossexualidade masculina no Brasil do século XX (2001), do historiador James N. Green, e Devassos no Paraíso - A homossexualidade no Brasil: da colônia à atualidade (2018), do militante e escritor João Silvério Trevisan.

Na obra Além do Carnaval, o historiador James N. Green faz um longo relato da atuação do movimento LGBT em torno do grupo Somos, coletivo fundado em 1978 e que reunia militantes comunistas e anarquistas que buscavam a liberação sexual. No entanto, serão as diferenças ideológicas que levarão o grupo a se dividir entre aqueles que queriam se juntar ao novo movimento sindical e ao Partido dos Trabalhadores, que já estava em vias de ser fundado, e aqueles que queriam manter independência dos grupos de esquerda, ainda profundamente homofóbicos.

Conforme relata Green em sua obra, o ápice da cisão do Somos foi quando a greve geral do ABC de 1980 foi deflagrada e o grupo se dividiu entre participar ou não. Para o historiador, tal momento marca o nascimento do movimento LGBT que, com faixas e cartazes, participou da histórica paralisação dos trabalhadores. Era o primeiro passo para quebrar o apagamento das LGBTs no contexto da ditadura militar.

Se o contexto da obra de James Green foca na atuação e fundação do movimento LGBT+ no período da ditadura militar, o clássico de João Silvério Trevisan, que foi o fundador do grupo Somos, traz um longo relato sobre o papel do jornal O Lampião da Esquina, voltado para as questões queers e que circulou entre 1978 e 1981.

O Lampião da Esquina, que figurou nas bancas de jornais em plena ditadura, é considerado o primeiro jornal de circulação nacional produzido por e para homossexuais. A redação do Lampião era composta por Aguinaldo Silva, João Silvério Trevisan, Darcy Penteado, Peter Fry, Jean-Claude Bernardet e outras figuras de enorme importância da comunicação e das artes do Brasil.

Ousado, O Lampião da Esquina deu início a uma revolução ao usar termos como "bicha", "travesti", "sapatão" e realizar entrevistas históricas com Lula, Fernando Gabeira e Leci Brandão. No entanto, assim que caiu nas mãos dos censores da ditadura, a publicação foi sufocada, proibida de ser vendida em bancas e acabou encerrando suas atividades de maneira precoce.

O arco-íris dos arquivos da ditadura

Em novembro de 2011, a então presidente da República, Dilma Rousseff (PT), promulgou a Lei 12.528, que instituiu a Comissão Nacional da Verdade (CNV). De caráter não punitivo, o trabalho da CNV consistiu em levantar e tornar pública as violações de direitos humanos praticadas durante os 21 anos de repressão militar no Brasil.

No âmbito do trabalho investigativo da CNV, o historiador James Green e o advogado Renan Quinalha organizaram um relatório sobre as violações contra as LGBT+ durante a ditadura militar, trabalho até então inédito na historiografia do Brasil.

A empreitada de Renan Quinalha e James Green resultou no livro Ditadura e Homossexualidades: repressão, resistência e a busca da verdade (2021), que busca mostrar como a repressão militar perseguiu e dificultou a vida das pessoas LGBT. Além disso, o levantamento dos pesquisadores, para além da perseguição e censura, também mapeou as várias ações de resistência protagonizadas por lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais.

Outro material que compõe o levantamento do arco-íris dos arquivos da ditadura – e que também foi organizado pelo historiador James Green – é a biografia de Daniel Herbert, intitulada Revolucionário e Gay: A extraordinária vida de Herbert Daniel - Pioneiro na luta pela democracia, diversidade e inclusão (2018).

Recentemente, a figura de Daniel Herbert ganhou destaque na série Betinho - No fio da navalha (Globoplay), pois ambos foram amigos ao longo da vida e parceiros na luta por tratamento digno aos portadores de HIV/Aids. Porém, antes do período histórico retratado na série, Herbert integrou os grupos políticos Polop, Colina, Var-Palmares e VPR, onde foi um dos líderes e atuou ao lado do comandante Carlos Lamarca.

Claudia Wonder contra a repressão

Além da atuação de gays e lésbicas na luta contra a repressão militar, travestis e transexuais também tiveram papel importante no enfrentamento à ditadura militar, que buscava higienizar os espaços públicos e, além de perseguir os militantes da esquerda, também caçava as travestis e transexuais. Uma das personagens mais emblemáticas dessa luta contra a higienização do espaço público levado a cabo pelos militares foi a multiartista Claudia Wonder (1955-2010).

Uma das atuações mais marcantes de Claudia Wonder no âmbito político se deu no enfrentamento às perseguições contra as prostitutas e travestis que frequentavam o centro de São Paulo na primeira metade da década de 1980. Tais ações eram comandadas pelo delegado José Wilson Richetti. Esse momento histórico é narrado pela própria artista no documentário Meu Amigo Cláudia (2009), que você pode conferir neste link.

Como se vê, a narrativa anti-LGBT no Brasil não foi criada pela ditadura militar, vem desde a Era Vargas (1930-45), que instituiu a chamada "homofobia estatal", com base nas teses de eugenia, que serviram de fundamento para a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 1977, incluir a homossexualidade no Catálogo Internacional de Doenças (CID). Apenas em 1990 é que as relações homossexuais deixaram de ser consideradas uma doença e foram retiradas do CID.

No entanto, o fim da ditadura militar no Brasil e o tempo histórico subsequente não significaram a "entrada no paraíso" para as LGBT+, antes o contrário. Até hoje, o Congresso Nacional nunca sequer votou qualquer tipo de legislação pró-LGBT e atua para evitar qualquer tipo de avanço. Os parcos direitos existentes são normas jurídicas que podem ser revistas e derrubadas a qualquer momento.

Leia mais

  • A cada 32 horas, uma pessoa LGBT é morta no Brasil. Organizações protestam contra a LGBTfobia
  • De onde vem? Livro investiga raízes da LGBTQIA+fobia em lares cristãos do Brasil
  • Uganda. O presidente Museveni promulgou a lei “anti-homossexualidade”
  • Duramente criticada no exterior, lei anti-gay de Uganda agrada a Igreja Anglicana local
  • Uganda.Tudo o que se ouve é “eles devem ser mortos ou presos para sempre”: a nova lei anti-gay causa terror
  • 30 países na África contra os gays, a última lei draconiana é em Uganda onde se corre o risco de 10 anos de prisão
  • Ultradireita expande sua influência na Alemanha
  • “A ultradireita soube usar as novas tecnologias antes e melhor”. Entrevista com Steven Forti
  • Itália: por que a ultradireita venceu
  • População LGBT cresce nos Estados Unidos
  • Irmã Jeannine Gramick: O ensino da Igreja sobre questões LGBTQ+ irá “mudar inevitavelmente”
  • Papa Francisco: “Quem odeia e exclui a comunidade LGBT? Infiltrados que se aproveitam da Igreja”
  • Os jovens católicos LGBT precisam saber que pertencem à Igreja. Estou criando um currículo para dizer isso a eles. Artigo de Eve Tushnet
  • Reformadores da Igreja esperançosos com a menção do documento do sínodo à ordenação de mulheres e inclusão LGBTQ
  • Defensores LGBTQ+ e reformadores da Igreja reagem positivamente ao último documento do Sínodo
  • O papel das mulheres, LGBTQI+, padres casados e abusos: o Sínodo dos Bispos reflete sobre o futuro da Igreja
  • Por que o Brasil não puniu os crimes da ditadura
  • 60 anos do Golpe de 1964: Memória, verdade mas também justiça. Razões para o nunca mais. Artigo de José Geraldo de Sousa Junior
  • O crime contra Marielle Franco desenreda o longo fio que liga o Golpe de 1964 ao crime organizado no Brasil. Entrevista especial com José Cláudio Souza Alves
  • O Golpe de 64 e a negação do direito à memória: por que temes, presidente Lula? Artigo de Gabriel Vilardi
  • O populismo de Jânio Quadros. Artigo de Marcelo Zanotti
  • 60 anos do Golpe de 1964: “A possibilidade de rupturas institucionais ainda paira sobre nós”. Entrevista especial com Adriano de Freixo
  • No comício da Central do Brasil, Jango desceu do muro em favor dos mais pobres e libertou o fantasma golpista de 1964. Entrevista especial com Juremir Machado da Silva
  • Povo brasileiro não pode apagar da memória o golpe militar-civil e empresarial de 31 de março 1964. Artigo de Jaci Vieira
  • 60 anos do golpe militar: estudo aponta 1.654 camponeses mortos e desaparecidos na ditadura
  • ‘Lula é incoerente com a questão da ditadura’, diz historiador César Novelli às vésperas dos 60 anos do golpe militar
  • Movimentos sociais descomemoram os 60 anos do golpe de 1964
  • O ato que marcou o apoio popular ao golpe de 1964
  • Golpe de 1964 completa 60 anos insepulto. Entrevista com Dênis de Moraes
  • O Golpe Civil-Militar. Compromisso de não apagar a História
  • Comício da Central do Brasil: a proposta era modificar as estruturas sociais e econômicas do país. Entrevista especial com João Vicente Goulart
  • A esquerda e o golpe de 1964
  • 60 anos do golpe militar. Artigo de Frei Betto
  • Há 50 anos, Jango defendia reformas em comício na Central do Brasil
  • João Goulart e um projeto de nação interrompido. Entrevista especial com Oswaldo Munteal
  • Golpe de 1964 e o jornalismo golpista
  • “Quando você não acerta suas contas com a história, a história te assombra”. Entrevista com Vladimir Safatle
  • A democracia em suspenso, 50 anos do AI-5
  • 1964: Uma história que não dá para esquecer
  • “Legalidade atrasou o golpe de 1964 em três anos”, diz Carlos Bastos
  • 1º de abril de 1964: golpe de Estado é golpe, ditadura é ditadura
  • 1964: Golpe Militar a serviço do Golpe de Classe
  • História: assim caiu João Goulart
  • Partidos políticos brasileiros: entendendo o passado para compreender o presente. Entrevista especial com Rodrigo Patto Sá Motta
  • 50 anos do golpe. Uma ferida que sangra sempre
  • Memórias de abril, por Mauro Santayana

Notícias relacionadas

  • Campanha da Legalidade. O depoimento de um jornalista. Entrevista especial com Flávio Tavares

    LER MAIS
  • Campanha da legalidade e o processo de democracia. Entrevista especial com João Trajano Sento-Sé

    LER MAIS
  • Discurso do Papa Francisco sobre gênero nas escolas é considerado ambíguo, desatualizado

    O discurso do Papa Francisco de que as escolas estão ensinando as crianças que elas podem escolher o seu sexo – o que seria um[...]

    LER MAIS
  • Vice-presidente Joe Biden, católico, oficializa casamento homoafetivo

    O vice-presidente Joe Biden, católico, oficializou o casamento homoafetivo esta semana, no mesmo momento em que os debates na pol[...]

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados