06 Fevereiro 2020
O prefeito da Casa Pontifícia e secretário particular de Bento XVI teria sido exonerado para dedicar mais tempo ao ex-Papa Ratzinger, mas o Vaticano esclarece: trata-se de uma redistribuição comum das tarefas.
A reportagem é de Paolo Rodari, publicada por La Repubblica, 05-02-2020. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Suspense no Vaticano. Segundo relatos da imprensa alemã dessa quarta-feira, 5, o Papa Francisco teria “demitido” Dom Georg Gänswein, prefeito da Casa Pontifícia e secretário particular de Bento XVI.
O “Pe. Georg”, como todos o chamam do outro lado do Rio Tibre, 63 anos, permaneceu como secretário de Joseph Ratzinger após a renúncia ao sólio de Pedro em 2013.
Ele é prefeito da Casa Pontifícia desde 2012, mas, no fim da manhã dessa quarta-feira, a Sala de Imprensa vaticana esclareceu: “A ausência de Dom Gänswein durante determinadas audiências nas últimas semanas se deveu a uma redistribuição comum dos vários compromissos e funções do prefeito da Casa Pontifícia, que também desempenha o papel de secretário particular do papa emérito”.
O Tagespost escreveu: “O Papa Francisco demitiu o prefeito da Casa Pontifícia, arcebispo Georg Gänswein, por tempo indeterminado. O secretário privado do papa emérito continua sendo o chefe da Prefeitura, o escritório vaticano responsável pelas audiências públicas da papa, mas foi exonerado para poder dedicar mais tempo a Bento XVI”.
Segundo o Tagespost, jornal conservador próximo a Ratzinger, essa decisão ainda não confirmada pelo Vaticano teria se baseado na “infeliz apresentação do livro sobre o sacerdócio do cardeal Robert Sarah, ao qual Bento XVI contribuiu com um artigo”, uma apresentação que “inicialmente deu a impressão de que ambos, o papa emérito e o prefeito da Congregação para o Culto Divino, quisessem impor que o papa reinante resolvesse a questão dos ‘viri probati’ proposta pelo Sínodo sobre a Amazônia”.
Mas, de acordo com outras fontes, o que está na base da decisão também pode ser simplesmente um momentâneo problema de saúde.
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Vaticano: imprensa alemã afirma que Dom Gänswein foi exonerado - Instituto Humanitas Unisinos - IHU