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Jerusalém: história e destino da cidade três vezes santa

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09 Dezembro 2017

“Se eu me esquecer de ti, Jerusalém, que seque a minha mão direita. Que a minha língua se cole ao paladar, se eu não me lembrar de ti e se eu não elevar Jerusalém ao topo da minha alegria!” (Salmo 136, 5-6).

As pungentes palavras de um poeta anônimo, forçado a se distanciar da cidade – talvez em exílio na Babilônia no século VI antes da Era Cristã – ecoam novamente as dos chamados salmos graduais ou das ascensões. Essas 15 composições (120-134 na numeração hebraica, 119-133 na grega e latina, mais difundida) eram provavelmente cantadas pelos peregrinos judeus que subiam à colina hierosolimitana, onde surgia o antigo santuário atribuído ao mítico soberano Salomão, destruído pelos babilônios e muito mais tarde reconstruído: “Nossos passos já se detêm junto aos teus umbrais, Jerusalém! Jerusalém é fundada como cidade bem compacta. Para ela sobem as tribos, as tribos do Senhor (…) Desejem a paz para Jerusalém” (121, 2-4.6).

O comentário é de Gian Maria Vian, publicado por L'Osservatore Romano, 07-12-2017. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Nessas palavras – mais tarde assumidas pelos cristãos e, graças a eles, enormemente difundidas (pense-se no destino litúrgico, musical e poético) – pode-se resumir o vínculo muito forte e inegável da antiga religião de Israel e, depois, do judaísmo com o então pequeno centro, destinado a um destino simbólico incomparável e a um destino histórico fascinante e trágico.

Emblemática do papel especial da cidade entre os judeus radicados em outras nações é a longa digressão que lhe é dedicada pela Carta de Aristeias. O texto judaico-helenístico é um belíssimo escrito de propaganda da segunda metade do século II antes da Era Cristã e deve a sua fama ao relato, de traços lendários bem enraizados na história, de como se havia chegado à versão grega das Sagradas Escrituras hebraicas, atribuída a 72 tradutores e, desde então, chamada "dos Setenta" [ou Septuaginta].

A descrição da cidade e do templo (o segundo santuário, reconstruído após a destruição da Babilônia) é posta na boca de embaixadores alexandrinos estupefatos:

“Quando chegamos ao lugar, observamos a cidade situada no centro de toda a Judeia (...) No topo, erguia-se o Templo, que tem dimensões grandiosas (...) O solo é inteiramente pavimentado com lajes de pedra e tem encostas na direção dos pontos adequados à canalização das águas que servem para purificá-lo do sangue das vítimas, porque, nos dias de festa, são oferecidos em sacrifício muitos milhares de animais (...) O ofício dos sacerdotes é incomparável pela força física que requer, pelo decoro e pelo silêncio (...) Reina um silêncio absoluto, tanto que pareceria que não há viva alma, enquanto os oficiantes chegam a 700 – e grande é a multidão daqueles que oferecem as vítimas – mas tudo ocorre com reverência digna da majestade divina (...) A visão geral de tal espetáculo desperta temor reverencial e assombro, a ponto de se pensar que chegamos em outro mundo, fora do nosso. Posso assegurar que quem quer que vá assistir à cena descrita será tomado por uma indizível admiração e estupor, e ficará abalado no seu íntimo pela marca de santidade implícita em cada detalhe” (83-99).

Dois séculos depois, tudo acabou: ao término da terrível guerra judaica narrada por Flávio Josefo, no ano 70, o grande templo, magnificamente restaurado por Herodes, o Grande, foi incendiado, enquanto, em 135, reprimida a última revolta antirromana, a cidade foi arrasada ao chão, e o seu nome apagado, substituído pelo pagão – desejado pelo imperador Adriano e execrável aos ouvidos dos judeus – de Aelia Capitolina.

Quem salvou a sua memória (e o seu nome) foram os cristãos, dos quais já ao redor do ano 170 estão atestadas peregrinações, como a do bispo Melitão de Sardes, que quis se documentar sobre as Escrituras judaicas lá “onde elas foram pregadas e se desenvolveram” (Eusébio de Cesareia, História Eclesiástica, IV, 26, 14).

E Eusébio observa que, no seu tempo – no início do século IV – dirigiam-se a Jerusalém os crentes em Cristo “de todas as partes do mundo, não, como no passado, para admirar o esplendor da cidade ou para rezar no antigo Templo”, mas sim “para admirar os efeitos da conquista e da destruição de Jerusalém” e, acima de tudo, “para rezar no Monte das Oliveiras em frente à cidade”, lá “onde se detiveram os pés do Salvador” (Demonstração Evangélica, VI, 18, 23).

O autor do renascimento religioso de Jerusalém e de toda a região foi Constantino, imperador entre 306 e 337, após a revolução pró-cristã de 312 e graças a uma imponente política edificatória que constelou de lugares de culto toda a Palestina, transformada em “terra santa” dos cristãos e cada vez mais meta de peregrinações, como Eusébio narra ainda com claro espírito antijudaico:

“As ordens recém-emitidas imediatamente tornavam-se operativas, e, assim, no mesmo lugar onde o Salvador foi sepultado, foi construída a nova Jerusalém, em contraposição à cidade antiga e famosa, que, após o cruel assassinato de nosso Senhor, foi abalada até sofrer a devastação extrema, pagando com isso o tributo pela culpa dos seus ímpios habitantes. Diante dela, o imperador, com suntuosa e pródiga munificência, edificou um monumento que testemunhava a vitória que o Salvador havia alcançado contra a morte, e talvez não seja errado identificar precisamente nesse monumento a novíssima Jerusalém anunciada pelos oráculos dos profetas, aquela Jerusalém em relação à qual inúmeros são os louvores celebrados longamente pelas profecias inspiradas pelo espírito divino. Antes de tudo, Constantino quis adornar o sagrado espéculo, porque o considerava o centro ideal do mundo inteiro: de fato, tratava-se do sepulcro embebido em perene memória, do lugar que conservava o troféu da vitória que o nosso grande Salvador havia alcançado contra a morte, do divino sepulcro, junto do qual um dia resplandeceu a luz do anjo que anunciou a todos os homens a boa nova da regeneração revelada através do Salvador” (Sobre a vida de Constantino, III, 33).

Na Basílica do Santo Sepulcro, Eusébio – testemunha quase incrédula da inversão do destino cristão em menos de 30 anos, da feroz perseguição diocleciana que se enfureceu contra a Palestina até o nascimento da “terra santa” – assim identificava a Jerusalém escatológica entrevista pelos profetas e que, depois, sempre permaneceu no pano de fundo da apocalíptica judaica.

Mas a história não terminou, e Jerusalém conheceu novas guerras e conquistas: no século VII, a breve temporada persa e, portanto, após a reconquista bizantina, o início em 638 da dominação muçulmana, apoiada pela sacralização islâmica da cidade: terceiro lugar santo do Islã – depois de Meca (meta da grande peregrinação muçulmana) e Medina – por causa do misterioso transporte noturno de Maomé narrado pelo Alcorão (XVII, 1), Jerusalém lembra no seu nome árabe, al-Quds, a absolutez da santidade divina.

Os quase 13 séculos da dominação islâmica – encerrada em 1917 pela entrada em Jerusalém das tropas britânicas – foram uma sucessão muitas vezes trágica de acontecimentos em que Oriente e Ocidente, sagrado e profano, misérias e sonhos, ideais e interesses políticos se misturaram inextricavelmente, como mostra de modo emblemático o caso das Cruzadas na história, na propaganda e no imaginário coletivo.

No entanto, também na Idade Moderna e Contemporânea, a mistura entre mitos religiosos e realizações políticas marcou a cidade, e o motivo é, em última análise, o valor escatológico de Jerusalém para os três grandes monoteísmos que cresceram um sobre o outro, um contra o outro, um com o outro, indissoluvelmente.

Assim, na Inglaterra anglicana do século XVII – como agora entre os fundamentalistas protestantes estadunidenses – refletia-se sobre o retorno dos judeus à Palestina e sobre a sua conversão final, prelúdio para a vinda final de Cristo, enquanto a crítica religiosa judaica foi a primeira a se opor às teorias do sionismo político, nascido perto do fim do século XIX e realizado no século XX, o século despedaçado pela catástrofe europeia da Shoah.

Sionismo e Shoá são historicamente os sinais do nascimento, em 1948, do Estado de Israel. E, na segunda metade do século XX – entre guerras e inescrupulosas políticas de poder de cada um dos adversários e dos seus defensores, que nunca olharam para o interesse dos povos, particularmente do palestino – parece uma miragem distante a paz invocada para Jerusalém pelo salmista.

A ofensiva terrorista em escala mundial – que até agora teve o seu auge no tremendo ataque de 11 de setembro de 2001 aos Estados Unidos, que que reserva, quase todos os dias, horríveis novidades – complicou muito o cenário internacional, no qual sempre se deve situar a já cinquentenária questão do Oriente Próximo e de Jerusalém.

E precisamente a condição da cidade parece ser hoje um símbolo do trágico impasse em que parece afundar toda esperança e do qual são expulsas as vozes que invocam uma solução negociável.

Para a cidade, anexada por Israel em duas fases (em 1948 e em 1967), a Santa Sé – que, desde 1994, tem relações diplomáticas normais com Israel – continua sendo favorável à resolução da Organização das Nações Unidas que, em 1947, desejava para Jerusalém um status especial garantido internacionalmente.

No contexto mais amplo da questão palestina, que exige uma solução urgente, a preocupação da Santa Sé é com a paz e com o apoio à presença católica e cristã na região. De fato, extremismos políticos e fundamentalismos religiosos estão cada vez mais reduzindo a consistência das diversas comunidades cristãs e até mesmo as peregrinações.

Depois de mais de meio século de sangue e de ódio – para se limitar à história recente – é preciso, pelo menos em Jerusalém, abandonar ressentimentos e reivindicações. O verdadeiro destino da cidade, nos três monoteísmos, é o escatológico. Os crentes devem ter consciência disso, rezar e agir; e quem não crê deve levar isso em consideração. No interesse de uma convivência finalmente tolerante e pacífica.

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