19 Junho 2019
O jornal sueco Dagens Nyheter publica os resultados escolares da jovem ativista, acusada de matar aulas para continuar o movimento das "Fridays for Future".
A reportagem é de Tonia Mastrobuoni, publicada por La Repubblica, 18-06-2019. A tradução é de Luisa Rabolini.
Demasiado ocupada na batalha ambientalista para poder frequentar as aulas, pelo menos aquelas nas sextas-feiras. Contra Greta Thunberg, a ativista sueca que inventou as "Sextas-feiras para o Futuro", já foi dito de tudo: em particular sobre como seu envolvimento no movimento ambiental tenha comprometido sua educação escolar.
A pôr um basta às polêmicas pensou o jornal sueco Dagens Nyhetere que publicou o boletim da jovem de dezesseis anos, que terminou o nono ano na Kringlaskolan em Soedertaelje, de Estocolmo: catorze "A", ou seja, a nota máxima, das dezenove matérias. Entre estas, matemática, inglês, francês, física e história. Nas outras matérias, a saber, sueco, ginástica e ciências do consumo, ela ganhou "B", o que equivale ao nosso nove. Nada mal para uma garota acusada de cabular sistematicamente a escola.
No ano passado, além das sextas-feiras verdes, a jovem ativista também esteve envolvida em alguns eventos internacionais, como a cúpula de Davos ou os vários encontros com líderes globais - o último dos quais foi Barack Obama, rotulado pelo tweet "Yes, we can".
Depois veio a decisão de pular todo o próximo ano letivo, com uma onda de acusações nas mídias sociais e muito mais. A jovem – agora a mulher do ano na Suécia e a principal favorita, segundo as casas de apostas britânicas, para o próximo Prêmio Nobel da Paz - disse que sempre recuperou em casa todas as aulas perdidas na escola.
"Eu realmente batalhei para conseguir essas notas", disse Greta, citada pelo Dagens Nyheter. A ativista também acrescentou que, de fato, se ela não tivesse entrado em greve, o boletim teria ficado ainda melhor: "Mas valeu a pena".
Além disso, sua escola apoiou publicamente as escolhas da aluna mais famosa. Thunberg, que sofre da síndrome de Asperger, se despediu de seus colgas, que não verá no próximo ano. Ela vai se concentrar na luta pelas mudanças climáticas: "Esta é a prioridade agora". Entre os vários compromissos, Greta participará da cúpula climática das Nações Unidas a ser realizada em Nova York em setembro, e depois da conferência mundial sobre clima em Santiago do Chile, dois meses depois.
Dado que, como se sabe, não viaja de avião, muito prejudicial ao meio ambiente, poderia optar por uma travessia do Oceano Atlântico por navio. De acordo com alguns rumores, a ideia seria optar por uma embarcação que não fosse movida por combustível fóssil.
Greta Thunberg på skolavslutningen: Om jag inte skolstrejkat hade jag kunnat få A i alla ämnenhttps://t.co/tFaMJA78TW pic.twitter.com/b6YHXxNA5h
— Dagens Nyheter (@dagensnyheter) 14 de junho de 2019
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O boletim de Greta Thunberg que põe fim às polêmicas - Instituto Humanitas Unisinos - IHU