31 Mai 2022
A reportagem é de Cecilia Mutual, publicada por Religión Digital, 30-05-2022.
Um sincero agradecimento pelo trabalho realizado nos últimos 70 anos, em particular, pela ajuda às Igrejas para responder aos desafios do deslocamento maciço causado pela guerra na Ucrânia, "o maior movimento de refugiados ocorridos na Europa desde a Segunda Guerra Mundial". É o que expressa o Papa Francisco em Mensagem aos participantes do Conselho Plenário da Comissão Católica Internacional para as Migrações, reunidos nestes dias para "eleger a nova liderança da Comissão, aprovar os novos estatutos e determinar as linhas operacionais para os próximos anos.
No texto, o Papa também menciona “os milhões de requerentes de asilo, refugiados e deslocados em outras partes do mundo, que precisam desesperadamente ser acolhidos, protegidos e amados”: “Como Igreja, queremos servir o mundo inteiro e trabalhar incansavelmente para construir um futuro de paz. Você tem a oportunidade de dar um rosto à caridade diligente da Igreja para com eles!”.
Em primeiro lugar, Francisco recorda o objetivo da Comissão, fundada pelo Venerável Papa Pio XII, em 1951: “formar uma rede entre as Conferências Episcopais de todo o mundo, que as ajude em seu serviço pastoral aos migrantes e refugiados”.
A Comissão é uma expressão colegial da ação pastoral, no campo migratório, dos bispos que, em comunhão com o Papa, participam de sua "atenção à Igreja universal num vínculo de paz, amor e unidade" (Lumen Gentium, 22).
O Santo Padre destaca que na Constituição Apostólica Praedicate Evangelium, a Comissão Católica Internacional para as Migrações, “é mencionada e colocada entre as competências do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral (cf. Art. 174 § 2), para que a sua natureza e missão são salvaguardados de acordo com seus princípios originais”. E acrescenta:
No Conselho Plenário representais oficialmente as Conferências Episcopais que deram a sua adesão à Comissão. A sua vontade de trabalhar em conjunto para acolher, proteger, promover e integrar migrantes e refugiados é confirmada pela sua presença.
Na segunda parte da Mensagem, o Papa descreve a “missão eclesial da Comissão” que se desenvolve em duas direções: ad intra e ad extra.
Ad intra, “é chamada a oferecer uma assistência qualificada às Conferências Episcopais e Dioceses que devem responder aos numerosos e complexos desafios migratórios de hoje”, explica o Pontífice.
Por isso, compromete-se a promover o desenvolvimento e implementação de projetos de pastoral migratória e a formação especializada de agentes de pastoral no campo migratório, sempre ao serviço das Igrejas particulares e de acordo com as suas próprias competências.
Ad extra, especifica, “a Comissão é chamada a responder aos desafios globais e às emergências migratórias com programas específicos, sempre em comunhão com as Igrejas locais”.
Além disso, acrescenta o Papa, “é encarregado de desenvolver atividades de promoção como organização da sociedade civil no âmbito internacional. A Comissão engaja a Igreja e trabalha por uma maior conscientização internacional sobre as questões migratórias para promover o respeito aos direitos humanos e a promoção da dignidade das pessoas de acordo com as diretrizes da doutrina social da Igreja.
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“A guerra na Ucrânia é o maior movimento de refugiados que ocorreu na Europa desde a Segunda Guerra Mundial” - Instituto Humanitas Unisinos - IHU