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17 Outubro 2023

"No último sábado [07-10-2023], entre o tranquilizador e o aterrorizante havia apenas um passo. Enquanto o DJ operava seu equipamento e aumentava o volume, a uma curta distância da cerca, havia outros jovens que controlavam as armas, inseriam os carregadores curvos com 30 tiros nos Kalashnikovs, procuravam seus lugares nas pick-ups, enrolavam as cabeças nos keffiyehs, acariciaram as granadas de mão", escreve Domenico Quirico, jornalista italiano, em artigo publicado por La Stampa, 12-10-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo. 

A barricada, a fronteira de ferro e concreto, a barreira tecnológica robusta e sofisticada, em suma, moderna, no sábado passado estava ali a uma curta distância, um quilômetro. Era tranquilizadora, no fatalismo oriental desta guerra que já dura 70 anos, tão cruel a ponto de consistir, ao contrário das outras, não numa série de batalhas, mas em uma série de tragédias. Era, não importa como se olhasse, seja de lado como do outro, o fim de um mundo, do mundo. Israel e Gaza, deste lado Israel, daquele lado Gaza. É difícil, eu sei, escapar desse feitiço, que uma muralha se carregue de um efeito mágico, olhando-a dos dois lados, e seja uma garantia inabalável ou uma barreira intransponível. É muito fácil considerá-la eterna. Acredita-se nessa eternidade como os indígenas das florestas acreditavam na força do feiticeiro.

Agora temos que reconstruir as duas cenas, juntando os fragmentos: como os pedaços de uma carta rasgada, pacientemente. Pelo lado israelense não é difícil: as cenas, os barulhos da festa musical que acontecia a poucos passos da fronteira mais cheia de raiva do mundo, mais impregnada de ódio, são tão fortes e vivos que a gente tem a impressão, dolorosa, de senti-los fisicamente. Porque você sabe o que acontecerá logo em seguida, o massacre, os sequestros, a guerra. É do outro lado que a carta foi tão bem escondida que se pode começar, para montá-la de novo, somente do momento em que a barreira foi derrubada, perfurada, traspassada e sobrevoada por milicianos do Hamas.

O que nos interessa não é saber como esse organismo altamente desenvolvido tenha sido transformado numa água-viva amorfa, seus ossos de ferro e concreto tenham se tornado moles e os seus tendões, seus nervos tão sensíveis tenham se decomposto em poucos instantes. Estamos interessados em fixar os dois mundos separados, ainda por pouco, pelo muro.

Resumindo. De um lado, tem uma massa de jovens que vive. Ou seja, busca ser com a música, a dança, o amor, a festa, se possível, feliz ou menos infeliz por algumas horas. Tudo estava acontecendo ao ar livre.

Isso ajuda. Não existem monumentos, sinalização rodoviária ou arquitetura típica; apenas árvores e areia.

Se desfocarem a paisagem da Palestina e deixarem em primeiro plano apenas os protagonistas do festival de música, poderiam mover essa cena para qualquer lugar da ilha Ocidente, América do Norte, Europa, Austrália, Japão. Há música, tão anônima, banalmente universal que poderia sair de qualquer rádio de carro ocidental. Não importa o tipo de festa, “rave”, álcool, baseados, modestas transgressões. Desvia do objetivo. É um instantâneo da vida da juventude do nosso mundo.

Israel é um planeta muito complexo e dramático, em termos de história, cultura, teologia, política, ali convivem nos últimos tempos, com atritos e rejeições, diferentes comunidades. Mas para aqueles que estão além do muro Israel, desde 1948, é um fragmento do Ocidente rico, poderoso e prepotente que plantou o muro com a força sobre as suas divisões e fraquezas. E não pensam assim apenas os extremistas e os fanáticos religiosos. Somos nós que estamos deste lado do muro, a nossa forma de viver para o bem ou para o mal, a nossa ideia de mundo que é também o direito à felicidade.

Não havia nenhum traço de alarme de medo entre aqueles jovens, nem o medo que surge pelo que poderia acontecer, mas nem mesmo pelo que já aconteceu. No entanto, no Ocidente o medo existe, medo da pobreza, da doença, de ficar pobre. Sim, o medo é um luxo que nós podemos nos permitir.

Cinquenta anos atrás estariam nos kibutzim, vestindo o uniforme também numa festa, o Uzi, a metralhadora, sempre por perto, prontos para repelir o ataque que poderia vir de todos os lados como uma névoa que nunca desvanece. Eram os filhos e os netos de pioneiros, haviam nascido e crescido na guerra, na ameaça. Eles sentem aquele tempo como passado: com a certeza do poder superior, com paz alcançada com os estados vizinhos, seus líderes e presidentes, talvez como estava sendo anunciado até com emires e monarcas wahabitas. Sim, havia os palestinos, tão intransponíveis quanto um pedregulho, com eles tudo ficava eternamente suspenso num vazio de pactos e recusas. Mas, em última análise, os herdeiros da OLP de Arafat são um bando de politiqueiros domesticados pela predileção pelo poder e pela corrupção.

Inofensivos

Agora vamos passar para o outro lado. Porque realmente, no último sábado [07-10-2023], entre o tranquilizador e o aterrorizante havia apenas um passo. Enquanto o DJ operava seu equipamento e aumentava o volume, a uma curta distância da cerca, havia outros jovens que controlavam as armas, inseriam os carregadores curvos com 30 tiros nos Kalashnikovs, procuravam seus lugares nas pick-ups, enrolavam as cabeças nos keffiyehs, acariciaram as granadas de mão.

Vamos imaginar isto: a música altíssima que vem do outro lado, as risadas, envolvem e afligem esses jovens com toda a sua agudeza dilacerante, destrutiva. Mas eles se defendem sibilando orações em que um deus lhes promete vingança, recapitulam as fases da operação onde terão que golpear sem pena, sem fazer distinções, pensam nos seus mortos. Seus mortos são os únicos que contam, não aquelas da outra margem. Um abismo que infelizmente vem se enchendo metro após metro desde meados do século passado.

Atenção: não são os velhos guerrilheiros palestinos com o seu estoque de crenças disponíveis e de sobressaltos identitários, nacionalismo, comunismo. São os funcionários da jihad, procuram no massacre um salvo-conduto para o céu, bombas e metralhadoras são um kit para a ressurreição, uma vez realizado o crime.

Acredito que nunca a separação entre o Ocidente da (falsa e estreita) globalização da felicidade e o outro mundo, o da exclusão e do Kalashnikov, foi tão exemplarmente evidente. Porque aqui os dois extremos se encontram em espaços reduzidíssimos. Naquele outro mundo não existe apenas o Hamas, porque está inchado a ponto de explodir: a questão palestina, o fanatismo religioso, a segregação urbana, o fascínio midiático, a miséria econômica, a degradação, a humilhação do excluído e até mesmo a fome. A levar embora os reféns não foram apenas os homens do Hamas, havia pessoas comuns em busca do seu troféu de um dia memorável, de um inimigo a humilhar ao vivo do celular. A música e o Kalashnikov: simplificação que os extremistas impuseram e que nós não soubemos contrastar por preguiça, hipocrisia e covardia. Não digam que não conhecemos aquele mundo, nos sitia um pouco como Israel envolve Gaza. Só que nos separam distâncias tranquilizadoras e narcóticas, são imagens e palavras. Então, num sábado de outubro, alguns milicianos em uniformes pretos derrubam um muro...

Os doutos Setenta que em Alexandria, no Egito, traduziram a palavra hebraica Éden com o termo grego, inspirado no iraniano, "paradeisa", ou seja, jardim fechado, ficariam maravilhados pela modernidade daquela escolha linguística.

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