Por: André | 08 Abril 2014
Após o assassinato em Homs (Síria) do padre holandês Frans van der Lugt (foto), na manhã desta segunda-feira, 07 de abril de 2014, o diretor da Sala de Imprensa do Vaticano saudou a “grande coragem” desse padre jesuíta de 75 anos. Perguntado pelo I.Media, o padre Federico Lombardi deplorou a morte “de um homem de paz” que quis “ser fiel” ao povo sírio numa situação “extremamente arriscada e difícil”.
Fonte: http://bit.ly/OtYwvO |
A reportagem está publicada no sítio francófono I.Media, 07-04-2014. A tradução é de André Langer.
“É um homem de paz que morreu, declarou o padre Lombardi, um homem que, numa situação extremante arriscada e difícil, com uma grande coragem, quis continuar a ser fiel ao povo sírio ao qual dedicou sua vida e seu serviço espiritual durante muitos anos”. “Ali onde o povo morre, continuou o porta-voz do Vaticano, morrem também com ele os pastores fiéis”.
O padre Federico Lombardi, também jesuíta, expressou seu “orgulho” pelo padre Frans, mas também sua “gratidão” por ter tido “um confrade tão próximo daqueles que mais sofrem, no testemunho do amor de Jesus, até o fim”.
A Companhia de Jesus indicou, ao meio-dia de 07 de abril, que o religioso tinha sido “sequestrado por homens armados que o bateram e, em seguida, executaram com dois tiros na cabeça”, na frente da casa dos jesuítas em Homs.
Desde 1966 na Síria
Com 75 anos, o padre Frans van der Lugt viveu desde 1966 na Síria e, desde o começo do conflito, recusou-se a deixar o país. Escolheu ficar na velha cidade de Homs, sitiada, e compartilhar o dia a dia dos sírios.
Há algumas semanas o padre jesuíta tornou-se notícia ao lançar um apelo de ajuda, por intermédio de um vídeo na internet. “O maior problema é a fome, porque as pessoas não têm o que comer”, assegurava em seu apelo. “Muçulmanos e cristãos, vivem em condições difíceis e penosas, sofrem muito, mas, sobretudo, pela fome”, destacava ainda o religioso holandês antes de continuar: “É impossível continuar assim, nós necessitamos de uma ajuda real e nossos problemas devem ser levados em conta”.
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O Vaticano saúda a “grande coragem” do jesuíta holandês Frans van der Lugt, assassinado em Homs - Instituto Humanitas Unisinos - IHU