O Papa Francisco está comprometido com a escuta, uma das melhores maneiras de conhecer a realidade, e para isso, como já fez com os jovens da América e da África, em 26 de setembro, às 15 horas (horário de Roma), ele ouvirá os jovens do sul da Ásia. Este é o terceiro "episódio" da experiência "Construindo Pontes", organizada por Emilce Cuda, secretária da Pontifícia Comissão para a América Latina, e Peter Jhons, do Instituto de Estudos Pastorais e do Escritório de Participação Global e Comunitária da Universidade Loiola de Chicago.

Desta vez, o encontro será com estudantes de seis universidades do Paquistão, Nepal e Índia. O objetivo é "refletir e discernir sobre suas preocupações sociais comuns", com representantes dos 12 grupos de trabalho, de várias origens e graduações, como Psicologia, Administração, Física, Direito, Ciência da Computação, Química, Filosofia e Economia, reunidos anteriormente para tratar de diferentes questões.

A reportagem é de Luis Miguel Modino.

O encontro, que será realizado via Zoom, terá tradução simultânea em inglês, hindi e espanhol, e será transmitido no site da Building Bridges Initiative, clicando aqui.

Esses encontros podem ser vistos como outro exercício de sinodalidade, com o qual a Universidade Loyola, de Chicago, e a Pontifícia Comissão para a América Latina querem avançar nesse caminho de diálogo que é tão insistente neste caminho sinodal iniciado em fevereiro de 2022, envolvendo estudantes em grandes regiões geográficas, que foram acompanhados enquanto participam da escuta, do diálogo e do discernimento em torno de preocupações sociais compartilhadas, que depois apresentam ao Santo Padre.

Entre os valores e as prioridades desses eventos, o primeiro em 24 de fevereiro de 2022, com estudantes de todas as Américas, e o segundo em 1º de novembro de 2022, com estudantes da África Subsaariana, em colaboração com a Rede Católica Pan-Africana de Teologia e Ministério Pastoral e o Centro de Catolicismo Global e Teologia Intercultural da Universidade DePaul, está o propósito de preencher as lacunas entre povos e culturas, construindo pontes para possibilitar locais de encontro autêntico; preocupação e discernimento mútuos; liderança e trabalho compartilhado.

Esses alunos devem ser capacitados e apoiados para construir pontes e relacionamentos duradouros que levem à compreensão mútua, à compaixão e à sabedoria compartilhada, uma dinâmica que possibilite soluções e projetos concretos para a sustentabilidade ambiental, a justiça econômica e o desenvolvimento humano integral.

A metodologia é sinodal, seguindo o que o Papa deseja, que não "desçamos a discussões inúteis e improdutivas", mas busquemos discernir para agir. Uma dinâmica que adquire especial importância se considerarmos que ocorre poucos dias antes do início da primeira sessão da Assembleia Sinodal. Uma expressão de sinodalidade com a qual querem fazer uma Opção Preferencial "com" os estudantes, reunindo as experiências, as perspectivas, a sabedoria e as vozes dos vários participantes, como destacam os organizadores.

Foto: Luis Miguel Modino

A Opção Preferencial também é para aqueles que estão nas periferias, aqueles que se encontram em espaços e momentos de limites, aqueles que têm experiências de desemprego, pobreza, violência e poluição ambiental, e aqueles que estão imersos, estudam e trabalham pela justiça nessas áreas. Tudo isso para ajudar aqueles que ocupam as margens da sociedade e raramente experimentam a liberdade e o acesso à plataforma necessários para oferecer seu conhecimento, visão e esperança.

Embora apenas alguns falem ao Papa Francisco, os organizadores insistem que todos os alunos estejam representados, pois esses representantes compartilharão a sabedoria de seu grupo e transmitirão o espírito do trabalho, dos comentários, das perguntas e das esperanças de seu grupo.

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