Por: André | 24 Fevereiro 2014
Os novos príncipes da “Igreja pobre e para os pobres”, segundo a ordem de criação, ajoelham-se e Francisco impõe-lhes o solidéu e o barrete cardinalício. Depois, o Pontífice designa a cada um deles uma Igreja de Roma, como “sinal de participação na preocupação pastoral do Papa na Urbe”. Depois da entrega da bula de criação cardinalícia e dos títulos e das diaconias, Bergoglio trocou com cada um dos novos cardeais o abraço da paz. O Consistório de hoje, sábado, passará para a história como o de dois homens vestidos de branco. Dois Papas para os novos cardeais.
A reportagem é de Giacomo Galeazzi e publicada no sítio Vatican Insider, 22-02-2014. A tradução é de André Langer.
Aos 18 novos cardeais (um deles não participou da cerimônia) e seu predecessor, Joseph Ratzinger, Francisco traçou, na Basílica de São Pedro, o manifesto espiritual e o “vade mécum” para aqueles que servirem à Igreja em vez de se servirem dela. “Ser discípulos de Jesus é embarcar numa aventura de santidade e de amor, cuja medida é a de não ter medida, e que pode exigir inclusive o dom da vida, como aconteceu e acontece com tantos cristãos no mundo”, explicou o novo cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado vaticano, em nome dos demais novos cardeais, durante sua saudação ao Papa Francisco no começo da cerimônia.
“Hoje, de certa maneira, ratificamos pública e solenemente esta opção”, precisou Parolin. Palavras em sintonia com o discurso do Pontífice. “A Igreja necessita de nós para que sejamos homens de paz e para que façamos a paz com as nossas obras, os nossos desejos e nossas orações – afirmou Bergoglio. O Evangelho nos purifica interiormente, ilumina as nossas consciências e nos ajuda a estar plenamente em sintonia com Jesus”.
Os novos cardeais que receberam neste sábado a púrpura são o secretário de Estado, Pietro Parolin, o secretário do Sínodo, Lorenzo Balidsseri, o prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Gerhard Ludwig Müller, e o prefeito da Congregação para o Clero, Benianimo Stella, o arcebispo de Westminster, Vincent Nichols, o de Manágua, Leopoldo José Brenes Solórzano, o de Québec, Gérard Lacroix, o de Abidjan, Jean-Pierre Kutwa, o do Rio de Janeiro, Orani Tempesta, o de Perugia, Gualtiero Bassetti, o arcebispo de Buenos Aires, Mario Aurelio Poli, o de Seul, Andrew Yeom Soo-jung, o de Santiago do Chile, Ricardo Ezzati Andrello, o de Ouagadougou (Burkina Faso), Philippe Ouédraogo, o de Colabato (Filipinas), Orlando Quevedo, e o de Les Cayes (Haiti), Chibly Langlois. Também entraram ao colégio cardinalício três com mais de 80 anos: o espanhol Fernando Sebastián Aguilar e o antilhano, Kelvin Edward Felix; Loris Capovilla receberá a púrpura depois, em sua residência de Sotto il Monte (em Bérgamo).
Após ter entregue o barrete a 17 dos novos cardeais no altar da Confissão, Francisco desceu à nave para aproximar-se de Jean-Pierre Kutwa, em cadeira de rodas, para impor-lhe o solidéu e o barrete. O Papa depois leu a fórmula oficial também para Loris Capovilla, ausente da cerimônia, e cuja púrpura será entregue em sua residência.
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Dois Papas e 19 novos cardeais no Consistório - Instituto Humanitas Unisinos - IHU