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04 Outubro 2018

Bolsonaro cresceu porque assumiu a máscara de antissistema – que não cabe em Haddad. Para vencer a ameaça fascista, é preciso agora deixar o marketing e ir às propostas concretas.

O artigo é de Antonio Martins, jornalista, publicado por Outras Palavras, 02-10-2018.

Eis o artigo.

1. Os dois fenômenos mais surpreendentes (inclusive para quem escreve este texto) captados pela pesquisa do Ibope são o crescimento inesperado de Jair Bolsonaro – que estava estagnado há duas semanas – e o aumento quase vertical da rejeição a Fernando Haddad. Se esta tendência verificou-se precisamente num momento em que o candidato fascista estava sob ataque cerrado – repúdio às declarações do general Mourão, denúncias da ex-esposa em Veja, atos #elenão em todo o país, há duas hipóteses possíveis. Ou a pesquisa, não reflete a realidade (segundo a teoria estatística, há apenas 5% de chances de que isso ocorra), ou Bolsonaro (assim como Lula) cresce quando mais tentam desqualificá-lo. É, evidentemente, esta segunda possibilidade que cabe agora analisar.

2. Nos últimos dias, a campanha do ex-capitão tem se empenhado, de forma marcante, em alardear o caráter supostamente “antissistema” da candidatura. Este veio agora supera de longe, inclusive, marcas como o armamento da sociedade e a agenda moral ultraconservadora. Fala-se em urnas fraudadas, em pesquisas manipuladas, em Congresso corrupto, em mídia (especialmente Rede Globo) favorável aos adversários. Há nesse discurso, é claro, um componente defensivo. Líder nas intenções de voto, mas sem propostas para temas centrais do debate político, é natural que Bolsonaro busque terreno seguro: aquele em que todas as críticas são apresentadas como conspiração dos adversários. Mas há outro componente nesta narrativa, talvez mais importante.

3. Bolsonaro provavelmente percebeu que – assim como no caso de Trump – ser atacado por “gente de bem” reforça seu trunfo de marketing mais falso, e mais perigoso: o de ser, supostamente o “candidato antissistema”. Num cenário de crise aguda da política, quase não importa o conteúdo das falas que faz ou críticas que recebe. Pesa muito mais o fato de expressar, supostamente, o rechaço a instituições que deixam as maiorias cada vez mais pobres, a sociedade muito mais violenta, e uma pequena elite nadando em privilégios crescentes. Sim, seu vice defende o fim do 13º salário e do adicional de férias. Mas seus possíveis eleitores perderam completamente a confiança em que a democracia assegure estes direitos, ou estabeleça outros. Por isso, querem acima de tudo explodir este sistema, que os exclui e humilha.

4. A rejeição a Haddad cresceu porque ele, evidentemente, não é Lula – e não há marketing político capaz de sustentar que o seja. Como candidato, Lula expressava, muito mais que Bolsonaro, o antissistema. Seus governos melhoraram, tímida mas nitidamente, as condições de vida das maiorias. Acusaram-no e prenderam-no por “corrupção” – ele que não enriqueceu, ao contrário de todos os seus adversários. É sintomático que durante mais de um ano (em especial quando tornou-se claro o caráter anti-povo do governo Temer) cada denúncia contra ele tenha feito crescer sua popularidade e reduzido sua rejeição…

5. Afastado de modo arbitrário e injusto, Lula calculou que Haddad seria seu melhor sucessor. Talvez esta aposta tenha sido feita com base nos velhos mecanismos da política brasileira – que o ex-presidente conhece a fundo. Num primeiro momento, haveria uma transferência muito expressiva de votos. Quando este movimento se esgotasse, entraria em cena o próprio perfil do novo candidato. Haddad, o professor do Insper, o governante que aceitou, em 2013, queimar seu capital político para não contrariar as planilhas orçamentárias da prefeitura, seria acolhido pela elite, que rejeita riscos.

6. Este cálculo não leva em conta as novas condições. No momento exato em que o “perfil Haddad” deveria entrar em cena, a candidatura do ex-prefeito passou a ser corroída por este mesmíssimo perfil. Porque, após algumas semanas de exposição, fica claro que Haddad pode ser tudo – menos antissistema. Além disso, ele passa a sofrer mais nitidamente a rejeição por ser PT, que boa parte do eleitorado identifica como parte de um sistema opressor. Lula, é claro, também é PT – mas é muito maior do que isso. Lula não tem o rosto da elite paulistana, não iguala-se a seus adversários, nas falas inconvincentes dos debates, não compõe com sua vice um possível par romântico de novela das sete. Para um enorme contingente de eleitores, Lula é o anti; Haddad é o sistema.

* * *

Fica para outro momento a análise sobre um erro anterior e muito mais grave: o porquê de o PT ter dinamitado as possibilidades de compor, nesta eleição, uma clara frente anti-golpe. O que importa, no momento, é extinguir o incêndio, para que haja país respirável e debate possível após as eleições. Se o Ibope estiver certo (o Datafolha de hoje dará novos parâmetros), tudo indica que não basta mais do mesmo. A esta altura, é preciso um fato realmente novo para interromper a curva ascendente do ex-capitão, e a paralisia (ou declínio, se computadas a taxa de rejeição e os cenários de segundo turno) de Haddad. Só isso permitirá desmascarar o marketing antissistema de Bolsonaro e apresentar uma alternativa.

O mais impactante seria, é claro, uma reconfiguração do próprio cenário das candidaturas. Diante da ameaça fascista, por que não cogitar um acordo explícito que envolva Haddad, Ciro, Boulos e Marina? Falou-se aqui, em comentários anteriores, numa possível geringonça brasileira. Um conjunto de candidatos, à esquerda, assumiria claramente o compromisso de transformações muito incidentes sobre as condições de vida da maioria. É algo muito distante da mera evocação de um passado melhor, feita por Haddad: já não se trata de vender um produto eleitoral, mas de mobilizar, chamar à luta. Obriga o adversário a se posicionar.

Este programa incluiria poucos pontos, porém extremamente concretos e relevantes. Por exemplo, a elevação do salário mínimo e da bolsa-família; a revogação das medidas pós-golpe, a começar pelo congelamento dos gastos sociais, da contrarreforma trabalhista e da entrega do Pré-Sal; a isenção de Imposto de Renda para R$ 5 mil e a tributação dos lucros e dividendos; a renegociação das dívidas das pessoas físicas negativadas no SPC (em homenagem a Ciro); a retomada da demarcação de terras indígenas e quilombolas, e a garantia de critérios ambientais sérios para as obras públicas (para contemplar Marina).

Ao contrário da referência ao que ficou para trás (que equivale a dar um cheque em branco ao governante e abre espaço a todo tido de negociação com o Congresso), tal programa estabelece um diálogo direto com os eleitores. É muito distinto do que planejavam Lula e Haddad – por isso parece tão difícil hoje. Mas em situações de emergência, até o quase impossível pode acontecer.

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