Um grupo católico LGBTIQA+ da Austrália juntou-se à lista de grupos pró-LGBT que receberam elogios do Papa Francisco. A carta, entregue por uma freira com histórico de dissidência e censura por parte do Vaticano, gerou polêmica.

A reportagem é de Rolando Tobit Bonilla, publicada por Catolin, 24-08-2023.

Com sede na Austrália, o grupo Acceptance se descreve como um espaço totalmente inclusivo para católicos LGBTIQA+ e suas famílias. Apesar da ausência de referências aos ensinamentos católicos sobre moralidade e castidade, o grupo procura celebrar “o amor de Deus” e promover a inclusão que sentem que Deus exige.

Para comemorar o seu 50º aniversário, o Papa Francisco enviou uma “nota manuscrita” ao grupo. A freira que entregou a mensagem, Irmã Jeannine Gramick, informou que o Papa expressou “felizes saudações neste momento do seu aniversário” e rezou para que os membros do grupo “se apaixonassem mais por Nosso Senhor Jesus Cristo”.

Gramick acrescentou que Francisco declarou que estava orando para que os membros do grupo de defesa LGBT “se apaixonassem mais por nosso Senhor Jesus Cristo”.

Embora os detalhes completos da carta não tenham sido divulgados, o grupo de Acceptance agradeceu ao papa pela sua “mensagem calorosa e encorajadora” e pelo apoio que ele oferece na continuação da sua missão de proporcionar um ministério acolhedor aos católicos LGBTQ+, afirmando a sua dignidade e a sua dignidade católica.

O Pe. Claude Mostowik, antigo coordenador nacional do grupo, elogiou a validação de Francisco e seu apoio a um espaço inclusivo para a comunidade LGBTQ+ dentro do catolicismo. “Este marco inspira-nos a continuar a nossa defesa, fomentando a compreensão e promovendo o diálogo entre as pessoas de fé LGBTQ+ e a Igreja”.

Angela Han, coordenadora do grupo em Perth, considerou que a mensagem do papa reflete “a acolhida, a inclusão, a compaixão e a aceitação”, afirmando o importante papel que o Acceptance tem desempenhado no apoio às pessoas de fé LGBTQ+ nas últimas cinco décadas.

A história do Acceptance salienta sua marca como um dos grupos pró-LGBT mais antigos dentro do catolicismo. Desde a década de 1970, eles oferecem missas LGBT semanais, adotando uma abordagem evangélica inclusiva. No entanto, não há menção se o grupo promove os ensinamentos tradicionais da Igreja sobre moralidade e castidade.

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