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04 Outubro 2022

 

"A primeira coisa seria abolir o passado e o salto alto nos discursos. Chega de 'No meu governo o povo tinha isso e mais aquilo'. O que passou, passou e agora é hora de dizer claramente o que será feito", escreve Gilberto Maringoni, professor de Relações Internacionais da UFABC, em artigo publicado por OutrasPalavras, 05-09-2022.

 

Eis o artigo.

 

A campanha de Lula bem poderia mudar de tom. A primeira coisa é abolir culto ao passado e salto alto. É hora de dizer claramente o que será feito – com a comida, o salário, as dívidas, o SUS. E de passar dos comícios-shows à mobilização real.

 

1. O resultado das eleições deste 2 de outubro é impactante em vários aspectos. O primeiro e mais evidente é o da falha gritante das pesquisas: elas não captaram a força do bolsonarismo e de seus agregados na sociedade brasileira.

 

2. O Brasil é muito mais conservador do que supunha nossa vã filosofia. Para qualquer um, que se paute por um pensamento democrático e progressista, é chocante ver gente como Hamilton Mourão, Sérgio Moro, Deltan Dallagnol, Ricardo Salles, Mario Frias, Damares Alves, Magno Malta e semelhantes serem consagrados pelo voto popular.

 

Temos aqui o enraizamento social da extrema-direita após os quase 700 mil mortos da pandemia, os 33 milhões com fome, a apologia das armas e de tudo o mais. O fascismo não nos é mais um corpo estranho; foi naturalizado. Ao mesmo tempo, esse é o país que gera o fenômeno Boulos, que trafega em sentido contrário, com um milhão de votos.

 

3. Entender como e porque isso acontece é tarefa dura e longa. Interessa saber como essa brutalização da vida social se torna atraente para milhões de pessoas.

 

4. Somos um país tremendamente desigual, com a maioria dos trabalhadores fora do mercado formal, sem direitos trabalhistas (ou de cidadania), mal formados (pela exclusão educacional proporcionada pela precariedade da escola pública), mal informados (por redes sociais e por uma mídia que não está aí para isso), sem tempo para o lazer, brutalizada pela dura batalha do dia a dia e sem perspectiva de futuro. Somos, além disso, uma coletividade fragmentada, marcada por um individualismo atroz, na qual há raros incentivos para que se estabeleçam laços de solidariedade.

 

5. Somos, enfim, uma sociedade em que o lumpesinato tem enorme peso em sua composição e em que o favor, o compadrio e o ódio são manifestações usuais nas relações humanas.

 

Esse estilhaçamento comunitário, potencializado pelo desmonte do mundo do trabalho ao longo de quatro décadas de neoliberalismo nos torna sensíveis a um tipo de liderança salvacionista e inorgânica – uma espécie de neopopulismo – , capaz de direcionar vontades e de transformar a raiva social em força política. Esse é o resumo do resumo do caldo de cultura que possibilita a ascensão do bolsonarismo. E isso nós – alinhados a um pensamento democrático e progressista – ainda não conhecemos totalmente.

 

6. Que sociedade é essa cujas vontades não são captadas pelas sondagens de vários institutos? Ou melhor, que pesquisas são essas que não conseguem apreender e tabular preferências imediatas?

 

Como é possível que siga se repetindo o fenômeno notado na eleição do Rio de Janeiro de 2018, que possibilitou a um desconhecido até a última semana de campanha se tornasse governador? A situação se generaliza, com o quadro paulista, que inverte a folgada dianteira aferida em favor de Fernando Haddad em sua disputa com Tarcísio de Freitas a poucos dias da votação.

 

7. O bolsonarismo oculto – ou envergonhado – é fenômeno que desafia as estatísticas. Ao lado da arrogância dos que exibem armas na cintura estão aqueles que sentem vergonha de se declararem eleitores de Bolsonaro fora da solidão da urna. Por que isso acontece?

 

8. Em situações normais – ou seja, num estudo acadêmico e fora das eleições – tais constatações podem gerar copiosas teses de doutorado. Aqui se trata de avaliar resultados das urnas com um propósito definido: ganhar no segundo turno.

 

9. Se erraram em boa parte das disputas estaduais, as pesquisas acertaram em cheio a votação nacional de Lula. Os prognósticos davam entre 47% e 51% de votos ao ex-presidente. Ele terminou o enfrentamento com 48,43% dos válidos.

 

Faltou 1,57% dos sufrágios para uma vitória perfeitamente possível em primeiro turno! O equívoco das pesquisas ficou no segundo colocado. Segundo os institutos, Bolsonaro teria entre 37% e 41%. Ele terminou com 43,2%, ou 5,23% atrás do ex-presidente. Em números redondos, quase 6,2 milhões de votos atrás.

 

10. O segundo turno é uma nova eleição. A vantagem aberta por Lula o coloca de saída em condição de vantagem. A soma do eleitorado de Ciro e de Simone Tebet totaliza 7,2%. É uma incógnita saber para onde penderão esses quase 7,6 milhões de eleitores, decisivos para o resultado final. Na hipótese – agora fluida – das pesquisas – todas – estarem corretas, Lula derrota Bolsonaro.

 

11. Examinando os apoios estaduais, a vantagem se inverte. Apoiadores de Bolsonaro ganharam em 9 estados no primeiro turno (AC, DF, GO, MG, MT, PR, RJ, RO e TO), que somam 49.115.309 eleitores.

 

Partidários de Lula levaram em 6 (AP, CE, MA, PA, PI, RN), onde vivem 23.592.589 eleitores. A comparação mostra que o bolsonarismo não é fenômeno dos grotões. Em 12 estados a contenda se resolverá na segunda volta (AL, AM, BA, ES, MS, PA, PE, SC, SE, SP, RO, e RS). Nesse último grupo haverá campanha acirrada dos presidenciáveis com os candidatos locais. Não se sabe como se comportarão os demais, onde o placar local está decidido.

 

12. A luta será duríssima. É possível Lula ganhar no dia 30. Para isso, a campanha bem que poderia mudar de tom.

 

13. A primeira coisa seria abolir o passado e o salto alto nos discursos. Chega de “No meu governo o povo tinha isso e mais aquilo”. O que passou, passou e agora é hora de se dizer claramente o que será feito. Vai ter comida para todo mundo? Se tiver, vai ser barata? Vai ter emprego? Com salário de quanto? A gasolina ficará com o preço baixo? Minhas dívidas vão ser resolvidas? Vai ter saúde? Como resolver? Não é o eleitor quem tem de responder, mas a campanha.

 

14. Teremos uma campanha com comícios que se parecem com shows do Rock in Rio, nos quais a plateia assiste, se deleita e vai para casa? Ou haverá um mínimo de chamamento à mobilização? Vai ter material? Anunciaram lá atrás um comitê voltado para essas coisas. Vai ter? A campanha de TV sairá do pieguismo brega do início, ou manterá o tom de combate dos últimos dias?

 

Vão ficar repetindo feito matracas que Bolsonaro tem 51 imóveis comprados com dinheiro vivo ou uma equipe de reportagem irá atrás de pelo menos dois ou três e mostrará o valor, onde ficam, se são de luxo ou não? Ou seja, ficarão na conversa ou farão como a Globo agiu no caso do sítio de Atibaia, atribuído a Lula? Ali mostraram dos pedalinhos às torres dos cabos de internet, passando pelo laguinho doméstico. A campanha será concreta ou doutrinária?

 

15. Acima de tudo, é preciso termos uma jornada empolgante, que convoque as pessoas à luta por mais votos. Lambamos as feridas deste fim de semana para a batalha que se aproxima. Será dura, mas valerá a pena.

 

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