26 Janeiro 2015
Em novembro de 2014, Blase Cupich (foto, à esquerda) sucedeu o cardeal Francis George e tornou-se o nono arcebispo da arquidiocese de Chicago, terceira maior diocese dos Estados Unidos. Foi a primeira grande nomeação episcopal do Papa Francisco, nos Estados Unidos. Cupich tinha sido, anteriormente, bispo de duas dioceses bem menores: Spokane, Estado de Washington, e Rapid City, Dakota do Sul. Em 1975, ele foi ordenado sacerdote da diocese de Omaha, Nebraska, onde foi pastor de duas paróquias, antes de ser nomeado bispo de Rapid City em 1998. O arcebispo Cupich atuou em várias comissões, incluindo a Comissão Ad Hoc para tradução da Escritura da Conferência Episcopal dos Estados Unidos, bem como o Comitê para a Proteção de Crianças e Jovens, que presidiu de 2008 a 2011. Em dezembro, o jornalista Grant Gallicho conversou com o arcebispo de Chicago.
A entrevista foi publicada no sítio da revista Commonweal, 22-01-2015. A tradução é de Claudia Sbardelotto.
Eis a entrevista.
Já faz um mês desde que o senhor se tornou arcebispo de Chicago. O que mais lhe surpreendeu desde que chegou?
Eu não me impressiono facilmente. Uma surpresa agradável foi a qualidade consistentemente alta dos presbíteros daqui. Há um caráter único nos sacerdotes de Chicago. Eles têm sido a fonte de muitos movimentos nacionais, organizações - como a Catholic Extension [uma organização de caridade que investe em paróquias pobres], da qual sou o chanceler. Essa é uma herança que continua até hoje, e não foi diminuída de forma alguma com a diversidade do presbiterado, uma diversidade que tem crescido. Estive recentemente no santuário para a festa de Nossa Senhora de Guadalupe. Os sacerdotes de origem hispânica, que faziam parte dessa celebração, são bem amados pela comunidade, de alta qualidade, muito pastorais. Visitei uma paróquia hispânica, uma paróquia polonesa e uma paróquia afro-americana, e mais uma vez eu vi a qualidade dos sacerdotes. Às vezes, entre os presbíteros, há uma mancha no ministério pastoral. Não aqui.
Uma das primeiras perguntas que lhe foram feitas depois do anúncio que o senhor iria se tornar arcebispo foi: "Qual é a sua agenda?" Sua resposta foi que o senhor queria ouvir as necessidades dos católicos de Chicago. O que você tem ouvido?
As pessoas estão respondendo a esta oportunidade de transição com entusiasmo pelas coisas que podem ser feitas. Mas esse entusiasmo não é apenas pela transição aqui em Chicago, mas por aquilo que o Papa Francisco está fazendo. Estou surfando na crista da onda que ele criou. Essa é a minha vantagem, porque há um novo entusiasmo, uma consciência do que significa ser Igreja. O fato de que a mídia está associando-me a ele tem sido muito útil, porque o Santo Padre está abrindo-nos para olhar como a Igreja pode estar a serviço do mundo. Isso é algo que eu sempre acreditei. As pessoas me perguntam se eu gosto do que o papa está dizendo. Eu digo: "Sim, mas como padre, eu venho dizendo isso há 40 anos". O verdadeiro entusiasmo que as pessoas têm para a vida da Igreja e para o momento de transição nesta arquidiocese está coincidindo em muitos aspectos àquilo que o papa está fazendo.
Estes são tempos difíceis para a Igreja Católica nos Estados Unidos. A arquidiocese de Nova York está no meio de uma nova e dolorosa rodada de fechamentos de paróquias. Mais perto de casa, o seu predecessor, cardeal Francis George, recentemente fechou várias escolas católicas. Uma revista de Chicago, em um artigo publicado no mês de dezembro, entrevistou católicos locais e verificou que o número de pessoas que vão à missa é menor do que nunca. É claro que a Igreja é muito mais do que números. Mas há algo que pode ser feito - há qualquer coisa que um bispo pode fazer - para inverter esta tendência? Ou a Igreja está apenas administrando esse declínio?
Primeiramente, não importa se é Nova York ou Chicago, há mudanças demográficas que não podemos ignorar. É uma cena complexa. Temos várias áreas dentro da arquidiocese de Chicago, onde as taxas de natalidade estão abaixo do normal, onde as pessoas foram embora para outros lugares e esses bairros mudaram drasticamente. Em segundo lugar, muitas pessoas foram impactadas ou pelo escândalo de abuso sexual ou pela erosão de sua vida espiritual devido ao secularismo. Mas também a isso está associada uma tendência crescente das pessoas de não quererem se identificar com comunidades ou organizações. O voluntariado está em baixa. Essa mudança cultural é parte da equação do declínio da frequência à Igreja.
Há, no entanto, algumas coisas específicas que podemos fazer. Por exemplo, eu acho que as pessoas vão tomar conhecimento de que estamos sendo bons administradores quando não nos mostramos com medo de tomar decisões difíceis sobre como reconfigurar paróquias e escolas, para que possamos usar os limitados recursos que temos de uma forma que beneficie mais pessoas. Uma boa administração é muito importante. Não devemos ter medo de tomar decisões difíceis porque as pessoas gostam de uma boa administração.
Outra coisa é encontrar maneiras de curar as feridas das pessoas, ir ao encontro daqueles que estão afastados da Igreja por uma razão ou outra - e ser muito pragmático para encontrar maneiras de convidar-los a retornar. Quando se trata dos jovens, devemos desafiar a tendência da sociedade de querer fazer tudo sozinha. Penso na cena do livro de Robert Bellah, "Habits of the Heart", em que uma mulher chamada Sheila é questionada sobre o seu próprio sistema de crenças, e ela o chama de "Sheilaismo". Nós podemos desafiar isso. A maneira de fazer isso não é dizendo: "Você não vai à missa e assim há um problema". Em vez disso, podemos dizer, "Nós temos uma oportunidade de melhorar a sociedade e melhorar o bem comum. Trabalhamos com os pobres. Venha trabalhar conosco com os pobres".
Recentemente, o Papa Francisco encontrou-se com a Comunidade Papa João XXIII, que foi criada na década de 1960 para resolver o problema dos jovens que estavam afastados da Igreja. O que este grupo fez foi dizer-lhes: "Nós não vamos lhe incomodar sobre a frequência que você vai à igreja. Mas aqui estão os pobres. Vamos trabalhar com aqueles que são deficientes". Esta tem sido uma associação pública de fiéis por quase 50 anos. O Papa Francisco elogiou o seu trabalho. Portanto, há muitas maneiras em que podemos fazer algo.
O que o papa insiste - e que temos que seguir - não é na cultura do confronto, mas uma cultura do encontro. Isso é o que aconteceu em relação à decisão de renovar as relações diplomáticas com Cuba. Meu pai sempre dizia que você pode encontrar algo de errado em qualquer um. Mas isso não leva a lugar algum. Você tem que incentivar o bem que existe.
A primeira missa dominical celebrada depois de sua instalação foi em St. Agatha, uma paróquia que ficou muito ferida com as revelações de abuso do padre, agora laicizado, Daniel McCormack. Na homilia da missa de sua instalação, o senhor falou sobre a necessidade de reconstruir a confiança quebrada por bispos que não trataram de forma adequada os casos de abuso. O senhor disse que responsabilizar os bispos é um "dever sagrado". Toda vez que eu vou para Chicago, minha cidade natal, fico impressionado com o quão abalados os católicos continuam com o caso McCormack. De acordo com essa pesquisa dessa revista de Chicago, a questão que os católicos da cidade estão mais preocupados é o abuso sexual. Mas quando se trata de prestação de contas dos bispos, muitas pessoas ainda se perguntam: Onde isso está acontecendo, ou como isso vai acontecer?
Eu sei que esse é um tema muito importante que vai ser decidido em breve pela Santa Sé e pela comissão de proteção de menores do papa, chefiada pelo cardeal Seán O'Malley. Em novembro, o cardeal deu uma entrevista ao programa 60 Minutes e indicou que isso tem de ser parte da equação. Faz parte de nossa boa administração em termos de governança. Tem que haver uma maneira na qual sejamos responsabilizados. Somos responsabilizados por má gestão financeira, por questões morais, mas também precisamos ser responsabilizados quando se trata de proteger os vulneráveis que estão sob nossos cuidados. Desta forma, eu sou totalmente favorável com aquilo que o cardeal O'Malley disse no programa 60 Minutes.
A Conferência Episcopal dos Estados Unidos, no entanto, em 2002, aprovou uma resolução sobre o nosso compromisso com a responsabilidade mútua. Tem que haver algum mecanismo pelo qual a Santa Sé possa desencadear isso também. Não é apenas a nossa parte, mas a Igreja universal tem que lidar com isso.
Deixe-me dizer algo também sobre as pessoas que estão realmente abaladas, como você disse. É um bom sinal de que elas estejam abaladas. Nós deveríamos estar abalados. Nós não deveríamos diminuir ou descartar isso como sem importância. Isso deve dizer algo para nós. Há uma sensibilidade saudável sobre o que é certo e errado. Talvez houvesse uma época no passado em que as pessoas diriam: "Bem, você sabe, as crianças vão se recuperar" ou "Realmente isso não vai prejudicá-las". Mas há uma maturidade - uma maturidade espiritual - e uma consciência social que as pessoas adquirem que lhes permitem ficar abaladas. E isso é bom. Deveríamos dizer às pessoas: "Vocês deveriam ficar abaladas por isso". Todos nós deveríamos ficar abalados por isso - de modo que isso não aconteça novamente.
Outro tema de sua homilia na missa de instalação foi a situação do imigrante. Por que há um impasse político e cultural persistentes sobre esta questão? Qual é o papel da Igreja em ajudar o país a libertar-se disso?
Algumas pessoas têm medo de que sejamos invadidos porque nossas fronteiras não parecem estar seguras. Nesta era de terrorismo, essa é uma preocupação que as pessoas têm. Nós temos que ser um país que age de acordo com suas leis e protege suas fronteiras. Dom José Gomez, de Los Angeles, escreveu um belo livro chamado "Immigration and the Next America", onde ele enfatizou isso. No entanto, ao mesmo tempo, muitas pessoas estão ignorando o fato de que as pessoas que vieram aqui foram convidadas, talvez não abertamente, mas pela criação de todo um sistema de trabalho que ninguém mais quer fazer.
Eu morei no sudeste do Estado de Washington nos últimos quatro anos, e posso afirmar que os produtores não seriam capazes de continuar os seus negócios sem as pessoas que vêm aqui, mesmo sem a documentação adequada, para fazer a colheita dos legumes e das frutas. Nós não estamos falando de pessoas que só querem entrar e violar nossas leis. Nós as convidamos criando este mercado de trabalho, e nós temos que admitir isso. Então, como você resolve todas essas preocupações, incluindo as aspirações do povo, que Deus lhes deu, para melhorar suas vidas familiares?
A outra parte do problema é que alguns imigrantes foram vítimas de violência em seus países. E por quê? Por causa das gangues. E porque as gangues? Por causa das drogas. Quem está dando-lhes o dinheiro para as drogas e as armas? Nós. Eu estou realmente surpreso que os líderes religiosos e civis não estão se manifestando mais fortemente para condenar os usuários recreativos de drogas que são, de fato, aqueles que financiam a violência, violência que as pessoas que vêm para este país estão tentando escapar. Essa é uma história que não foi contada. Temos a responsabilidade de levantar nossas vozes a respeito disso.
Como o senhor mencionou, o papa fala muitas vezes sobre a necessidade de promover uma cultura do encontro e de acompanhamento. Esta parece ser a chave de sua ideia de Igreja - uma igreja que sai de si mesma e não deve temer o desconforto que isso implica. Como é que essa abordagem está mudando o temperamento da Conferência Episcopal dos Estados Unidos?
As instituições são constitucionalmente propensas a proteger-se e serem conservadoras nesse sentido. Há inúmeras forças em nossa sociedade hoje que corroem a vida institucional. Não podemos ser ingênuos sobre isso. Há aqueles que gostariam de truncar a liberdade religiosa, especialmente da Igreja Católica, dada a sua presença na sociedade. Ao mesmo tempo, não podemos deixar que isso conduza nossa agenda. Isso é o que João Paulo II dizia: "Não tenhais medo". Temos que ser orientados à missão.
Nas leituras para a Festa da Assunção, Maria vai para a região montanhosa para visitar Isabel, e a imagem que fica é desse dragão - mencionado na primeira leitura do livro do Apocalipse - que está perseguindo Maria. Mas Maria não é controlada pela perseguição do dragão. No Evangelho que ouvimos, ela é orientada pelo seu desejo de ajudar Isabel. A Igreja tem que usar essa imagem para si mesma. A trajetória da nossa peregrinação não vai ser determinada por uma fuga das forças que estão por aí para nos prejudicar. Tem que ser uma trajetória que é determinada a ajudar as pessoas. É por isso que o papa disse que não podemos ser uma Igreja auto-referencial.
A ética do acompanhamento parece ter guiado o projeto do papa no recente Sínodo extraordinário sobre a família. Alguns bispos expressaram alguma confusão sobre essa reunião - seja sobre a cobertura da mídia sobre o sínodo ou sobre o que realmente ocorreu.
A mídia não tem culpa de tudo. Eu acho que os meios de comunicação informaram o que realmente ocorreu. O que realmente aconteceu no Sínodo foi que a maioria dos bispos votaram a favor de todas as propostas que estavam ali no documento final. E eu acho que o cardeal Timothy Dolan disse isso na reunião dos bispos em novembro. É verdade que três dos parágrafos [sobre o divórcio e os gays] não obtiveram o apoio de dois terços da maioria, mas eles tem mais do que a maioria. Isso é o que há de novo. Essa é a história. Esses temas polêmicos foram destacados, e a maioria dos bispos sinodais votou por propostas que diziam que é preciso considerar certos aspectos dessas questões.
O papa tem uma firme convicção de que o espírito do Senhor ressuscitado está trabalhando em nosso meio e está vivo nos corações das pessoas e não podemos silenciar essa voz. Temos que olhar para formas de ouvir como o Senhor está trabalhando nas vidas das pessoas. É por isso que o papa disse aos padres sinodais, "Não venham para o Sínodo e digam: 'Você não pode dizer isso'" - porque pode ser o espírito de Cristo que nos chama para dizer estas coisas. E nós temos que ouvir isso.
O Vaticano elaborou um outro documento para os bispos do mundo para o sínodo de outubro próximo, pedindo-lhes mais participação dos fiéis. Como o senhor pretende implementar isso aqui em Chicago?
Eu me reuni com o conselho de mulheres arquidiocesanas, com a liderança do conselho presbiteral e com o conselho arquidiocesano de pastoral. Eu dei-lhes a relatio do sínodo e pedi-lhes para propor uma maneira em que pode haver uma consulta eficaz - não necessariamente ampla - com os seus diferentes segmentos, para que eu possa ser informado, e os nossos sacerdotes possam ser informados a falar articuladamente para o nosso povo. Isso vai me ajudar a responder à Santa Sé. Ela também irá ajudar-me para falar com os meus irmãos bispos sobre isso, uma vez que iremos, provavelmente, abordar isso na nossa reunião de junho.
O que eu fiz no ano passado em Spokane eu quero fazer aqui também. Nós vamos ter uma apresentação de um dia inteiro para os sacerdotes, abordando dois temas: em primeiro lugar, quais são as questões canônicas que temos aqui? Um bom canonista irá dizer-lhes que existem várias maneiras em que podemos ser sensíveis às necessidades do nosso povo. Em segundo lugar, temos de descompactar essa noção de teologia da família. O cardeal Walter Kasper deu uma palestra sobre isso para os cardeais no ano passado, que foi publicada em forma de livro intitulado The Gospel of the Family [O Evangelho da Família]. Em Spokane, eu dei uma cópia para todos os meus sacerdotes. Então eu trouxe um padre que conhece muito bem a teologia do cardeal Kasper, Mons. John Strynkowski, e ele ajudou-nos a compreender o que Kasper está tentando nos dizer.
Acho que as pessoas estão cometendo um erro sobre o livro do cardeal Kasper. Elas só estão olhando para o quinto capítulo [que propõe que alguns católicos divorciados e recasados possam ser readmitidas à Comunhão]. Ele tem outros quatro capítulos sobre a teologia da família e o casamento que são imensamente ricos, e que temos que levar em consideração. E somente então você pode começar a olhar para as suas propostas, que são bastante limitadas em termos de uma possível aplicação.
As deliberações do Sínodo também levantaram questões teológicas subjacentes sobre a doutrina. O que o senhor acha que o próprio processo sinodal mostra sobre a natureza do ensinamento da Igreja?
A nossa tradição é uma tradição viva. Sempre foi. Não há nenhum momento da história que possa ser tão idealizado a ponto de debilitar a ideia de que a tradição é viva. É uma tradição viva não por causa de qualquer coisa que possamos dizer, mas porque Cristo ressuscitado está sempre fazendo algo novo na vida da Igreja. Na Evangelii gaudium, do Papa Francisco, há uma seção inteira onde ele fala sobre a ideia de que Cristo está sempre fazendo algo novo na vida de seu povo ao mesmo tempo em que o acompanha.
Eu lecionei teologia litúrgica por vários anos, e o ponto que eu fazia logo no início para os meus alunos era: imagine o que levou a Igreja primitiva a mudar a forma como ela celebrava a Eucaristia. Isto é evidente nas narrativas de Paulo e de Lucas. No início, havia um cálice de bênção, então vinha a fração do pão. Em seguida, eles tinham a refeição completa, e então, o segundo cálice. E, de repente - vemos isso em Coríntios - decidiram que a parte da refeição tinha que sair porque era uma fonte de divisão dentro da comunidade. Então, eles ficaram com a fração do pão e a bênção do cálice, sem a refeição. Pense em quanta imaginação isso demandou, e a mudança que deve ter ocorrido espiritualmente e culturalmente, para eles para remover a Eucaristia daquele contexto de refeição. Isso mostra que há uma tradição viva aqui.
É a mesma coisa em relação a ir do grego para o latim. Isso foi uma grande mudança. O grego era uma língua sagrada. Então você tem esse latim vulgar - é por isso que chamamos de Vulgata. Tome-se, um outro exemplo, a questão da circuncisão. Por isso, é uma tradição viva, mas o que isso revela é que não é tanto as ideias que temos. É o quanto nós somos sensíveis ao espírito de Cristo ressuscitado que move-se em nosso meio, criando algo novo na vida da Igreja. Essa é a humildade que somos chamados a ter - e essa é a conversão a que somos chamados a viver.
O papa disse que este é um momento em que todos nós somos chamados à conversão. Isso também é verdade para os líderes da Igreja. Será que estamos tão amarrados e confortados por uma forma particular a qual temos operado que ficamos imunes à graça da novidade de Cristo? Essa é uma pergunta muito importante para nós. Que tipo de conversão precisamos ter em nossas vidas como líderes neste momento?
O papa visitará a Filadélfia em setembro para a celebração do Dia Mundial das Famílias. O que você espera ver, já que existem muitas visões diferentes entre os católicos norte-americanos sobre algumas das questões características de Francisco, como a imigração e a justiça econômica?
Talvez há vozes que não concordam com o papa na questão de Cuba, em matéria de imigração, sobre a maneira como ele enxerga a economia. Mas se você conversar com as pessoas nos bancos das igrejas e outras também, a opinião sobre ele é extremamente positiva. Há respostas negativas de diferentes setores. Vejo alguns católicos que estão até mesmo criticando o movimento para restabelecer as relações diplomáticas com Cuba. Eles não estão criticando abertamente o papa por seu envolvimento neste processo. Mas as impressões digitais do papa estão por toda parte. Está claro que ele foi fundamental para que isso acontecesse. Se uma votação fosse feita hoje, ela iria mostrar que a grande maioria dos católicos estão eufóricos com o Santo Padre. Então, eu acho que a sua visita será um grande momento para a Igreja Católica neste país.
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Uma Igreja que escuta. Entrevista com o arcebispo de Chicago - Instituto Humanitas Unisinos - IHU