18 Julho 2023
Pesquisa “Múltiplos usos da Bíblia na sociedade moderna”, conduzida por teólogos da Universidade de Leipzig liderados pelos sociólogos da Religião Gert Pickel e Alexander Deeg, constatou que na terra de Lutero apenas 1,5% dos alemães lê a Bíblia todos os dias, 3,2% semanalmente e 30% a ela recorrem pelo menos uma vez ao ano.
A reportagem é de Edelberto Behs.
Os pesquisadores entrevistaram 1.209 pessoas a partir de 16 anos de idade, por telefone ou digitalmente. Desses, um terço era filiado ao protestantismo, um terço ao catolicismo e um terço sem qualquer filiação religiosa. Um pouco mais de 40% do universo ouvido tinham uma Bíblia impressa. O estudo também constatou que mais homens do que mulheres leem o “Livro dos Livros”.
Em entrevista ao portal News4Teachers, Pickel se disse “surpreso com o uso relativamente baixo da Bíblia entre católicos e protestantes”. Entre os não-leitores, 80% alegaram que não viam razão para ler a Bíblia. Entretanto, até 40% das pessoas sem denominação acham interessante o conteúdo do livro. O estudo indicou ainda que a Bíblia “é importante como patrimônio cultural para a sociedade”, apontou o sociólogo.
Pickel explicou que a socialização bíblica ocorre entre os 4 aos 14 anos de idade, em salas de aulas de religião nas escolas, nos serviços religiosos, na escola dominial, na família. Deeg entende que é possível aumentar o interesse geral pela Bíblia com ofertas novas e criativas, além dos locais clássicos.
Ele mencionou o projeto 929 em Israel, que oportuniza em rede social a leitura de 929 capítulos da Bíblia, cada um a cada dia, e depois há troca de informações entre os leitores por meio de aplicativo. Pickel disse que a expansão das ofertas digitais pode atrair mais o público jovem.
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Alemães pouco leem a Bíblia - Instituto Humanitas Unisinos - IHU