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Haiti. As gangues reforçam o seu controle em um país sufocado pela violência

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16 Abril 2024

Porto Príncipe, a capital, está submersa no caos, e os grupos armados levaram a sua ofensiva para locais antes considerados seguros.

A reportagem é de Tom Phillips e Étienne Côte-Paluck, publicada originalmente por The Guardian e reproduzida por El Diario, 14-04-2024. A tradução é do Cepat.

Nielsen Daily Fierrier se atirou no chão enquanto os combatentes das gangues e policiais atiravam uns contra os outros em frente à sua casa, perto da capital haitiana, no final do mês passado. “Das 6h às 18h, os tiros mal pararam”, diz este eletricista de 25 anos, de Pétion-Ville, um bairro de classe média nas colinas ao sul de Porto Príncipe.

“Pela manhã, aconteceram pausas breves, de três a quatro minutos, antes da retomada dos tiros. Contudo, durante a tarde, o tiroteio foi ininterrupto”, disse Fierrier sobre os confrontos, nos quais vários vizinhos ficaram feridos e um morreu. “Havia saído sem um documento de identificação e, aparentemente, atiraram nele por engano”, conta o eletricista, com a voz embargada de emoção. “Era alguém da região, estava voltando para casa”.

Não muito longe, um cooperador britânico também estava agachado à espera de uma trégua. A região costumava ser considerada um santuário relativamente seguro no que diz respeito a episódios de violência e catástrofes naturais, conta Matt Knight, da organização humanitária GOAL, enquanto se ouvem tiros do lado de fora. “Agora, o confronto chegou a Pétion-Ville”.

Espalhar o terror nos “distritos mais ricos”

Semanas após uma coalizão de grupos criminosos chamada “Viv Ansanm” (Viver Juntos) submergir a capital do Haiti no caos, por meio de uma ofensiva arriscada contra o Estado, a violência continua e já adentrou em lugares que por muito tempo foram considerados oásis de calma. Os motivos por trás desse avanço para regiões como Pétion-Ville, Laboule e Thomasin não estão claros.

Amy Wilentz, jornalista estadunidense que cobre o Haiti há quase quatro décadas, acredita que estes ataques, muito incomuns, buscam intimidar os membros da elite política e econômica que vivem nestes enclaves e que poderão fazer parte de um futuro governo, depois que Ariel Henry, o primeiro-ministro, foi forçado a renunciar devido à insurreição das gangues. “É tudo calculado... e dá muito medo”, diz Wilentz.

Emmanuela Douyon, ativista e escritora haitiana, considera que semear o terror nos distritos mais ricos é, em parte, uma forma de projetar poder e ganhar território, mas que fundamentalmente se trata de uma estratégia dos grupos armados para se passarem por revolucionários que desafiam os ricos em nome das massas oprimidas do Haiti.

Em declarações à Sky News – um dos poucos meios de comunicação estrangeiros que chegaram a Porto Príncipe, desde o início da revolta, em 29 de fevereiro –, o principal porta-voz das gangues atacou as elites corruptas do Haiti e a distância “indecente” entre ricos e pobres. “Temos as armas nas mãos e é com as armas que devemos libertar este país”, declarou Jimmy Chérizier, um famoso líder de gangue conhecido como Barbecue, à rede britânica.

Douyon e muitos outros haitianos rejeitam tal atitude. “Estão adotando este discurso e esta narrativa apenas para conquistar a simpatia das pessoas e para que sejam perdoados pelo que fazem”, diz a ativista. Muitos suspeitam que eles estão usando a violência para forçar os futuros líderes do Haiti a lhes conceder uma anistia. “Ninguém no Haiti acredita que aqueles que fazem parte de uma gangue sejam revolucionários”, acrescenta Douyon. “São estupradores, assassinos, sequestradores”.

Robert Fatton, professor de Política Haitiana, na Universidade da Virgínia, concorda que as gangues “estão tentando se apresentar como revolucionárias, [embora] não tenham nada de revolucionárias”. “A maioria desses grupos foi financiado e criado por políticos e elites empresariais e agora possui muita autonomia em relação a essas forças e desfrutam desse poder”, diz Fatton. E acrescenta: “Ao menos em minha opinião, isto não representa nenhum tipo de levante popular e muito menos uma revolução”.

Revolução ou não, é inegável que a insurreição abalou a capital haitiana, com incêndios e saques a delegacias e escritórios governamentais, com o fechamento do aeroporto e milhares de presos libertados da prisão.

A ONU alertou que o Haiti enfrenta uma “situação de cataclismo”, com as instituições estatais “à beira do colapso”, a violência fora de controle e 1,4 milhão de pessoas “a um passo da fome”, ao mesmo tempo em que o já frágil sistema de saúde haitiano também está à beira do abismo: 18 instituições de saúde da região da capital não funcionam mais, incluindo o maior hospital público do país, o Hospital da Universidade Estadual. Mais de 1.500 pessoas morreram nos primeiros três meses deste ano, frente aos 4.451 falecidos ao longo de todo o ano de 2023.

“O vazio de governo no Haiti deixou a todos lutando pelo poder e o domínio. Acredito que é isso que estamos vendo... É uma batalha campal”, disse Wilentz, que compara a agitação com o dechoukaj (desenraizamento), a pilhagem e a violência que vieram com a queda do ditador Jean-Claude Duvalier, o “Baby Doc”, em 1986. “Isto é como um dechoukaj gigante, mas naquele só houve facões e pedras. Foi grotesco, mas ninguém tinha armas”.

O levante de 2024, ao contrário, está acontecendo com a ajuda de um grande e sofisticado arsenal de armas semiautomáticas, em sua maioria contrabandeadas dos Estados Unidos graças às suas leis frouxas sobre armas de fogo. “É chocante que, apesar da situação terrível, as armas continuem entrando. Faço um apelo a uma aplicação mais eficaz do embargo de armas”, declarou o comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk.

À espera do Conselho de Transição

Há quem acredite que a chave para uma possível solução está no Conselho Presidencial de Transição, que está sendo constituído com a esperança de conduzir o país caribenho a novas eleições. Atualmente, o Haiti não tem representantes eleitos e não tem um presidente eleito desde 2021, ano em que o então presidente Jovenel Moïse foi assassinado em sua casa.

O Conselho também tem a tarefa de preparar o caminho para a chegada de uma contestável “missão de apoio à segurança”, uma operação multinacional liderada pelo Quênia, supostamente concebida para ajudar a força policial haitiana em sua luta contra as gangues que, segundo se acredita, têm quase toda a capital sob o seu controle.

Na primeira declaração do Conselho, oito dos nove membros se comprometeram a trabalhar em conjunto para restaurar a “ordem pública e democrática” e “aliviar o sofrimento do povo haitiano, preso há muito tempo entre o mau governo, a violência multifacetada e o desprezo a suas opiniões e necessidades”. “Estamos em um momento crucial”, declarou o grupo, que inclui representantes de partidos políticos como Fanmi Lavalas e Pitit Desalin, da sociedade civil e do setor privado. “É imperativo que todo o país se una para superar esta crise”.

Na Semana Santa, houve tímidos sinais de uma trégua na violência, mas, por enquanto, há poucos indícios de que haverá uma paz duradoura. Na última segunda-feira, eclodiram violentos confrontos no grande parque Champs de Mars, nas imediações do Palácio Nacional, tiroteios que ocorreram após vários dias de uma calma tensa em alguns pontos da capital.

Na última quinta-feira, o Programa Mundial de Alimentos revelou que a fome atingiu níveis recordes no país, em meio à atual espiral de violência. Mais de 53.000 pessoas foram deslocadas da capital pelos confrontos, segundo a ONU, enquanto Estados Unidos, Canadá e França transportaram centenas de seus cidadãos, em helicópteros, para colocá-los a salvo.

“Para mim, a mensagem que está sendo dada [com essas evacuações] é que nada vai ser feito e que todos estão com muito medo das gangues para deixarem seus cidadãos neste turbilhão”, diz Wilentz, que alerta sobre as consequências humanitárias desastrosas para milhares de pessoas deixadas para trás.

“É um cerco, é uma guerra”, acrescenta. “E quando as pessoas estão nesse tipo de situação desesperadora, tendem a pegar suas coisas e irem para a costa mais próxima. Então, entram nos barcos e muitas morrem na água”.

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