Carta aberta ao Papa Francisco de pais e mães de pessoas LGBTQ+

Foto: Lisett Kruusimäe | Pexels

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14 Agosto 2023

Cremos e esperamos com todas as nossas forças que chegue a hora, e o Sínodo Universal é, a nosso ver, o kairós do Espírito, onde a doutrina que provocou e ainda provoca tantas dilacerações e sofrimentos, torne-se fonte de alegria e de louvor.

Publicamos aqui a carta aberta publicada pela Rede 3VolteGenitori, uma rede italiana de pais e mães cristãos de filhos e filhas LGBTQ+. O artigo foi publicado por Fine Settimana, 11-08-2023. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

Caríssimo Santo Padre,

Como pais e mães fiéis de filhos e filhas LGBTQ+, sentimos como nossa a dor de pai que vê os irmãos divididos e mais ainda a dor do Pai dos céus que vê sendo blasfemado o projeto de amor que tem por esses nossos filhos nos gritos blasfemos proferidos durante uma Celebração Eucarística na JMJ de Lisboa: “Vão todos arder no inferno!”, como ficamos sabendo pelo jornal La Repubblica.

Esses gritos rasgaram o véu de acolhida “presente nos olhos, nas mentes, nos corações dos muitos participantes do ‘Rainbow Center’ que fizeram com que esses nossos filhos e filhas se sentissem bem-vindos e apoiados”, levando a morte para dentro de seus corações.

“Na Igreja, há lugar para todos, não tenham medo: TODOS, TODOS, TODOS”, foram as suas palavras sinceras que acolhemos não mais como esperança, mas como promessa!

Pois bem, essas palavras que acreditamos serem verdadeiras, “esses maravilhosos ideais puramente cristãos, esperam ser traduzidos em gestos concretos, a fim de mudar as formas, os modos e as doutrinas da nossa amada Igreja”.

Como pais e mães desses filhos, filhas, filhes, que bem conhecem seu coração, podemos afirmar com toda a verdade que não são objetivamente inclinados à desordem nem seus atos são intrinsecamente desordenados, mas que esse amor também é objetivamente inclinado ao bem, ao belo, ao bom, do modo que lhes é dado.

Podemos afirmar que o fato de se darem amor recíproco e fiel na alteridade das pessoas, na fecundidade de gerar o outro, no serviço ao bem comum doa uma felicidade recíproca e leva a humanidade del*s à maturação, a cumprimento, isto é, dá glória ao projeto de amor de Deus sobre el*s.

Cremos e esperamos com todas as nossas forças que chegue a hora, e o Sínodo Universal é, a nosso ver, o kairós do Espírito, onde a doutrina que provocou e ainda provoca tantas dilacerações e sofrimentos, torne-se fonte de alegria e de louvor.

“Amor e verdade se abraçarão, justiça e paz se beijarão” (Salmo 85). Essas são as nossas esperanças sobre as quais invocamos sua bênção operosa.

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