• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

Roraima lidera assassinatos de indígenas com 47 mortes, diz relatório do Cimi

Mais Lidos

  • As tensões surgiram pela primeira vez na véspera do conclave: o decano não mencionou Francisco na homilia e parabenizou Parolin no final

    LER MAIS
  • Especialistas internacionais e nacionais – Andrea Grillo, Maria Cristina Furtado, Faustino Teixeira, Ivone Gebara e Alzirinha Souza – apresentam suas primeiras impressões após a eleição de Robert Francis Prevost, o primeiro papa estadunidense da Igreja

    Papa Leão XIV. Desafios e expectativas. Algumas análises

    LER MAIS
  • Esquerdas governamentais, conciliatórias e apaziguadoras reduziram-se a “salvar o capitalismo dele mesmo” e não conseguem canalizar inconformidade e indignação, tarefa que o fascismo desejado e reivindicado pelas massas tomou para si com sucesso

    A internacional fascista como modo de vida. Entrevista especial com Augusto Jobim do Amaral

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    MPVM - 4º domingo de Páscoa – Ano C – A missão de cuidar da vida e cuidar da humanidade

close

FECHAR

Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • IMPRIMIR PDF

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

23 Julho 2024

No primeiro ano do governo Lula, além de Roraima, MS e Amazonas somam 79 assassinatos de indígenas.

A reportagem é de Leandro Barbosa, publicada por Agência Pública, 22-07-2024.

Entre os dias 13 e 14 de julho, em Douradina, cidade que fica aproximadamente a 3h de Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul (MS), indígenas Guarani-Kaiowá, da Terra Indígena (TI) Panambi – Lagoa Rica, retomaram parte de seu território ancestral que estava ocupado pela monocultura. O revide de fazendeiros da região foi imediato. Jagunços em caminhonetes pretas cercaram a retomada e começaram a atirar. No mesmo fim de semana, na cidade vizinha, Caarapó, outra retomada também foi atacada a tiros. Os ataques culminaram em ao menos duas pessoas baleadas, entre elas um cacique de 52 anos, além de uma liderança religiosa agredida nos braços e pernas e outros feridos.

Desde então, as retomadas continuam ameaçadas, com lideranças da região denunciando constantemente o terror vivido nos últimos dias. Além dos tiros, jagunços incendiaram a área em torno da retomada em Douradina. Nem mesmo a presença da Força Nacional na região intimidou os criminosos ou impediu os ataques. O cerco aos Guarani-Kaiowá limitou o acesso das comunidades à comida, resultando em vários pedidos de cestas básicas. Além disso, há denúncias de que estabelecimentos comerciais da cidade se recusam a vender comida aos indígenas.

A violência perpetrada contra essas comunidades condiz com as informações do relatório “Violência contra os Povos Indígenas no Brasil — 2023”, divulgado pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi) nesta segunda (22). O documento apresenta um retrato das diversas violências e violações praticadas contra os povos indígenas em todo o país.

De acordo com o relatório, o primeiro ano do governo Lula restabeleceu as ações de fiscalização e repressão às invasões em alguns territórios indígenas. Contudo, a demarcação de terras e as ações de proteção e assistência às comunidades continuam insuficientes. A publicação destaca que o ambiente institucional continuou a atacar os direitos indígenas, resultando na persistência de invasões, conflitos, violência contra as comunidades indígenas e altos índices de assassinatos, suicídios e mortalidade infantil.

Conforme a publicação, no último ano foram registrados 43 assassinatos de indígenas no Mato Grosso do Sul, colocando-o em segundo lugar no ranking nacional de violência contra essa população. Roraima lidera o ranking com 47 mortes, enquanto o Amazonas está em terceiro, com 36 casos.

Diante disso, a palavra que os Kaiowá encontraram para chamar o horror em que vivem é guerra. “Nós estamos numa guerra onde o povo Guarani-Kaiowá é massacrado. A gente não vai ficar em paz sem a demarcação, homologação e posse do nosso território”, afirmou um indígena da Panambi, que preferiu não se identificar por segurança.

Direito à terra

A luta dos indígenas Guarani-Kaiowá pela demarcação de suas terras no Mato Grosso do Sul dura décadas. No caso da TI Panambi – Lagoa Rica, a espera é desde 2011, quando 12,1 mil hectares de seu território foram identificados e delimitados.

Porém, seu processo de demarcação está paralisado dada a morosidade do Estado e medidas legislativas inconstitucionais como a Lei 14.701 e a PEC 40, que buscam instituir a tese do marco temporal, que propõe que os povos indígenas tenham direito apenas às terras que estavam ocupando na data da promulgação da Constituição Federal, em 5 de outubro de 1988. Tal tese foi considerada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Em um vídeo publicado neste sábado (20) pela Aty Guasu, a assembleia geral do povo Guarani-Kaiowá, uma ñandesy – liderança espiritual da comunidade –, em meio à PM e à Força Nacional na TI Panambi, reafirmou a resistência do povo e o seu direito à terra:

“Essa terra tem dono: essa terra é nossa! Ela nos foi entregue pelos nossos ancestrais. Essa terra foi feita por nossos encantados e foi deixada para nós. Nós vamos permanecer aqui. Nós pedimos que os invasores saiam daqui, porque esta terra pertence a nós. Nós queremos viver e plantar aqui. Queremos esta terra pros nossos netos. Para todas as crianças, à geração que está vindo. Estamos lutando por essa terra. Vamos morrer aqui mesmo! Não importa o ataque, morreremos aqui”.

A situação dos Kaiowá não é isolada. Indígenas de várias regiões do país, cansados da inação do Estado na demarcação de terras, estão retomando seus territórios, resultando em um alto número de conflitos. Em julho, pelo menos 13 ataques a indígenas foram registrados, principalmente em retaliação a retomadas e autodemarcações em estados como Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Ceará e Pará.

De acordo com o relatório do Cimi, do total de 1.381 terras e demandas territoriais indígenas existentes no Brasil, a maioria (62%) segue com pendências administrativas para sua regularização, conforme a base de dados da organização. São 850 terras indígenas com pendências, atualmente. Destas, 563 ainda não tiveram nenhuma providência do Estado para sua demarcação.

Situação que o relatório classifica como “violência contra o patrimônio”. Os registros dessa seção dividem-se em três categorias: omissão e morosidade na regularização de terras, na qual foram registrados 850 casos; conflitos relativos a direitos territoriais, que teve 150 registros; e invasões possessórias, exploração ilegal de recursos naturais e danos diversos ao patrimônio, com 276 casos.

O Ministério dos Povos Indígenas (MPI) informou na última terça (16), em conjunto com o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) e a Funai, que duas missões foram estabelecidas para mediar conflitos fundiários nos estados do Mato Grosso do Sul e do Paraná, após ataques com armas de fogo. O MPI ainda disse que os ataques contra os Kaingang no Rio Grande do Sul vêm sendo monitorados e acompanhados pelo ministério.

O MPI enfatizou que “a instabilidade gerada pela lei do marco temporal (lei 14.701/23), além de outras tentativas de se avançar com a pauta, como a PEC 48, tem como consequência não só a incerteza jurídica sobre as definições territoriais que afetam os povos indígenas, mas abre ocasião para atos de violência que têm os indígenas como as principais vítimas”.

Nos três casos destacados pelo MPI (Avá-Guarani no PR, Guarani-Kaiowá no MS e Kaingang no RS), houve incêndios criminosos nas retomadas. Os agressores incendiaram malocas e matas ao redor. Em todos os casos, denunciam os indígenas, os ataques ocorreram horas após a saída de representantes do ministério e apesar da presença da Força Nacional deslocada pelo governo federal para as regiões.

Omissão do poder público

O ano de 2023 também foi marcado pela omissão de agentes públicos em situações relacionadas à morte de indígenas, que poderiam ter sido evitadas. Segundo o relatório, foram registradas 1.040 mortes de crianças indígenas de 0 a 4 anos, principalmente no Amazonas (295), Roraima (179) e Mato Grosso (124). A maioria das mortes foi causada por doenças evitáveis, como gripe e pneumonia (141), diarreia e gastroenterite (88) e desnutrição (57).

Além disso, ocorreram 180 suicídios de indígenas, com os maiores índices no Amazonas (66), Mato Grosso do Sul (37) e Roraima (19). Houve 344 casos de desassistência, incluindo educação (61), saúde (100) e desassistência geral (66).

O documento destaca a situação crítica dos povos indígenas em isolamento voluntário em 2023. Dos 119 registros de isolados feitos pela Equipe de Apoio aos Povos Livres (Eapil) do Cimi, 56 estavam em terras indígenas que sofreram invasões ou danos. Além disso, 37 registros de isolados fora de terras reconhecidas não receberam proteção adequada. A maioria das operações de fiscalização foi insuficiente, e lideranças de TIs como Vale do Javari, no Amazonas, e Karipuna, em Rondônia, continuaram denunciando a presença de invasores.

O relatório ainda frisa que a falta de infraestrutura escolar, sanitária e de água potável, agravada pela crise climática, aumentou a vulnerabilidade das comunidades indígenas.

Leia mais

  • Número de indígenas assassinados no Brasil subiu 15% em 2023
  • Violência contra indígenas persistiu em 2023, ano marcado por ataques a direitos e poucos avanços na demarcação de terras
  • Quase 800 indígenas foram assassinados durante governo Bolsonaro, aponta relatório
  • Cimi lança Relatório de Violência contra povos indígenas no Brasil com dados de 2022 e retrato das violações sob governo Bolsonaro
  • Cimi lança relatório anual de violência contra os povos indígenas no dia 17 de agosto, em Brasília (DF)
  • Relatório de Violência contra os povos indígenas: “Coragem para continuar a missão de denunciar”
  • Cimi entrega exemplar de Relatório de Violências Contra os Povos Indígenas para Alta Comissária da ONU
  • A exclusão de indígenas do plano de vacinação é um contrassenso político e humanitário, afirma o Conselho Indigenista Missionário - CIMI
  • O desmonte da saúde indígena é uma pandemia à parte, constata Conselho Indigenista Missionário - CIMI
  • Mineradora Vale perde ação que movia na Justiça contra o Cimi
  • Dom Roque Paloschi: Marco Temporal, “o CIMI não pode arredar o pé dessa sua missão de estar junto com os povos indígenas”
  • Aprovação do PL 490 pela Câmara ataca direitos indígenas, a Constituição e a democracia. Nota do CIMI
  • Cimi repudia acusações falsas e difamatórias proferidas por deputados do Mato Grosso do Sul
  • Semana Laudato Si’: secretário-geral da CNBB pede que “Terra, humanidade e a esperança nunca sejam separadas”
  • 60ª Assembleia CNBB avança na eleição de presidentes de comissões
  • “Cenário no Brasil é de retrocesso, com agravamento das violações de direitos dos povos indígenas”, adverte Dom Roque Paloschi
  • Violações de direitos humanos e responsabilidade de empresas: a situação dos povos indígenas e as normas internacionais
  • Direitos das Comunidades Indígenas sobre a água
  • “As comunidades indígenas são elas que sabem mais sobre como forjar o futuro do planeta”, afirma Santos, ex-presidente colombiano
  • PL 490 ataca direitos territoriais indígenas e é inconstitucional, analisa Assessoria Jurídica do Cimi
  • A Funai na desconstituição dos direitos territoriais indígenas
  • Direitos territoriais dos povos indígenas sob ameaça
  • Vetos de Lula freiam recuos ambientais, mas retiram da Funai demarcações de terras indígenas
  • ATL 2023: Documento final reafirma a necessidade de avançar nas demarcações de terras indígenas
  • Uma tragédia anunciada. “A Igreja de Roraima ficou junto aos povos indígenas contra tudo e contra todos, e tem pago um preço muito caro”. Depoimento de Dom Roque Paloschi, presidente do CIMI

Notícias relacionadas

  • A prática do sacrifício, hoje, é a prática da barbárie. Entrevista especial com Xabier Etxeberria Mauleon

    LER MAIS
  • A ambígua e ineficiente política indigenista brasileira. Entrevista especial com Egydio Schwade

    LER MAIS
  • O grito de Jesus na cruz e seus ecos na contemporaneidade. Entrevista especial com Francine Bigaouette

    LER MAIS
  • Quinto vazamento de petróleo do ano pinta de preto a Amazônia peruana

    Horas depois do Dia Internacional dos Povos Indígenas, as imagens de fontes de água da Amazônia tingidas de petróleo volta[...]

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados