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Todos os demônios da Bíblia. Artigo de Giuseppe Barbaglio

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04 Março 2023

Como já fizemos em outras ocasiões, reproduzimos mais uma vez (a sexta em 16 anos de revista!) o lúcido artigo que Giuseppe Barbaglio escreveu em 1986 sobre o tema dos anjos e demônios: "a crença (nos anjos e no diabo) é parte integrante da mensagem religiosa da Bíblia, ou deve ser incluída entre os escombros de natureza cultural?... parece que se pode defender, com conhecimento de causa, que o que a Bíblia afirma sobre os anjos e o demônio tem um valor funcional, puramente funcional. Quero dizer, não pertence à mensagem vital que se quer comunicar, mas constitui um modo simbólico, imaginário, culturalmente datado, típico de círculos restritos, de expressar artigos fundamentais de fé”.

O artigo é de Giuseppe Barbaglio, teólogo e biblista italiano, publicado por Il Manifesto, 26-09-1986. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Neste verão, durante as audiências das quartas-feiras, o papa falou longamente sobre a crença católica nos anjos e no diabo. Surpreendentemente, nasceu uma discussão animada nos jornais, porém limitada ao tema demoníaco, com intervenções de “leigos” e crentes: ouviram-se vozes de consenso e tomadas de posição de dissenso (também de matriz católica); alguns chegaram a zombar do ponto de vista do papa e alguns acreditaram ver nele um dogma católico como qualquer outro e, portanto, um patrimônio da Igreja, digno de respeito, senão de aceitação. Também não faltaram argumentações sutis sobre qual dos dois lados opostos teria o ônus probandi.

Na realidade, o papa havia constantemente se reportado à Bíblia, fonte religiosa da maior autoridade aos olhos dos crentes, sejam eles cristãos ou judeus. A esta altura, poderíamos ser tentados a concluir que, para os crentes, a última palavra já foi dita e que a crença nos anjos e no diabo parece ser um dado incontestável. No entanto, parece necessário fazer a pergunta: a mencionada crença é parte integrante da mensagem religiosa da Bíblia, ou deve ser incluída entre os escombros de natureza cultural que uma interpretação rigorosamente histórica dos textos sagrados deixa para trás sem remorsos? É claro que, para uma leitura de tipo fundamentalista da Bíblia, que se acredita ser um livro baixado diretamente do céu à terra, esse ponto de interrogação parecerá até blasfemo. Mas assim, querendo ou não, seríamos empurrados de volta para o tempo das discussões sobre o famoso "Detém-te, ó sol!" de Josué e da condenação eclesiástica de Galileu.

Hoje, também para os católicos, a leitura histórica dos textos bíblicos representa uma aquisição de posse pacífica. Só que o mesmo não pode ser dito dos resultados concretos do método abstratamente aceito.

Pois bem, parece se poder defender, com pleno conhecimento de causa, que o que a Bíblia afirma dos anjos e do diabo tem valor funcional, puramente funcional. Quero dizer que não pertence à mensagem vital que se quer comunicar, mas constitui um modo simbólico, imaginário, culturalmente datado, próprio de círculos restritos, de expressar artigos fundamentais de fé. Em concreto, se alguém acredita em um Deus transcendente, parece lógico que os homens de cultura monárquico-oriental o representem sob a forma de um poderoso soberano sentado em um trono e circundado por um colorido cortejo de anjos que o exaltam e o servem (cf. Is 6,1ss).

Se formos particularmente sensíveis à transcendência e espiritualidade de Deus, todo cuidado evitará colocá-lo em contato imediato com o mundo e os homens, introduzindo os anjos como mediadores. Estes, de fato, são por definição mensageiros de anúncios divinos. Ao contrário, a chamada corrente javística, por exemplo, não trai nenhum escrúpulo em humanizar Deus e, portanto, não precisa recorrer aos anjos para confessar e expressar sua fé em Deus que se comunica com os homens.

Acima de tudo, não há dúvida de que as Sagradas Escrituras hebraicas conhecem como mediadores paradigmáticos entre Deus e seu povo, Moisés e os profetas, portanto os homens.

Sempre procedendo por exemplificação, se nos Evangelhos de Marcos, Mateus e Lucas é um anjo que anuncia às mulheres espantadas diante do túmulo vazio de Jesus: “O crucifixo ressuscitou!”; por sua vez, Paulo, teólogo avisado e refinado, afirma com veemência que recebeu o anúncio da ressurreição de Jesus por revelação direta divina, enquanto chega à humanidade através da palavra dos apóstolos. Em todo caso, as Escrituras cristãs atestam uniformemente que Jesus de Nazaré é o único mediador entre Deus e o homem (cf. primeira carta a Timóteo 2,5) e o mensageiro, portanto o "anjo", da palavra definitiva do Pai ao mundo (cf. o Evangelho de João). Por isso, talvez não seja coincidência que nas tradições evangélicas mais antigas, que não incluem os relatos do Natal e da Epifania de Jesus, esteja ausente qualquer "aparição" angélica.

Quanto ao diabo ou Satanás, os próprios testemunhos bíblicos mostram um desenvolvimento cultural de abordagem do problema, muito precavido, da solicitação ao mal. No livro de Gênesis a linguagem parece ter um timbre decididamente mitológico: é a serpente, “o animal mais astuto do campo”, que induz os progenitores à rebelião contra Deus (cf. cap. 3).

Muitos séculos depois, de acordo com o livro da Sabedoria, originalmente escrito em grego e nascido na iluminada diáspora hebraica de Alexandria no Egito, o pecado original de Adão e Eva foi consumado "por inveja do diabo" (cf. 2,24). Escrevendo aos cristãos de Roma, Paulo de Tarso explicará a tragédia originária da humanidade apelando para um mecanismo perverso interno ao homem, para uma espécie de Superego que escraviza a pessoa, a que teologicamente chamou de "o Pecado" (cf. 5,12ss). Em resumo, três maneiras diferentes de explicar a mesma realidade: um mal obscuro está presente na existência e na história humana desde as origens.

O prólogo do livro de Jó põe em jogo, como tentador do piedoso protagonista desse drama religioso, um ser celeste pertencente à corte de Deus, precisamente Satanás, ou seja, o tentador. Mais tarde, já totalmente "demonizado", Satanás fez sua aparição na vida de Jesus: assim contam os relatos evangélicos de suas tentações. Mas o Evangelho de Mateus conservou para nós a seguinte invectiva do Mestre a Pedro: "Para trás de mim, Satanás!" (16,23). Foi, portanto, o apóstolo quem revestiu historicamente o papel do grande tentador de Cristo. E a carta de Tiago esclarece, em princípio, de onde vem a instigação ao mal: de dentro do homem, exatamente da sua cobiça (cf. 1,14).

Portanto, não parece um palpite disparatado supor que o diabo ou Satã seja uma projeção externa de um dinamismo interno que leva a pessoa ao mal. Em todo caso, para além das diferenças culturais que os separam, os textos bíblicos concordam em rejeitar qualquer banalização das forças do mal presentes e atuantes na existência humana e na história. Elas têm precisamente um rosto "demoníaco", terrível; são a contrapartida adequada da potência da graça libertadora, que cada página bíblica proclama como evangelho, boa nova. 

Leia mais

  • Banalidade do Mal. Revista IHU On-Line, Nº 438
  • A ceia do Senhor. Artigo de Giuseppe Barbaglio
  • Todos os diabos da Bíblia. Artigo de Giuseppe Barbaglio
  • Francisco, falando a anjos, homens e demônios. Artigo de Alberto Melloni
  • De anjos e demônios
  • O diabo nos induz à tentação. Comentário do monge Enzo Bianchi
  • Dessatanizar a Satã ou o Diabo
  • O Papa Francisco e o diabo
  • Você ainda tem medo do Capeta? Da Bíblia para o imaginário religioso
  • A crença no mito do inferno é a maior aberração da história da humanidade. Artigo de Antoni Ferret
  • Os anjos, uma crítica ao racionalismo e um elogio ao símbolo. Artigo de Piero Stefani
  • Miguel e a batalha entre anjos bons e maus em Ap 12,7-12 e hoje
  • Ainda sobre o mal e o pecado original. Artigo de Carlo Molari

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