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Árabes e judeus devem se unir, a convivência é um fato de fraternidade

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21 Junho 2022

 

"É preciso ir consolar e falar novamente sobre a possibilidade de voltar a uma convivência, tão fundamental na dinâmica entre maioria e minoria. Esta deve tornar-se uma proposição de natureza essencialmente emocional e não ideológica, pois justamente no momento em que todos os ânimos estão tão inflamados e enrijecidos, um gesto guiado por sentimentos de conciliação e um contato se tornam mais importantes do que qualquer discurso."

 

O texto é de Abraham Yehoshua, romancista, ensaísta e dramaturgo israelense, falecido em 14 de junho passado, publicado por La Stampa, 14-10-2000, sob o título "Meus irmãos árabes". O texto foi republicado em 15-06-2022 devido à impressionante atualidade. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Eis o artigo. 

 

Falando ao telefone sobre os acontecimentos das últimas semanas com um amigo da editora Einaudi, ele me contou que até agora nunca soubera da existência de cidadãos israelenses pertencentes à minoria árabe. O fato não me surpreende: no conflito do Oriente Médio, no turbilhão de eventos que se sucedem com tamanha barbárie, os árabes israelenses desapareceram tanto da consciência internacional quanto daquela israelense. Parece-me que expliquei aos leitores italianos, alguns anos atrás, a natureza das relações entre a maioria judaica e a minoria árabo-palestina dentro do Estado de Israel. Naquela época, detive-me no fato de que, apesar das duras condições da luta árabe contra Israel nos últimos cinquenta anos, ainda se pode dizer que tanto a maioria judaica quanto a minoria árabe dentro de Israel, embora com passos em falso e problemas, no fundo usaram uma boa dose de razoabilidade para preservar o modus vivendi entre eles. Vou dar alguns exemplos para esclarecer o assunto.

 

Em 1948, na fundação do Estado de Israel, foi concedido à minoria árabe que permaneceu dentro das fronteiras da nação o direito de cidadania, embora esses árabes tivessem participado da guerra que a frente árabe e os palestinos haviam declarado contra Israel. Pessoas que haviam atirado em judeus e que havia tentado expulsá-los do país, com o cessar-fogo, receberam o direito de voto para a formação do parlamento israelense. Por outro lado, por 52 anos, os árabes israelenses que na época da fundação de Israel somavam 12.000 e hoje somam um milhão ou mais de pessoas, se comportaram em relação à nação com uma fidelidade relativamente alta.

 

No curso de todas as ferozes guerras entre o Estado judeu e o mundo árabe e em especial seus irmãos palestinos além fronteira, quase não houve atividade de sabotagem ou terrorismo por parte dos árabes israelenses. Apesar de sua íntima adesão à luta do mundo árabe e sua participação emocional ao sofrimento de seus irmãos sob ocupação, eles nunca cruzaram a linha da violência. E mesmo nos momentos mais críticos da Intifada, um judeu podia caminhar sem medo pelas aldeias da minoria árabe, a poucos quilômetros do fogo que assolava os Territórios ocupados. Afinal, porém, na época dos terríveis atentados após os acordos de Oslo, massacres no coração das cidades israelenses que causaram dezenas de mortes entre judeus, estes últimos não realizaram nenhum"pogrom" vingativo contra os cidadãos árabes israelenses. Os judeus, então, mantiveram um perfeito controle de si, sem tentar juntar num único pacote árabes israelenses e seus compatriotas responsáveis pelos atentados.

 

Por outro lado, o acordo de Oslo II em 1994 passou ao Parlamento israelense com uma maioria de apenas 61 votos, 5 dos quais eram dos representantes dos partidos árabes; isso significa que um acordo tão fundamental sobre a partilha da terra de Israel foi decidido com o voto dos árabes de Israel, enquanto a direita que se opunha a esse acordo com todas as forças teve que reconhecer como decisivo o legítimo voto árabe em tão crucial questão. Mas eis que em um terreno tão sólido de vida comum, apesar das discriminações e injustiças infligidas pela maioria judaica à minoria, apesar do ódio manifesto e da não-resignação da minoria árabe à existência do Estado judeu, para o espanto das duas partes em causa estouraram os eventos das últimas semanas. De repente, os árabes israelenses provocaram manifestações de grande violência, queimaram lojas, agências de bancos e correio, bloquearam estradas, atiraram pedras e até mataram um israelense e feriram muitos outros. Em contrapartida, os assustados policiais israelenses puxaram o gatilho com intolerável facilidade, e nos tiroteios foram mortos treze manifestantes árabes, cidadãos israelenses e dezenas, senão centenas, ficaram feridos. Em seguida, alguns grupos de cidadãos judeus decidiram fazer justiça com as próprias mãos e se entregar à violência e represálias contra os árabes em várias cidades do país. A decisão de alguns escritores e poetas ativos no partido israelense da paz de ir e oferecer condolências aos enlutados, árabes cidadãos de Israel, foi tomada no dia do Yom Kippur.

 

Essas pessoas perceberam que, independentemente da irrevogável dissociação dos atos de violência praticados pelos árabes, não podem ser deixados sozinhos e completamente alienados, em seu luto. É preciso ir consolar e falar novamente sobre a possibilidade de voltar a uma convivência, tão fundamental na dinâmica entre maioria e minoria. Esta deve tornar-se uma proposição de natureza essencialmente emocional e não ideológica, pois justamente no momento em que todos os ânimos estão tão inflamados e enrijecidos, um gesto guiado por sentimentos de conciliação e um contato se tornam mais importantes do que qualquer discurso, por mais preciso que seja, que sirva como demonstração ou esclarecimento. E assim foi. Na tarde de terça-feira fomos visitar as casas em luto nas cidades árabes de Sakhnin e Nazaré na Galileia, acompanhados pelas mídias judaicas e árabes. Eram escritores e poetas judeus de diferentes idades, jovens e idosos, com diferentes pontos de vista; mas quando chegamos ao nosso destino, um após o outro fomos apertar a mão de uma fila de homens enlutados com uma expressão contrita, de vez em quando até abraçando e beijando. Esta era a mensagem. Somos cidadãos do mesmo país, entre nós não virão mediadores como Clinton, Kofi Annan ou representantes de organizações internacionais. Estamos sozinhos, uns de frente para os outros. Só o diálogo pode nos salvar do caos total.

 

Quando proferi meu discurso a Sakhnin, depois que o prefeito terminou o seu, através do crepúsculo que descia sobre todos nós e da voz vibrante do muezzin do minarete, senti que o que eu tinha para dar a essas pessoas que vivem conosco era especialmente do sentimento. Não tanto aprovação ideológica ou aval às suas manifestações, mas sim a confiança que a coexistência pode continuar existindo, que estamos proibidos de abandoná-los à sua sorte. A Frente israelense das pombas trabalhou muito nos últimos vinte anos em questões de paz com os palestinos nos territórios, mas negligenciou os palestinos dentro do estado. Os poucos dias que se passaram desde então nos demonstraram que também os árabes israelenses ficaram horrorizados com a intensidade de sua violência e pelo vigor da reação judaica. Portanto, em minha opinião, todos podem auferir uma boa lição do que aconteceu, construir relações em uma nova base. Mas isso depende do empenho com o diálogo que investirão os dois lados. No dia seguinte, os jornais e as redes de televisão deram amplo espaço ao encontro, e fiquei surpreso ao ver que nem mesmo os extremistas judeus da direita se levantaram para nos atacar, como se também tivessem entendido o quão importante é não abrir outra frente entre judeus e árabes, dentro do Estado de Israel.

 

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