07 Junho 2022
O pontífice receberá nesta quinta-feira a presidente da Comissão Europeia, um dos promotores da política de sanções contra Moscou e armas contra Kiev.
A presidente se reunirá no mesmo dia com o presidente italiano Sergio Mattarella e o primeiro-ministro Mario Draghi. O eixo das três conversações será o mesmo: a guerra na Ucrânia e possíveis soluções.
Enquanto isso, conforme relatado oficialmente pelo Departamento de Estado, o secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, teve uma conversa telefônica ontem com seu colega americano Antony Blinken. Há rumores de que o próprio pontífice poderia ter participado da conversa.
A reportagem é de Hernán Reyes Alcaide, publicada por Religión Digital, 07-06-2022.
Horas depois de pedir à liderança mundial "soluções concretas" para a guerra na Ucrânia, o Papa Francisco receberá nesta quinta-feira a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, uma das promotoras da política de sanções contra Moscou e armas a Kiev, que vem promovendo o bloco dos 27.
O pontífice receberá von der Leyen no meio de uma turnê romana pela política belga, que se encontrará com o presidente italiano Sergio Mattarella e o primeiro-ministro Mario Draghi no mesmo dia. O eixo das três conversações será o mesmo: a guerra na Ucrânia e as possíveis soluções.
Von der Leyen vem se mostrando como uma das promotoras do que até agora foram as únicas respostas europeias ao conflito: sanções contra líderes, empresas e até parentes de pessoas próximas ao russo Vladimir Putin, por um lado, e o envio de armas para a Ucrânia, por outro. Desde antes do início da guerra, a posição papal sobre as sanções, que ele vê como um instrumento ineficaz, já é bem conhecida. Com armas, dentro dos muros do Vaticano, a linha que separa a promoção de seu tráfico e comércio com o direito à provisão de legítima defesa é vista como muito tênue.
O presidente do órgão executivo do bloco regional do Velho Continente também se reunirá com Draghi, em meio às negociações do primeiro-ministro italiano com o apoio do Papa para desbloquear as exportações de grãos da Ucrânia diante da possibilidade de um catástrofe".
Enquanto isso, conforme relatado oficialmente pelo Departamento de Estado, o secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, teve uma conversa telefônica ontem com seu colega americano Antony Blinken. A escolha do momento não é por acaso: as tardes de segunda-feira são o encontro semanal de Parolin com Francisco, o que alimentou rumores de que o próprio pontífice poderia ter participado da conversa.
Conforme relatado pela equipe de Blinken, a conversa incluiu "as consequências globais contínuas da brutal invasão russa da Ucrânia, incluindo maneiras de lidar com a crise global de segurança alimentar", para a qual eles "afirmaram seu compromisso de apoiar aqueles que sofrem seus terríveis efeitos”.
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Papa Francisco entregará a von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, suas propostas para acabar com a guerra na Ucrânia - Instituto Humanitas Unisinos - IHU