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Francisco visita o túmulo de Dom Samuel Ruiz, bispo pioneiro na paixão pelos marginalizados

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16 Fevereiro 2016

Ao visitar o túmulo do falecido Dom Samuel Ruiz nessa segunda-feira (15 de fev.), o Papa Francisco conecta a uma alma gêmea, um famoso sacerdote mexicano e pioneiro da Teologia da Libertação cuja paixão pelos marginalizados claramente ressoa com um pontífice cujo sonho é o de uma “Igreja pobre para os pobres”.

O artigo é de Phillip Berryman, autor de vários livros sobre Teologia da Libertação e leciona Estudos Latino-Americanos na Temple University, publicado por Crux, 15-02-2016. A tradução é de Isaque Gomes Correa.

Dito isso, o estado mexicano de Chiapas, no extremo sul do país, está a vários milhares de quilômetros de Buenos Aires. O seu povo indígena frequentemente anda a pé em trilhas enlameadas, ao invés de dirigirem em amplas avenidas, e a cultura e a história mexicanas são diferentes da cultura e da história argentinas. Apesar disso, as semelhanças entre Ruiz e Francisco são enormes.

Samuel Ruiz nasceu em Guanajuato, na região central do país, em 1934. Entrou para o seminário na juventude, estudou filosofia, teologia e escrituras em Roma, e foi ordenado bispo de Chiapas aos 35 anos de idade. Dada esta sua rápida ascensão, poder-se-ia esperar que ele fosse adiante na escadaria eclesiástica em vez de permanecer em Chiapas por 40 anos. Quando chegou, Ruiz era um produto do seu tempo, formado na teologia pré-Vaticano II e imbuído com uma mentalidade de Igreja que ainda sentia os efeitos da Revolução Mexicana e do anticlericalismo do Partido Revolucionário Institucional – PRI.

Logo no começo de sua posse, Ruiz se pôs a visitar todos os assentamentos na diocese, viajando de mula. A maioria das pessoas em sua diocese eram índios maias, parecidos com os da Guatemala. Com o tempo, ele reconheceu a necessidade de um trabalho pastoral que fosse adiante da doutrinação em espanhol e que estivesse concebido em termos missionários. 

Aprendeu tzeltal e tzotzil, os dois idiomas indígenas mais falados naquela jurisdição eclesiástica. Ele criou uma equipe pastoral que formou milhares de catequistas, escolhidos pelas comunidades locais. Diáconos indígenas foram ordenados; a Eucaristia e os sacramentos eram celebrados nos idiomas locais; e elementos culturais indígenas foram incorporados à celebração.

Os seus talentos foram reconhecidos pela Conselho Episcopal Latino-Americano – CELAM, onde presidiu o departamento de missão por vários anos e proferiu um importante discurso no encontro de Medellín em 1968. Nessa ocasião, os bispos latino-americanos propuseram diretrizes para o trabalho pastoral que forneceram as categorias e o vocabulário para a Teologia da Libertação.

A Revolução Mexicana afirmava uma identidade mestiça distinta, forjada da união de europeus e povos originários, uma “raça cósmica” – termo cunhado pelo escritor e filósofo mexicano José Vasconcelos – retratada na obra dos muralistas mexicanos [movimento artístico iniciado no país no começo do século XX]. No entanto, os indígenas de hoje, que constituem mais de 10% da população mexicana, vêm sendo ignorados e explorados, em nenhum outro lugar mais do que em Chiapas.

Em 1974, quando o governador propôs um Congresso Indígena Nacional com a intenção de, principalmente, ser um órgão de relações públicas, líderes formados na Igreja tiraram vantagem e transformaram o encontro em uma caixa de ressonância para queixas de longa data. A partir desse momento, Ruiz foi criticado por representantes da estrutura de poder local e, às vezes, pela imprensa nacional.

Na década de 1980, um pequeno grupo de marxistas começou a se organizar clandestinamente nas áreas rurais de Chiapas, tirando vantagem das lideranças produzidas pela diocese. Em 1º de janeiro de 1994, o Exército Zapatista de Libertação Nacional – EZLN, composto basicamente por indígenas, ocupou vários municípios em Chiapas e emitiu manifestos. O que chamou a atenção foi o estilo deles – usavam máscara de ski – e, em particular, o porta-voz do grupo, que fumava cachimbo: o “Sub-Comandante Marcos”, cujos comunicados poéticos eram escritos em um laptop. A data não fora acidental: foi quando o Acordo de Livre Comércio da América do Norte – NAFTA entrou em vigor, assinalando que os zapatistas consideravam o seu movimento em termos nacionais.

A luta durou quase duas semanas, quando se conseguiu uma trégua. Este movimento pós-Guerra Fria não visava aumentar os reinos do poder nacional com armas, mas forçar o Estado mexicano a responder às demandas do povo por reconhecimento de seus direitos. Naquele momento, Ruiz estava sob pressão dentro da Igreja. O núncio apostólico, em aliança com o PRI, tentou forçá-lo a se aposentar. Muitas organizações na diocese e alhures, incluindo no estrangeiro, juntaram-se para defender Ruiz.

Com a crise zapatista, ele era a única figura com a confiança suficiente para mediar entre zapatistas e o governo, e assim ele atuou por vários anos como presidente da Comissão Nacional de Intermediação, que rompeu com os Acordos de San Andrés em 1996. Ele acabou renunciando após se frustrar com a falta de vontade do governo.

Ainda que os zapatistas promovessem um sentido de independência nas áreas remotas onde eram fortes, e embora tivessem inspirado a imaginação da esquerda mexicana e internacional, o Estado mexicano optou por uma estratégia de contenção. Duas décadas mais tarde, os problemas da rural Chiapas continuavam sem resolução. A agricultura de subsistência fica cada vez mais inviável no século XXI, e o povo de Chiapas migra para outros lugares, inclusive os EUA. A região sofre os efeitos do narcotráfico e da migração de centro-americanos que fogem da violência.

Chiapas é uma das “periferias” que Francisco tem destacado em sua visita ao país. Samuel Ruiz aposentou-se em 2000. Ele e o Papa Francisco trabalharam ativamente junto dos pobres e falavam sobre terem sido evangelizados por eles. Ruiz via o seu trabalho em termos missionários; o futuro papa ajudou o CELAM a enquadrar o documento de Aparecida, encontro do CELAM em 2007, em termos de “discipulado missionário”.

Ruiz foi um pacificador, e Francisco tem usado o seu cargo para promover a paz e reconciliação. Ao visitar o túmulo de Ruiz, Francisco está validando o seu testemunho e encorajando outros a imitá-lo.


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